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Agronegócio divide opiniões entre Serra e Dilma |
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JOSÉ HUMBERTO ALVES DOS SANTOSAREIÓPOLIS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 13/05/2010
Meus caros amigos.
Transcrevo uma entrevista publicada pelo VALOR ECONOMICO de abril de 2.010. Não sei se o entrevistado representa a opinião geral, mas é uma opinião de um lider regional: "Lula e o agronegócios Do Valor "Nunca um governo fez tanto por nosso setor", diz fundador da UDR De Araçatuba (SP) 05/04/2010 Silvia Costanti/Valor Foto Destaque Luiz Guilherme Zancaner: "Sou um sujeito de direita e a favor da livre iniciativa, mas tenho sensibilidade social" O empresário Luiz Guilherme Zancaner, dono do grupo Unialco, com três usinas de álcool e açúcar, apoia o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e tem confiança de que a pré-candidata do PT à Presidência, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, continue com a política favorável à expansão do setor. Fundador da União Democrática Ruralista (UDR), Zancaner é sobrinho do ex-senador da Arena Orlando Zancaner, mas não poupa elogios Lula. A opção, diz o empresário, é pragmática. Zancaner é diretor secretário da Unidade dos Produtores de Bioenergia (Udop), entidade de usineiros da região Oeste de São Paulo, onde está concentrado o rico e produtivo agronegócio da cana no país. Valor: Qual é a expectativa que o senhor tem com relação à ministra Dilma Rousseff? Luiz Guilherme Zancaner: Houve uma sinalização muito boa da parte dela, de continuidade. Não se esperava a crise e o governo Lula ajudou. Essa já é a terceira vez que ela vem à feira [referindo-se à Feicana, feira de negócios do setor em Araçatuba]. Também já estive com ela no ministério. Valor: O senhor a conhece há muito tempo? Zancaner: Pouco antes de Lula ser eleito, em 2006, antes do segundo turno, estivemos numa reunião fechada em um hotel em São Paulo. Estavam Lula, Dilma, Celso Amorim, o então ministro da Agricultura, Luis Carlos Guedes. Do nosso setor, estavam eu, Rubens Ometto, José Pessoa, Maurílio Biagi, Eduardo Carvalho e Hermelindo Ruet. Naquela reunião, Lula expôs ao setor o que ele fez e o setor reconheceu. Valor: Foi uma reunião de acordo? Zancaner: Lula e Dilma mostraram a afinidade com o setor. O governo patina algumas vezes, por causa da burocracia, mas nós patinamos também na questão do cumprimento dos preços. Falta estoque regulador. Leia mais »" |
ESTÊVÃO DOMINGOS DE OLIVEIRACAÇU - GOIÁS EM 11/05/2010
Temos que nos posicionar positivamente em relação ao candidato que tem mais história em relação ao nosso setor. Dilma em diversas oportunidades têm demonstrado que não passa de um fantoche do atual presidente e não fará nada que venha questioná-lo ou contrariá-lo. Precisamos de um presidente que tenha a coragem de executar as reformas que o Brasil precisa, mesmo que não seja muito popular.
Serra demonstra mais preparo e melhor retrospecto em relação ao Agronegócio. |
RAMON BENICIO LIMA DA SILVANITERÓI - RIO DE JANEIRO EM 11/05/2010
Aos amigos A. Elias e Darlani,
Engraçado como as coisas acontecem no Brasil, parece que não conseguimos aprender com o estudo da história de outros povos. Como foi possível a elês se desenvolverem e nós continuamos a escorregar na lama. Desde minha juventude, já se vão ai pelo menos 40 anos, ouviamos dizer que o Brasil seria o celeiro do mundo, dez, vinte, trinta, quarenta anos se passaram e não chegamos nem perto de sermos o celeiro do mundo. O que faltou? Faltou estudar a história econômica dos paises que hoje são chamados de desenvolvidos. Se tivéssemos estudado história saberíamos que os países desenvolvidos cuidaram de ter um setor primário forte capaz de gerar renda e emprego, isto foi por exemplo a salvação dos EUA no tempo da recessão. O programa "New Deal" de Roosevelt promoveu a ocupação rural por um grande número de desempregados da crise econômica que assolou o mundo a partir dos anos 29/30 do século passado, resultando em soluções positivas e desenvolvimento. O mesmo ocorreu na Europa onde a grande maioria dos paises, talvez em menor escala devido as duas grandes guerras, procurou desenvolver a agropecuária como forma de sustentar suas economias e apartir dai acelerar o crescimento de seus setores industriais. No Brasil tentamos seguir um caminho diferente. Já na década de 50 a indústria caminhava a passos largos enquanto o setor primário ainda engatinhava preso a estruturas agrárias arcaicas que pouco se diferenciavam das capitanias hereditárias. O Brasil tentou dar o famoso pulo do gato, saltando etapas na sua evolução econômica e o que vemos hoje é uma tentativa de fazer funcionar tudo ao mesmo tempo e aí a coisa embola, claro que temos exemplos extraordinários de setores do agronegócio que vão muito bem, soja, carnes, mas falta muito para atingirmos o nível já alcançado por outros países. Espero realmente que o próximo governo não seja covarde com a nossa agropecuária, pois hoje mais do que nunca é preciso entender que o setor primário é que dá sustentação a um país. Um grande abraço a todos Ramon Benicio |
ANTÔNIO ELIAS SILVACAMPO ALEGRE DE GOIÁS - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 10/05/2010
Acho que a distância entre os formuladores de políticas agrícolas/políticos e os produtores é mais ou menos parecida com o que foi revelado pelo então embaixador americano na Rússia, no limiar da guerra fria, em 1946, George Kennan, relativamente às visões da Rússia e dos EUA acerca do mundo: "a visão da realidade entre a URSS e os EUA eram tão distantes, as diferenças tão grandes, que ele sentiu-se na obrigação de advertir o governo americano com o longo telegrama". É mais ou menos isso que acontece no Brasil hj, os políticos/formuladores de política agrícola veem a realidade da agropecuária assim: produtores exploradores de mão-de-obra escrava, não pagam dívidas, andam de camionete nova, ganha milhões, tem suas dívidas sistematicamente perdoadas, são ricos, não precisam de ajuda, destroem o meio ambiente, pq são mau caráter. A realidade: produtores que percebem lucro líquido sobre o capital imobilizado na produção abaixo da poupança, os quais uma vez a cada dez anos conseguem ter algum lucro verdadeiro (devido a alguma seca na Austrália ou coisa do gênero), expremidos entre oligopólios e oligosônios, tomadores de preço, têm lucros negativos a maior parte do tempo, continuam produzindo graças à inércia cultural, que os impulsiona a produzir sem mesmo saber pq continua a fazê-lo. O Estado que deveria vê-lo como aquele que impulsiona a maior cadeia produtiva da economia, que deveria ajudá-lo a trabalhar em cooperativas, livrá-los da escravidão a que são impostos pelas traddings, sufoca-os, ao invés. Então, os dois lados estão a anos luz um do outro. Daí, aparece alguns políticos esclarecidos, como a Kátia Abreu, e envia um "Longo Telegrama" aos poderosos do Estado. Há um choque, mas nenhum deles acha que ela retrata a realidade, tão distantes vivem dela. O Brasil, um país urbano, que cada vez compreende menos o campo, deixa os produtores sozinhos; o voto destes é pouco expressivo (são talvez dez por cento do eleitorado), assim seus brados são cada vez menos ouvidos. Não sei se haverá saída para tanta ignorância, tanto ideologismo (no sentido de que a realidade é sempre mascarada). Política verdadeira: difusão tecnológica, treinamento de mão-de-obra, assistência técnica de qualidade, crédito abundante e facilmente acessível, estímulo ao aumento de produtividade e inovação (melhoria genética de rebanhos e plantas, novo sprocessos de produção, etc), investimento em cooperativismo, regulação dos oligopólios e oligopsônios, abertura de mercados, mais pesquisas, etc. Em vez disso, impôem-nos a legislação ambiental mais pesada do mundo, a pior legislação trabalhista do mundo, a pior difusão tecnológica e assistência técnica, a divisão dos produtores em classes, etc... E qdo tentam ajudá-los, veem-nos como coitadinhos, sem preparo.. Produtor não precisa de que se tenha pena deles, e sim das políticas acima elencadas...
Abraço, Antônio Elias |
DARLANI PORCAROMURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE EM 10/05/2010
Nós produtores, precisamos saber e fazer compromissos sérios com esses candidatos, para podermos nos posicionar melhor perante esses políticos na hora de votarmos. Precisamos ter , lei mais especifica para o campo, com seguro e garantia de preço que cobre pelo menos o custo de produção, menos impostos na cadeia do agronegócio e outros tipos de ajuda para nós produtores produzirmos melhor e com qualidade para alcançarmos um nível de país de primeiro mundo .
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