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"Agricultura verde" é alternativa para produtores com proibição de agrotóxico

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 19/12/2011

3 MIN DE LEITURA

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a comercialização do agrotóxico endossulfan no país a partir de agosto de 2013. Utilizado principalmente no combate a pragas como a broca do cafeeiro, a determinação atinge diretamente os cafeicultores. Atualmente, pesquisas na área de manejo ecológico de pragas apresentam alternativas interessantes para os produtores interessados em manter suas lavouras livres de agrotóxicos.

O endossulfan é considerado um inseticida obsoleto por conter cloro em sua molécula, assim como o DDT, agrotóxico já banido no país. Essa característica de composição do produto, além de questões ambientais, como seu acúmulo na atmosfera, pode acarretar problemas toxicológicos para qualquer organismo que entre em contato com a substância.

Para o pesquisador da Embrapa Café, Maurício Sérgio Zacarias, que atua em parceria com o Centro de Pesquisa em Manejo Ecológico de Pragas e Doenças de Plantas (Ecocentro) da Epamig, em Minas Gerais, é preciso saber que o uso de agrotóxicos como o endossulfan não é necessariamente a única saída para o combate a pragas como a broca do cafeeiro. "Se o gasto com agrotóxico superar o prejuízo que terá com a praga, não vai compensar seu uso. Tem que haver dano suficiente na lavoura que justifique a despesa. Se o produtor conseguir controlar a broca sem usar o inseticida ele pode até aumentar seu lucro", pondera Zacarias, que integra a corrente de pesquisa que estuda o manejo ecológico de pragas.

Segundo o também pesquisador da Embrapa Café, Aymbiré Fonseca, o manejo adequado no momento da colheita, realizando o processo do modo mais limpo possível, pode ter grande eficiência, até mais do que o uso do agrotóxico, no controle de pragas. Após a colheita, o inseto causador da broca que venha a existir no ambiente, pode continuar vivo nos frutos que restaram no local, levando a uma maior infestação no ciclo seguinte. O pesquisador do Incaper, instituição do Consórcio Pesquisa Café, Cesar José Fanton, destaca a importância de se adotar um conjunto de práticas que, em alguns momentos podem ser adotadas simultaneamente à aplicação do agrotóxico. "Nem sempre recorrer só à aplicação do agrotóxico é suficiente. É preciso se apoiar num conjunto de práticas de manejo que podem ainda implicar grande diminuição no uso do inseticida".

Prevenção

Na natureza já existem inimigos naturais de pragas como a broca, explica o pesquisador Zacarias. Esse fato combinado a práticas recomendáveis de manejo ecológico se aliam na prevenção e no controle de pragas, evitando ou mesmo diminuindo consideravelmente o uso de agrotóxicos nas lavouras de café.

Sobre a importância da prevenção, Zacarias destaca que o trabalho de conscientização para um manejo ecológico passa antes de tudo por uma transformação cultural na forma de trabalho dos produtores. "A gente trabalha para gerar mudanças de consciência". Ele aponta cuidados indispensáveis para evitar a infestação da broca do cafeeiro: manter a lavoura arejada, plantio em local menos úmido (ou redobrar cuidados em áreas com alta umidade), além de atenção com lavouras vizinhas abandonadas.

Uma das medidas mais importantes, já citada anteriormente, é realizar uma colheita limpa, procedimento que garante a redução da infestação de broca porque as pragas ficam nos frutos que restam da colheita. Logo após a colheita, o agricultor deve fazer o chamado repasse na lavoura, retirando do terreno quaisquer resquícios de frutos que tenham ficado no ambiente.
"Mais do que a criação de um produto biológico, uma tecnologia, nós buscamos trabalhar a paisagem com ações de prevenção", destaca Zacarias. Isso implica mudança de comportamento do agricultor, que precisa investir num trabalho de um a dois anos, conscientemente sem agrotóxico, para assim, efetivamente, introduzir uma mudança de manejo na sua lavoura e perceber os bons resultados.

Por fim, o pesquisador ressalta ainda o papel das pesquisas de melhoramento genético, que buscam novas cultivares de café, resistentes a pragas e doenças. "Associado ao manejo e ao produtor consciente, o melhoramento genético de cultivares também é um forte aliado no combate às pragas e à diminuição do uso de agrotóxico".

Prazos

De acordo com o cronograma estabelecido pela norma da Anvisa, o endossulfan não poderá mais ser importado a partir de 2011. A fabricação em território nacional será proibida a partir de 31 de julho de 2012 e, a partir de 31 de julho de 2013, o inseticida não poderá mais ser comercializado, no Brasil.

As informações são da Área de Comunicação & Negócios da Embrapa Café, adaptadas pela Equipe CaféPoint.

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