I. Volume, estrutura e origens dasimportações da Alemanha
II. Volume, estrutura e destinos dasreexportações da Alemanha
III. Valor dasreexportações da Alemanha
2. A análise focalizará o período de 1990 a 2011, dividido em dois sub-períodos: os primeiros 10 anos de mercado livre (1990 a 1999) e os últimos 12 anos (2000 a 2011).
Este segundo período reflete a evolução recente do comércio de café. Notar que todos os dados sobre importações,reexportações e exportações são expressos no equivalente em café verde (ECV).
I. Volume, Estrutura e Origens das Importações da Alemanha
3. Durante o período de 1990 a 2011, o volume médio anual das importações de todas as formas de café pela Alemanha foi de 15,9 milhões de sacas, tornando‐a o segundo maior país importador de café, após os EUA. A média anual das importações alemãs também aumentou substancialmente, passando de 13,7 milhões de sacas entre 1990 e 1999 a 17,7 milhões no período de 2000 a 2011 (quadro 1).
6. A Alemanha é o maior país reexportador de café do mundo. Entre 2000 e 2011 suas reexportações alcançaram um volume médio anual de 8,6 milhões de sacas, respondendo por 28,1% do total mundial (gráfico 2). Em termos de formas de café, entre 2000 e 2011 a Alemanha foi responsável por 46,2% das reexportações mundiais de café verde, 21,9% das de café torrado e 18,8% das de café solúvel.
7. Em termos da estrutura, o volume médio anual das reexportações de café verde da Alemanha foi de 3 milhões de sacas (quadro 3), representando 47,4% do total das reexportações de café do país. Durante o período mais recente de 2000 a 2011, essa média subiu para 4,2 milhões de sacas.
Quadro 3: Reexportações de café verde,torrado e solúvel da Alemanha
(em milhares de sacas)
9. Entre 1990 e 2011 a Alemanha reexportou em média 1,4 milhão de sacas de café solúvel por ano, e o solúvel representou 23% do total de suas reexportações. A participação do solúvel no total das reexportações alemães permaneceu relativamente inalterada, registrando 22,9% entre 2000 e 2011, em comparação com 23,3% de 1990 a 1999.
10. A taxa de crescimento das reexportações de todas as formas de café pela Alemanha aumentou para 8,4% no período de 2000 a 2011, de 3,9% no período de 1990 a 1999. Durante o mesmo período mais recente, as taxas de crescimento das reexportações de café verde, torrado e solúvel foram de 9,3%, 7,8% e 7,4%, respectivamente. A taxa de crescimento das reexportações de café verde continua a ser a mais alta, confirmando a importância da rede de transportes da Alemanha, que recebe café dos países exportadores e o reexporta para outros destinos.
B – Destinos das reexportações da Alemanha
11. A Alemanha reexporta café com destino a mais de 150 países. O quadro anexo mostra os principais destinos, com base nas médias do período de 2000 a 2011. Os EUA, a Polônia, a Áustria, os Países Baixos e a França são os principais destinos das reexportações de todas as formas de café da Alemanha (gráfico 3).
12. Em termos de café verde, os cinco destinos principais são indicados no gráfico 4. De longe, o maior destino são os EUA, que em média respondem por 1,2 milhão de sacas por ano desde 2000. A grande maioria dessas reexportações é de café verde descafeinado. Como a Alemanha importa um volume insignificante de café verde descafeinado, pode‐se presumir que há uma indústria vibrante de descafeinação na Alemanha.
(média de 2000 a 2011)
fazem fronteira com a Alemanha, como indica o gráfico 5. Também houve um crescimento vigoroso, em anos recentes, na Polônia, na Eslováquia e na República Tcheca, sugerindo maior demanda por café torrado na Europa oriental.
(média de 2000 a 2011)
Gráfico 6: Principais destinos das reexportações de café solúvel da Alemanha
(média de 2000 a 2011)
(média de 2000 a 2011)
A – Período de 1990 a 2011
16. A Alemanha ganhou em média US$1,3 bilhão por ano, tendo reexportado 6,3 milhões de sacas entre 1990 e 2011. Reexportações médias de cerca de 3 milhões de sacas de café verde trouxeram à Alemanha US$468 milhões por ano (quadro 4 e gráfico 8).
Quadro 4: Volume e valor médio das reexportações da Alemanha
Gráfico 8: Volume e valor das reexportações de todas as formas de café da Alemanha (1990 a 2011)
18. Durante este primeiro período de mercado livre, o valor médio das reexportações de todas as formas de café da Alemanha foi de US$760 milhões, por um volume de 3,5 milhões de sacas. O valor total das reexportações de café verde da Alemanha em média registrou US$246 milhões, por um volume de aproximadamente 1,5 milhões de sacas.
19. As reexportações de café torrado trouxeram à Alemanha US$269 milhões, por um volume médio de 1,2 milhão de sacas, e as reexportações de café solúvel trouxeram US$245 milhões, por um volume médio de 824.000 sacas.
20. Houve aumentos expressivos do volume e do valor das reexportações durante este período. As reexportações de um volume de 8,6 milhões de sacas de todas as formas de café renderam à Alemanha US$1,7 bilhão.
21. A Alemanha obteve US$653 milhões, por um volume médio de reexportações de café verde de 4,2 milhões de sacas. O valor médio anual das reexportações de café torrado da Alemanha durante o período de 2000 a 2011 girou em torno de US$552 milhões, por um volume de 2,4 milhões de sacas. As reexportações de um volume médio de 2 milhões de sacas de café solúvel trouxeram ao país US$518 milhões.
22. Notar que as exportações que geraram as receitas mais altas para o país durante todo o período foram as de café verde (36,4%), seguidas pelas de café torrado (32,9%).
As reexportações de café solúvel responderam por 30,7% do total das receitas. A importância do café verde nas reexportações da Alemanha foi confirmada pela evolução que se observa desde 2000, pois a participação do café verde no valor das reexportações no período foi de 37,9%, ante 32% do café torrado e 30,1% do café solúvel. O valor das reexportações de café verde, assim, registrou um aumento considerável em relação às outras formas de café (gráfico 9). Mais recentemente, a participação do café verde no valor das reexportações aumentou consideravelmente: de 38,5% no ano civil de 2010 para 41,5% em 2011. Na verdade, entre 2010 e 2011 o valor das reexportações de café verde aumentou 48,2%, passando de US$1 bilhão a US$1,5 bilhão, enquanto o volume das reexportações só aumentou 4%, passando de 5,5 milhões de sacas em 2010 a 5,7 milhões em 2011.
Conclusão
23. Em conclusão, este estudo põe em relevo o crescimento dinâmico da indústria do café na Alemanha, particularmente durante o período de 2000 a 2011. O volume das reexportações corresponde a 48,3% do volume anual médio das importações do país, de 17,7 milhões de sacas (gráfico 10). O aumento das reexportações e, em especial, as de café verde, em grande medida pode ser atribuído à extensa rede de transportes da Alemanha, que lida como café importado dos países produtores e o reexporta para outros destinos.
Gráfico 10: Importações e reexportações anuais médias da Alemanha
24. Convém notar que houve quedas expressivas nas importações de café verde de certas origens pela Alemanha, enquanto outras origens ganhavam importância. Nota‐se isso, em particular, no caso das importações de café da Colômbia e, em menor escala, da Guatemala, que perderam participações de mercado sobretudo para o Brasil e o Vietnã.
25. A União Europeia continua a ser o principal destino para as reexportações de café da Alemanha, embora os EUA ainda sejam um dos principais destinos, particularmente para o café verde descafeinado.
A matéria é da OIC, com edição do CaféPoint.