O Ministério de Agricultura e Irrigação (Minagri) do Peru informou que durante essa semana instalará a Comissão denominada de Conselho Regional de Café da Selva Central, que será formada por representantes de autoridades locais e regionais, dos produtores e empresas que comercializam o café.

O Conselho de Café proporá diretrizes de políticas para o desenvolvimento do setor, a renovação das plantações e a coordenação de medidas na implementação de programas de financiamento para o setor cafeeiro da Selva Central.

Além disso, no desenvolvimento de suas atividades, o Conselho poderá solicitar a colaboração, opinião e suporte técnico dos órgãos públicos e projetos de todos os níveis de governo, assim como entidades privadas que trabalhem junto no cumprimento de suas funções.

O Minagri recordou que o plano de renovação de cafezais se estenderá às onze regiões do país, cujas plantações sofrem os efeitos da ferrugem e contarão com o apoio financeiro do Agrobanco, que, para tal fim, tem canalizado mais de 65 milhões de apoio aos produtores.

O processo de renovação dos cultivos consiste na entrega de empréstimos, mediante o Agrobanco, avaliando casos individualmente, sobre a base do fluxo de caixa do produtor para determinar sua capacidade de pagamento e número de hectares a serem financiados, até por um máximo de dez hectares por agricultor, considerando o endividamento atual com instituições financeiras e não financeiras.

O Minagri destinará os recursos necessários para atender a renovação de cafezais. Para a renovação, o Instituto Nacional de Inovação Agrária (INIA) proporcionará aos agricultores, às organizações e ao Agrobanco, a lista de variedades de café que podem ser utilizadas. Além disso, indicará os lugares onde se pode encontrar semente com a qualidade requerida para renovação. O custo estimado de investimento para renovação de cafezais é de mais de US$ 5.666,90 por hectare, onde o Banco financiará 80% em três parcelas.

Para o êxito do plano de atenção às plantações de café, o governo previu potencializar o INIA, com a execução de um vasto programa de inovação de US$ 180 milhões, contando com o apoio do Banco Mundial (US$ 40 milhões), do Banco Interamericano de Desenvolvimento (US$ 40 milhões) e o Banco Peruano (US$ 100 milhões).

Essas ações fazem parte das medidas complementares para melhorar a competitividade na cadeia produtiva de café, que vem sendo desenvolvida no marco da emergência do setor cafeeiro por 60 dias adicionais, onde o Minagri e os órgãos públicos do setor agrário implementam ações de mitigação dos danos nos cultivos, como com a entrega de kits de insumos, a fim de recuperar a capacidade produtiva das plantações de café.

As ações do Minagri se estenderão às onze regiões que foram afetadas pela doença, como Amazonas, Ayacucho, Cajamarca, Cusco, Huánuco, Junín, Pasco, Puno, San Martín, Ucayali e Piura, além dos vales dos rios Apurímac, Ene e Mantaro (VRAEM).

O Minagri também está coordenando com os governos regionais envolvidos na emergência junto com os governos locais para a execução de ações imediatas e necessárias destinadas ao controle da propagação da ferrugem do café e a atenção da emergência nas regiões afetadas.

A reportagem é do https://www.americaeconomia.com/, adaptada pelo CafePoint