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Uganda apresenta melhora na produção de café

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 06/03/2018

3 MIN DE LEITURA

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José Sette, diretor executivo da Organização Internacional do Café (OIC), saudou os esforços da Uganda para melhorar a produção de café no mercado internacional. Dorothy Nakaweesi, da Prosper Magazine, falou com ele sobre uma série de questões relacionadas ao produto. Confira abaixo:

Qual é a percepção do café da Uganda no mercado internacional?
A Uganda é, principalmente, um produtor de café robusta, que é um café de baixa qualidade utilizado para a produção de café instantâneo e solúvel. No entanto, nos últimos anos, o país foi reconhecido como produtor de café arábica de alta qualidade.

De sua observação, você acha que a Uganda está fazendo o suficiente no mercado mundial?
Não posso comentar muito sobre o desempenho da Uganda no mercado mundial. Meu principal interesse aqui é sobre o road map do café, que a Uganda projetou para o futuro da produção de café do país. Em geral, a África sofreu muito nos últimos 20 anos por causa da concorrência, dos problemas econômicos internos e dos problemas sociais. No entanto, a Uganda é uma exceção para isso. A Uganda e a Etiópia apresentaram aumentos na produção, enquanto o resto da África sofreu baixa produtividade. Então, a Uganda já está fazendo algo certo e esse novo plano provavelmente aumentará a produção em mais de quatro vezes em um tempo relativamente curto.

Então, quais você acha que são algumas das principais questões que a Uganda deve trabalhar para consolidar a produção?
Não há solução mágica. A Uganda tem que fazer uma série de ações para melhorar a produção, como prestar atenção a questões como qualidade, acesso mais fácil ao financiamento para as pessoas na cadeia de valor, capacitar as mulheres, porque elas chefiam as famílias produtoras de café e desenvolvimento de capacidade de pesquisa e variedades aproveitáveis, entre outras.

O road map do café parece ser muito ambicioso. Você acha que podemos triplicar a produção nos próximos quatro anos?
Esta é uma questão que penso que as autoridades devem analisar em detalhes. No entanto, é importante ter metas. Às vezes, mesmo que sejam excessivamente ambiciosos, eles motivam as pessoas a se esforçarem para chegar a algum lugar. Assim, o fator mais importante está nas autoridades e no setor de café da Uganda, que tem essa crença no café como futuro, e acho que há espaço no mercado internacional para o país colocar sua produção.

Existe algum país que possamos emular?
O Brasil e a Colômbia, por exemplo, são países que alcançaram altos níveos de produtividade e estão em um nível econômico diferente. Eles têm uma história diferente em termos de evolução do café, portanto, podem não ser os modelos mais adequados. No entanto, países como Honduras, entre outros, aumentaram sua produção nos últimos anos através de planos e pesquisas específicas. Estes podem ser um modelo melhor para a Uganda.

A melhor parte é escolher as melhores características de cada país que alcançou o sucesso e adaptá-las para as condições locais, porque não podemos simplesmente transplantar modelos estrangeiros e impô-los em outros lugares.

Como a Uganda pode agregar valor suficiente ao seu café para que possa desfrutar dos mercados internacionais?
Este é um processo muito difícil e até países que são mais poderosos na produção de café, como o Brasil e a Colômbia, têm grandes dificuldades em agregar valor ao café, vendendo diretamente aos consumidores nos mercados estrangeiros. O que recomendamos é como um primeiro passo: devemos desenvolver o mercado interno. Isso tem várias vantagens porque cria mais concorrência para os agricultores, aumenta a demanda por qualidade e agrega valor ao país.

Este não é um processo simples para um país como a Uganda, que ainda possui um baixo poder aquisitivo. O primeiro passo que recomendamos é construir um mercado interno suficiente através do qual as partes interessadas desenvolvam capacidade para atender o mercado internacional.

Qual o impacto que a alta produção em mercados, como o Brasil, tem em pequenos produtores, como a Uganda?
Eu acredito que o mercado já absorveu e considerou a futura expectativa de uma grande safra. Portanto, o espaço dos preços abaixo da expectativa é geralmente limitado.

Teve alguma coisa sobre a qual não falamos?
Acredito ter visto alguns bons progressos aqui. Esta é a minha segunda visita a Uganda e, desde a última vez que eu estive aqui, há quase 10 anos, vi algumas melhorias. A Uganda é um dos maiores países africanos produtores de café. Tem seguido um caminho bem sucedido e coisas boas estão acontecendo. Acredito que os resultados do plano ambicioso (Coffee Road Map 2025) aumentarão a produção.

As informações são do Daily Monitor / Tradução Juliana Santin

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