Foi realizada, na terça-feira (09), a 15ª reunião ordinária do Comitê Diretor de Planejamento Estratégico do Agronegócio Café do CDPC, que contou com a presença dos representantes de todos os elos da cadeia produtiva e dos Ministérios da Agricultura, Fazenda e Planejamento.

Na oportunidade, os membros da produção, exportação e indústrias de torrefação e solúvel chegaram ao consenso que o preço pago pela da saca de café deve ser valorizado, pois se o produtor não receber um valor justo, os demais elos da cadeia também têm as suas atividades deprimidas.

Situação, aliás, que foi evidenciada pelos industriais, os quais expuseram a dificuldade que esse setor tem vivido em função da não valorização do produto há quatro anos e da pouca agregação de valor que ocorreu desde a implantação do Plano Real, em 1994. Os exportadores também mencionaram que, durante esse período, chegaram a exportar com prejuízo, pois trabalham com negócios firmados sempre com um ano de antecedência.

Dessa maneira, nos uniremos em busca da melhor remuneração ao produtor, fato que ocorrendo, consequentemente, gera renda a todos os segmentos. É válido frisar que, obtendo a valorização do preço no mercado interno, a cotação internacional dos Cafés do Brasil subirá.

Novamente explicamos ao governo que o custo médio de produção foi superior a R$ 320 por saca na maioria das regiões produtoras e que, devido à não implantação de medidas efetivas e ao preço mínimo completamente defasado em relação à realidade do cafeicultor, o produtor tem vivido de créditos e não de renda, o que fez o endividamento crescer.

Assim, como resultado da reunião, ficou firmado que os membros da cadeia produtiva do café do Brasil se empenharão na construção de um novo modelo, no qual todos os segmentos passem a ter renda, passem a ter lucro em suas
atividades.

Atenciosamente,

Gilson Ximenes - Presidente do Conselho Nacional do Café

Breno Pereira de Mesquita - Presidente da Comissão Nacional do Café da CNA