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Quebra no café chega a 50% em algumas áreas

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 14/02/2014

3 MIN DE LEITURA

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A seca que atinge áreas de café de Minas Gerais, Estado que lidera a produção do grão no país, deverá causar grandes prejuízos aos cafeicultores. Em lavouras mais novas, as perdas poderão chegar a 50%, segundo relatos de produtores e informações da Cooxupé ao Valor Econômico.

Fernando Rocha, que planta café nos arredores de Alfenas, no Sul de Minas, disse ao Valor que em seus 65 anos de vida nunca viu uma estiagem tão severa como a que afeta a região. Ele estima que a safra brasileira a ser colhida a partir de maio, a 2014/15, poderá ser 10 milhões de sacas menor que o inicialmente previsto por causa da seca. Rocha estimava colher 1 mil sacas, mas acredita que a produção será reduzida pela metade.

Segundo o produtor, a recente valorização da commodity em função da seca, que na bolsa de Nova York já chega a quase 30% desde o início do ano, não compensa o prejuízo. Rocha disse que mesmo se começar a chover nos próximos dias, como indicam as previsões meteorológicas, não conseguirá recuperar as perdas, porque as plantas vão tirar a água dos grãos, que ficarão murchos.

Na área que envolve o Sul de Minas, o Cerrado Mineiro e o Vale do Rio Pardo, em São Paulo, onde atua a Cooxupé, a quebra da safra deverá ficar em 30% em 2014/15, conforme o presidente da cooperativa, Carlos Alberto Paulino da Costa, disse ao Valor. No ano passado, foram colhidas nessa área por todos os cafeicultores, inclusive os não associados à Cooxupé, 9,8 milhões de sacas de 60 quilos.

Nesse cenário, a cooperativa deverá receber este ano 5,5 milhões de sacas, ante 4,6 milhões no ano passado. Apesar das adversidades, o volume ainda crescerá devido à bienalidade que marca a cultura, que alterna um ano de boa produtividade com outro de menor rendimento. De acordo com o Valor, a cooperativa tem 11,5 mil associados e, desse total, 8,4 mil produzem café. As exportações da Cooxupé deverão alcançar 3 milhões de sacas em 2014, ante as 2,8 milhões de 2013.

A situação para a próxima colheita, em 2015, também já é crítica, conforme o vice-presidente Carlos Augusto Rodrigues de Melo informou ao Valor. E não só por causa da atual estiagem. Também houve queda de investimentos em fertilização e tratos culturais em geral em decorrência da forte retração dos preços no ano passado.

Mauro de Souza Siqueira, que tem uma propriedade em Botelhos, no Sul de Minas, disse ao Valor que muitos produtores não conseguiram fazer a segunda adubação e que, por isso, terão mais prejuízos com a seca. Ele estima uma quebra entre 20% e 30% na região, embora afirme que suas lavouras não apresentam problemas porque estão bem nutridas, com duas adubações. "Se não chover, contudo, vai ficar preocupante".

Siqueira disse ainda que muitos produtores que cultivaram mudas em janeiro perderam tudo. Até as irrigadas estão sendo abandonadas, já que o custo para mantê-las não compensa. Ele cultiva 100 hectares de café e deverá colher 2,5 mil sacas.

A estiagem também é severa na Alta Mogiana Paulista, tradicional polo de café do Estado, onde a quebra de safra poderá chegar a 40%, segundo Daniel Alves Carrijo, coordenador de implementos e máquinas da Cocapec, cooperativa que atua na região. Normalmente, a produção poderia atingir 1,5 milhão de sacas.

Os problemas para a safra mineira acontecem em um momento de demanda "extremamente aquecida", segundo Lúcio Dias, superintendente comercial da Cooxupé. Torrefadores e importadores acreditavam que comprariam estoques baratos por conta de uma safra grande, mas agora estão com estoques baixos.

Segundo Archimedes Coli Neto, presidente do Centro do Comércio de Café do Estado de Minas Gerais e gerente da área de compras da Stockler Comercial e Exportadora, do grupo alemão Neumann Kaffee, a demanda maior pelo café brasileiro ocorre por vários motivos. Entre eles estão a própria seca no Brasil, o recuo das exportações do Vietnã (segundo maior produtor mundial) e os estoques europeus mais baixos.

Coli Neto disse ao Valor que os prejuízos com a seca brasileira ainda não foram totalmente "precificados" no exterior, onde as informações sobre as adversidades têm chegado desencontradas, o que pode significar novas valorizações de preço.

Ele calcula que, mesmo com as perdas, mas com a bienalidade da safra, as exportações do país ficarão entre 33 milhões e 35 milhões de sacas neste ano, ante as 31 milhões de 2013. Se confirmado o aumento, será uma retomada aos níveis do fim da década passada.

As informações são do Valor econômico, adaptadas pelo CaféPoint
 

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PAULO CESAR TOLEDO CAMPOS

FRANCA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 17/02/2014

Já tivemos uma seca desta em janeiro / fevereiro 1977, 26 dias de sol e calor forte, quebra de safra em 35%
MURILO DE FREITAS FERRACIN

MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/02/2014

Correção: Com um rendimento menor.
MURILO DE FREITAS FERRACIN

MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 17/02/2014

Gostaria de saber se alguém sabe de alguma literatura onde fala da murcha dos grãos e se há alguma chance destes grãos voltarem após essas chuvas. Porque se a perda desses grãos forem confirmadas, ninguémmmmmmm sabe exatamente o tamanho da perda, pois sou Agrônomo, consultor e produtor e não é como uma roça de milho que fazemos uma amostragem e se tem um número aproximado envolvendo histórico da área com realidade. O café só vamos ficar cientes qd começar a serem beneficiados e o volume ser menor com um rendimento maior.

Mais se realmente essa murcha não voltar mesmo com a hidratação, a perda vai ser enorme, pq atingiu muitas áreas e de todas as altitudes, relevos, qualidade da lavoura.
AUGUSTO COMUNIEN

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS

EM 17/02/2014

Ninguém fala da grande quantidade de café estocado, de segunda qualidade de difícil comércio. Muita gente eliminou suas lavouras e os que permanecem no ramo não fez adubações necessárias. Agora vem os gurus com suas previsões furadas. O café aumentou um pouquinho no preço,que no final não compensa nem colher. Mão de obra escassa, máquinas que estragam os cafezais,elevações do preço da mão de obra....Aqui no Sul de Minas esta chovento bastante, mas já é tarde.... o estrago já esta feito. Prá que gastar adubos se a produção vai cair pela metade? Devido a procura de alguns, o adubo já subiu de preço.É um bando de espertalhões (com todo respeito).Quem fica com o prejuizo... Abração a todos.
FRANCISCO EDUARDO BERNAL SIMÕES

TUPÃ - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 17/02/2014

Na região da Alta Paulista a situação não é diferente, a quebra na produção é da ordem de 35% em minha opinião.
PAULO CESAR TOLEDO CAMPOS

FRANCA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 17/02/2014

Em nossas lavoras na Alta Mogiana tivemos perda em todas as areas, sendo:

Lavoura de 1 e 2 safra 50% de perda

Lavoura de 3 e 4 safra 30% de perda

Lavora esqueletada 15% de perda

Lavoras Irrigadas 10% de perda

Metodo de avaliação, colhemos frutos verdes no meio da planta e no meio do galho, colocamos os mesmos na agua e tiramos os boias, quando cortado mostra bem o dano da seca, em muitos caso já esta preta a semente.
JOSE SEBASTIAO RODRIGUES DE SOUZA

CAPELINHA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 17/02/2014

Então é mesmo verdade, tudo se resume em (oferta e demanda)
ERIC KER BRETAS WERNER

EM 17/02/2014

Aqui na Região da Zona da Mata Mineira, praticamente não choveu, em minha propriedade que fica no município de Manhumirim, o acumulado das chuvas do fim de semana foi de 3mm, algumas localidades receberam um volume de chuva um pouco maior, e outras nem isso. Aqui está muito abafado, o tempo fechado, nuvens no céu, mas infelizmente não chove!

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