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Produtores de café negociam solução, mas já admitem marcha a Brasília

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 22/04/2013

3 MIN DE LEITURA

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Os produtores de café esperam para os próximos dias uma resposta positiva do governo federal em relação ao conjunto de propostas apresentadas formalmente por cooperativas e sindicatos para a recuperação de renda e a sustentação de preços do produto. No sábado (20/04), a senadora governista Kátia Abreu (PSD/TO), que preside a Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), também entrou na mobilização, engrossando o movimento de dirigentes de cooperativas e sindicatos, originado em São Sebastião do Paraíso e posteriormente referendado em Varginha-MG. “As lideranças estão mobilizadas e nós estamos seguindo pelos caminhos normais, negociando com o governo, mas se não houver uma solução o produtor não aguenta e vai tomar uma atitude heterodoxa, ou seja, vamos marchar em Brasília e nas capitais dos estados produtores”, disse o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino, destacando que “a culpa é nossa, precisamos nos manter sempre organizados e mobilizados, não só na hora em que a água está batendo no pescoço”.

O encontro com senadora Kátia Abreu, realizado na Associação dos Funcionários da Cooxupé, embora não tenha reunido grande número de lideranças, foi importante porque dá continuidade à mobilização e marca o ingresso da base do governo na reivindicação dos produtores. “Nós não conseguimos ter os olhos abertos das políticas públicas para acompanhar o crescimento do agronegócio. O grande mal de nosso país é a falta de planejamento do poder público e por isso quero aqui elogiar o governador Anastasia e sua competência, e esse meu bem querer vem justamente de sua capacidade de planejamento. Mas há três semanas entregamos para a presidente Dilma um documento amplo com reivindicações de todos os setores, inclusive o café. Para isso, vamos preparar um plano de cinco anos e que ele seja lançado em setembro de 2014, incluindo a questão do seguro agrícola. Chega de improviso e chega dessa insegurança de esperar pela chuva, depois esperar pelo sol”, pontuou a senadora.

“A situação é preocupante, se não houver uma política consistente de sustentação ao produtor, a cafeicultura, sobretudo de montanha, corre um sério risco de acabar e isto vai trazer um impacto muito grande para Minas e para o Brasil. Só aqui em Minas são 400 municípios que têm o café como base econômica e, com estes preços, já estamos sentindo uma paralisação nas cidades”, frisou o deputado estadual Antônio Carlos Arantes (PSC), que preside a Comissão de Política Agropecuária e Agroindustrial da Assembleia Legislativa de Minas.

O presidente da FAEMG, Roberto Simões, também presente ao encontro, lembrou que não há razões técnicas que justifiquem a recorrente cotação do café em patamares tão baixos. “Não temos estoques altos, nem queda de consumo. Pelo contrário, há problemas afetando a produção de concorrentes, tudo apontando para que os preços estivessem em alta no mercado. Por isso precisamos da decisão política, de atuação do Governo sinalizando a garantia. Não podemos continuar forçando nossos cafeicultores a vender a produção abaixo do custo”.

A campanha mineira tem sido intensa nas últimas semanas e, segundo Roberto Simões, ganha ainda mais força após o encontro com a senadora Kátia Abreu. Nos últimos dias, o presidente da FAEMG esteve reunido com o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, e com o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, reivindicando a revisão urgente do preço mínimo da saca.

No encontro deste sábado, a senadora Kátia Abreu recebeu em mãos da Assessoria de Comunicação do deputado Carlos Melles uma cópia de artigo de autoria do parlamentar intitulado “Por que não reagimos?”, onde está expresso o pensamento de Melles sobre a situação da cafeicultura nacional de uma forma ampla.

A exemplo do documento das cooperativas e sindicatos aprovado na Cooparaiso, no dia 18 de fevereiro passado, e aprimorado em Varginha, no dia 25 de fevereiro passado (confira mais a respeito), o documento entregue à senadora Kátia Abreu no evento na Cooxupé mostra-se igualmente realista e contundente em relação à urgência das medidas em socorro aos produtores de café, com ênfase em primeira mão para o preço mínimo de garantia e, posteriormente, às políticas públicas.

O encontro foi prestigiado pelo deputado federal Geraldo Tadeu, pelo presidente da Faemg, Roberto Simões, o presidente da Comissão de Café da CNA, Breno Mesquita, o vice presidente da Cooparaiso, José Rogério Lara, prefeitos da região e presidentes de sindicatos. 

Cerca de 25 mil cafeicultores devem ir na quinta-feira à reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), em Brasília, para pressionar o governo, segundo o jornal Estado de Minas.

As informações são do Coffee Break e da Faemg, adaptada pelo CaféPoint.


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GINOAZZOLINI NETO

LONDRINA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 27/04/2013

Sabe o que vai acontecer: NADA. Agora, a marcha a Brasília pode dar algum resultado, pois este Governinho tem medo de manifestações que antes ele patrocinava.
SAMUEL HENRIQUE FORNARI

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 24/04/2013

Parabéns pelo relato Sr Francisco. Concordo inteiramente.
ANDRE SANCHES NETO

POÇOS DE CALDAS - MINAS GERAIS - COMÉRCIO DE CAFÉ (B2B)

EM 24/04/2013

Caro Sérgio, grato pelo alerta e participação contrutiva habitual. Segue abaixo na íntegra o texto do documento entregue à senadora nesta ocasião, e https://www.cafepoint.com.br/cadeia-produtiva/giro-de-noticias/representantes-dos-cafeicultores-buscam-audiencia-com-dilma-rousseff-82700n.aspx.



"Exma. Sra. Senadora

Presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil

Kátia Abreu



Essa reunião marca a união dos Produtores Rurais da maior região de café do País, representada por esta Confederação Nacional da Agricultura - CNA, que tem a missão de sensibilizar o Governo Federal em relação aos problemas sérios que o setor atravessa e temos a convicção do imprescindível apoio de Vossa Senhoria.



Diante da expansão da produção brasileira - do marco de 20 milhões de sacas para as atuais 50 milhões - produtividade promovida pelos mesmo 380 produtores de café - o segmento vem caindo de forma drástica nas prioridades do Governo Federal.



Faltam políticas públicas consistentes e determinantes a despeito da estrutura comercial do café no mundo por ainda ser comandada por um oligopólio concentrado. Há muitos vendedores para poucos compradores. Este arranjo aprisiona o Brasil como um supridor de matéria prima ao mercado internacional.



O descaso do Governo Federal em relação ao agronegócio café, entendido com a decadência de ações compatíveis com a estrutura do negócio, demonstra que as pressões e demandas institucionais das entidades que representam os produtores brasileiros - nesse caso a própria CNA -, e também o Conselho Nacional do Café - instituição das Cooperativas -, não têm sido suficientes.



O Governo Federal só vai constituir uma pauta ativa em café se houver uma demanda política séria e à altura. Essa obra já foi iniciada, pois as instituições representativas dos produtores de café já assumiram esse desafio e esta missão como prioridade.



A lógica da representação da classe e a pauta de prioridades do Governo Federal, dentro do presente marco institucional brasileiro, são parâmetros operacionais que demandam um inequívoco posicionamento da CNA em defesa de uma pauta para os produtores de café.



Isso passa por intervenções do Governo Federal nos fundamentos do ciclo de safra da produção brasileira, harmonizando a oferta de curto prazo a uma demanda dispersa no tempo.



Para isso, é de extrema importância que os representantes do agronegócio café, assim como os trabalhos e estudos desenvolvidos em prol da classe, recebam a atenção necessária dos agentes pertinentes do Governo Federal.



Há de se rever com urgência o reajuste do preço mínimo do café - a ser votado na próxima semana - e, imediatamente após essa definição, a discussão, juntamente com o corpo técnico, de uma proposta para uma melhoria da política de renda para o produtor.



Com o inegável prestígio de Vossa Senhoria, aliado ao nosso conhecimento, temos a absoluta certeza de que o mercado e o produtores de café brasileiros poderão vislumbrar dias melhores.



Sindicatos dos Produtores Rurais aqui presentes."
FRANCISCO SÉRGIO LANGE

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO

EM 23/04/2013

Caros companheiros do Café. Primeiro gostaria que o CAFEPOINT divulgasse a pauta de reivindicações entregues pelo presidente da Cooxupe à Senadora Katia Abreu. Segundo, concordo com o João Carlos Remédio.  Se estamos diante desta situação, foi porque investimos muito em produção de café commoditie, em detrimento à qualidade, o que, já havia sido alertado  la em 2008 pelo grupo de trabalho encarregado da Agenda Estratégica  do Agronegócio Café, alias, excelente documento que foi engavetado. Agora não adianta chorar. Falar em subsídios, certamente não é a politica mais correta, a sociedade esta cansada de ver produtor de café(especialmente os de arabica) pedindo prorrogação e ou anistia, isso não existe mais. Produtor de café  não é diferente de nenhum outro tipo de produtor, basta analisarmos a situação dos citricultores, dos canavieiros, dos leiteiros e ai vai. SE O GOVERNO VAI SOCORRER OS PRODUTORES DE CAFÉ ARABICA TAMBÉM DEVERÁ SOCORRER TODOS OS OUTROS PRODUTORES, não concordam?  Pois bem, com relação à vinda da Senadora à nossa região neste final de semana,  estive presente la em Espirito Santo do Pinhal, onde pude constatar  que, o encontro não tinha como objetivo principal a CAFEICULTURA.  Ao adentrar ao Teatro Avenida, monumento histórico  da cafeicultura regional, o que vi foi, um palanque eleitoreiro, não tinha mais onde colocar POLITICOS e claro, com tantos discursos é logico que sobraria pouco tempo para a cafeicultura, se restringindo praticamente apenas à entrega de um documento redigido pela Coopinhal. E o pior, foi ouvir da Senadora que precisamos criar a STARBUCKS brasileira, e tambem que, se cada chines passar a tomar mais café não teremos café para entregar-lhes, ora Senadora, ninguem mais capacitado do que Vossa Excelencia para entender dos verdadeiros entraves da  cafeicultura brasileira, especialmente da Cafeicultura de Montanha sob regime de agricultura familiar. Foi dificil ouvir isto, mas entendo sua posição. Em recente enquete em outro site da cafeicultura (coffebreak) perguntou-se: "O setor cafeiro esta em crise e o governo não responde com medidas e politicas, por que? Até o momento em que estava a ler tínhamos como respostas as seguintes afirmações: 1-O produtor é desorganizado e não cobra, 2-CNC e CNA não têm força de representação e 3-A frente parlamentar do café nacional e nos estados esta desarticulada. Assim, pergunto: O que estes 25 mil produtores irão fazer a Brasilia? Será que o mesmo que fomos fazer lá em Varginha durante o S.O.S Café em 2008? Ora pessoal, já é tempo de entendermos que  continuarmos insistindo em politicas de subsidio será o mesmo que insistir em  velhas reivindicações.  Tenho plena consciência de que o  momento é grave, necessitando de intervenção do governo, no entanto, ele não pode restringi-se à solução de questões pontuais, assim, ha necessidade  neste momento de criarmos condições para o estabelecimento de um novo rumo, mas para tanto, não podemos continuar sendo amadores.
SAMUEL HENRIQUE FORNARI

SÃO JOSÉ DO RIO PARDO - SÃO PAULO - DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS (CARNES, LÁCTEOS, CAFÉ)

EM 23/04/2013

Vendo uma noticia fiquei com uma duvida:

"Aquisição de Café (FAC), destinada a financiar a compra da matéria-prima por parte das cooperativas, torrefadoras e exportadores de café. Atualmente a FAC só financia a compra de café por valores acima do preço mínimo de garantia. A ideia do governo é retirar a restrição na compra, mas exigir que o produto seja vendido somente acima do preço mínimo."

Será que eu entendi direito, tira-se a limitação no financiamento da compra, ou seja vão financiar as cooperativas para comprar abaixo do preço minimo e elas só poderão vender acima do preço minimo....é isso mesmo?? Ou entendi algo errado?? Alguém entendeu?



Abraço a todos
JOÃO CARLOS REMÉDIO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 22/04/2013

Venho reiterar a minha preocupação com o contínuo aumento na produção de café, principalmente, da variedade arábica. Sei que a proposta para redução do parque cafeeiro e pelo controle de novos plantios nem serão discutidos, mas, fica aqui minha preocupação com o futuro da nossa cafeicultura.

Chegou o momento do cafeicultor pensar com racionalidade e optar por não morrer abraçado à sua lavoura, por vaidade ou por falta de perspectiva. Há anos estamos sendo escravizados; fazemos a riqueza de muitos às custas de nosso empobrecimento.

Acredito que no curto prazo, só uma grande redução na produção de café poderia dar novos rumos à cafeicultura. É só o meu ponto de vista, mas, quem sabe, o mercado poderá absorver toda nossa produção a preços remuneradores. Sonhar é viver...!

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