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Preço do café arábica acumula queda de 12%

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 27/03/2014

3 MIN DE LEITURA

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Os preços do café arábica nos mercados interno e externo, que avançaram fortemente em fevereiro (cerca de 26,5% com a saca de 60 quilos avaliada em média a R$ 366,3), voltaram a cair em março. A queda, que já está em torno de 12% no acumulado do mês, está atrelada, segundo produtores, a informações irreais de que a safra brasileira não sofreu impactos com a estiagem do primeiro bimestre, o que aumentaria a oferta de café no mercado. Diante do fato, representantes do setor estão elaborando um levantamento da produção, que irá comprovar cientificamente as perdas na safra atual. A ideia é balizar o mercado de forma mais consistente.

A queda nos preços pagos pelo café ocorreu logo após a divulgação de dados que apontam para uma estabilidade na produção da safra 2014, feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e empresas multinacionais. Os dados não levaram em conta as perdas promovidas pela estiagem atípica e pelas altas temperaturas.

Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), enquanto no dia 5 de março a saca de 60 quilos de café era negociada a R$ 447,63, no fechamento do dia 25 de março o valor já havia recuado para R$ 393,57, queda de 12%. A retração foi iniciada em torno do dia 14 de março, quando a saca do produto era negociada a R$ 476,82, período em que o levantamento da safra de café foi divulgado pelo IBGE.

De acordo com o presidente executivo do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro, as perdas na safra 2014 são significativas e os impactos se estenderão até 2015. Com os resultados divergentes entre as estimativas divulgadas, o CNC encomendou um levantamento que irá comprovar, cientificamente, o índice de perdas. Os dados devem ser divulgados em abril.

"O mercado do café está muito especulativo e, sem dúvida, qualquer número que seja anunciado terá reflexo. No caso do IBGE, não houve conivência em divulgar os números atualizados, já que os dados são do início de fevereiro. Não tiveram cuidado em fazer o levantamento, que é elaborado em uma sala tendo como base imagens. Isso é realmente muito diferente do que é visto em campo. O mercado só terá um norte quando saírem os números do setor, comprovando os reflexos negativos da seca até mesmo na safra 2015", disse Brasileiro.

Descaso - Para o diretor-presidente da Cooperativa dos Cafeicultores da Zona de Três Pontas Ltda (Cocatrel), Francisco Miranda de Figueiredo Filho, a falta de políticas e de preocupação do governo com a agricultura brasileira faz com que os produtores fiquem reféns das especulações e do mercado, deixando os preços oscilarem de acordo com a oferta e a demanda, sem garantir um preço mínimo.

"Após a colheita, esperamos que o mercado fique mais estável, já que as perdas na produção serão quantificadas. ? muito triste conseguir preço em cima de uma tragédia como a vivida atualmente pela cafeicultura. Porém, em um país que não se tem uma política agrícola, passam a dominar as leis de mercado. O levantamento do IBGE foi injusto com o setor, já que os dados são de um período antes da seca e foram divulgados após a estiagem, impactando negativamente na cotação do produto", disse Figueiredo.

Segundo o gerente comercial de café da Cooperativa Regional dos Cafeicultores de São Sebastião do Paraíso (Cooparaiso), no Sul de Minas, Gilson Aloise de Souza, a tendência é que os preços retomem a alta com o início da colheita.

"Com o início da colheita, serão confirmadas perdas já estimadas pelas cooperativas e entidades do setor. Na região, a perspectiva inicial é de uma queda de 15% no volume, com tendência de superar este índice. O impacto da estiagem também ocorrerá na safra 2015, que já seria baixa, mas com a falta de chuva, as altas temperaturas e tratos culturais abaixo do recomendado a produção deverá ser muito menor".

As informações são do Diário do Comércio
 

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GINOAZZOLINI NETO

LONDRINA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 30/03/2014

A verdade está próxima. A colheita está chegando e aí vamos ver os números.
NELSON BARRIZZELLI

ANDRADAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 29/03/2014

Na minha região os cafezais estão bastante comprometidos. Em função dos preços aviltados dos últimos 20 meses, muitos cafeicultores deixaram de cuidar da sua plantação por absoluta falta de recursos. Só isso já seria suficiente para uma quebra de safra este ano. Some-se a isso a seca de 75 dias. Quando olhamos o café no pé, os grãos parecem bonitos, já avermelhados, mas ao pegá-los verifica-se que não granaram. Agora, para piorar vem a infestação de broca, espalhada pela seca e por falta de produtos adequados para ataca-la. Como alguém, com um mínimo de sanidade mental, pode dizer que este ano a safra não terá quebra? Que continua valendo a previsão feita no último trimestre do ano passado? Quem diz isso ou está muito mal informado ou não sabe o que está dizendo. Não creio que os órgãos responsáveis passaram informações desencontradas de boa fé. Na minha opinião é pior: estão procurando manipular o mercado . E nós cafeicultores pequenos e médios mais uma vez vamos pagar a conta.
JOÃO CARLOS REMÉDIO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 29/03/2014

Falando sério, deixando de lado a emoção e procurando estar mais próximo dá razão, que é onde o mundo parece girar. Que momento vive a cafeicultura brasileira; eu que falei mais de uma vez neste Site que 2013 não existiu para a cafeicultura, parece que estou preste a queimar a minha língua.

Primeiro, esqueçamos esta inédita seca, vamos falar em previsão de safra, a real, que ninguém nunca soube ao certo; 60, 55, 50, 48 milhões de sacas, quanto??? Segundo, o quanto ainda temos das safras remanescentes??? Terceiro, o quanto se consome aqui e mundo afora??? Após uma resposta mais próxima da realidade, poderemos pensar ou melhor planejar o futuro da nossa cafeicultura. Quarto, e principalmente, sem emoção nenhuma, quanto se perderá com esta gigantesca intempérie climática???

Os  professores, verdadeiros cientistas, estão a campo, tentando entender o que para  eles também era inédito. Quais os danos ao cafeeiro e sua produção após tamanha privação hidrica no momento da formação dos grãos? Muitos, alguns já aposentados, terão que outra vez, nos presentear com seus conhecimentos adquiridos e escrever novos capítulos nos anais da cultura cafeeira.

O cafeicultor, cientista prático, também está no campo vendo o estrago e imaginando, mais uma vez, o tamanho de sua perca.

Concluindo, eu acho que precisamos de muita responsabilidade em um momento tão crítico, não fazer qualquer previsão sem respaldo técnico-científico, pois, o mercado é agressivo e poderá entender à sua maneira, prejudicando a cafeicultura muito mais que as adversidades naturais. Sorte à todos!  
ZENI GABRIEL

SÃO GOTARDO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 29/03/2014

o IBGE, pelo que sei, não faz nenhuma pesquisa de campo - apenas trabalha com numeros - e, se o faz não visitaram a região do Cerrado Mineiro. Aparentemente existe café no pé, porém o grão está vazio, existe apenas de aparência, principalmente nas lavouras mais novas. Se não bastasse tivemos uma pressão muito grande de broca e bicho mineiro e baixo investimento nos tratos fitossanitário em virtude dos preços anteriormente praticados. Com todo este cenário a quebra indiscutivelmente estará na casa de 30% do previsto.
WALCI NUNES LEITAO

SANTO ANTÔNIO DO AMPARO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/03/2014

Em nossa região aqui no triangulo. Araguari, monte carmelo indianopolis, patrocínio Tupaciguara e outra cidades já contabilizamos perdas de 23% no momento. teremos supressa desagradável na hora do beneficiamento; grãos chochos, ataque severo da broca.mesmo aqueles produtores que usaram o endusulfan mais cedo novembro/dezembro não conseguiram controlar a broca por total. esta safra foi atípica. produtores estão gastando muito , buscando o controle mais sem conseguir. nenhum produto esta controlando a broca depois de alojada dentro do fruto. qualidade baixa do café também sera um grande problema desta safra.atençao os produtores não venda seu café este ano 2015 o governo vai arrepender de fazer politicagem com nosso ouro negro não temos mais serra pelada pense nisto abraços. 25 anos orientando meus clientes incasavel produtores.
CAFEQUENTINHO

JI-PARANÁ - RONDÔNIA - INDÚSTRIA DE CAFÉ

EM 28/03/2014

No ENCAFÉ ,chegou-se a falar em 57 milhões de saca de café beneficiado.na verdade, já era sabido que o jogo de interesse falava mais alto, ou os órgãos responsáveis passaram as informações tão desencontradas?
JOÃO BATISTA VIVARELLI

DIVINOLÂNDIA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/03/2014

O evento estiagem/calor, realmente causaram perdas significativas, nesta safra, e vai  ter consequências, para à safra 2015, mas às informações ainda estão muito desencontradas. Em nossa região ,estima-se em torno de 20% até o momento nesta safra,vamos ver o que acontecerá por ocasião do beneficiamento, temos mantendo diversos contatos com produtores,técnicos,lideranças,é o que se comenta.
NELSON BARRIZZELLI

ANDRADAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 28/03/2014

Triste a situação do IBGE, um Instituto de notoriedade internacional. Seria melhor se calar do que mostrar bobagens para o mercado. A menos que "forças ocultas" já estão interferindo nos resultados desse Instituto que sempre se pautou por regras científicas nas suas análises. Qualquer técnico, ainda que fora do meio agrícola, deveria saber que a quebra da safra deste ano será histórica. A produção no Paraná, São Paulo e Minas Gerais, representa entre 60% de 70% do total nacional. Não chove nessas áreas desde 15 de dezembro. Qualquer cafezal nesses estados tem pelo menos 40% dos grãos chochos, fora a recente infiltração de brocas, para as quais não há defesa conhecida, graças ao patrocínio do MAPA para a expansão da praga. Quanto às previsões das empresas internacionais, a credibilidade delas é ZERO uma vez que, como escrevi anteriormente nesses comentários, fazem parte de um forte oligopólio comprador, que manipula os preços de acordo com seus interesses. E os milhares de cafeicultores espalhados pelo Brasil, que se "lixem". Ah... esqueci. Temos o CNC para nos "proteger"...

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