Considerando-se (i) que o cafeeiro conilon é uma planta multicaule, (ii) que em função do espaçamento se recomenda a manutenção de três a cinco hastes por planta, dependendo do espaçamento, com ~12.000 hastes/ha (Fonseca et al., 2007), e (iii) que há intensa brotação de ramos ortotrópicos (ladrões) na base dos ramos podados, a poda deve ser realizada anualmente, após a colheita, para eliminar brotos, ramos depauperados, ramos plagiotrópicos sem potencial de produção (Figura 1) e garantir o número adequado de hastes produtivas por hectare (Ronchi et al. 2007a; 2007b). Além disso, no momento de renovar a lavoura, a poda estimula a formação de brotações (novas hastes) que substituirão, no ano seguinte, as hastes velhas, assegurando, assim, a estabilidade da produtividade dos clones ao longo dos anos, ou seja, a poda garante a renovação da lavoura (Ronchi et al., 2007a). E é neste momento crítico, de se renovar a lavoura (ou as hastes produtivas), que o agricultor não tem obtido êxito, seja pela não realização da poda no momento certo ou por fazê-la de forma e intensidade inadequadas, o que tem comprometido a produtividade e a longevidade da lavoura nos anos subseqüentes.
Este é um trecho do quinto módulo do curso online Fisiologia e Produção de Café Conilon, que inicia dia 23 de setembro.
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