ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Perspectivas para o Agribusiness 2010/2011

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 12/05/2010

6 MIN DE LEITURA

1
0
Na terça-feira passada, a Equipe AgriPoint participou do Seminário Perspectivas para o Agribusiness 2010/2011, realizado pela BM&FBovespa. Esta foi a 9ª edição do evento, que reúne importantes nomes do cenário brasileiro e mundial para um debate sobre as principais tendências do agronegócio nacional e os reflexos macroeconômicos sobre o setor.

Como de costume, o evento foi dividido em dois períodos. Na parte da manhã foram discutidos assuntos mais gerais, ligados à macroeconomia, política agrícola e tendências dos mercados de commodities. Durante a tarde, o público se dividiu em painéis que travam mais especificamente de cada cadeia produtiva: Perspectivas dos mercados de milho, aves e suínos; Perspectivas do mercado de café; Perspectivas do mercado de algodão; Perspectivas mercados de açúcar e etanol; Perspectivas do mercado da pecuária de corte; e Perspectivas do mercado de soja.



Transmitimos o evento via Twitter e abaixo disponibilizamos uma compilação dos principais pontos que foram discutidos pelos palestrantes da primeira seção do seminário.

Edemir Pinto, diretor presidente da BM&FBovespa abriu o evento ressaltando a importância dos mercados futuros e do agronegócio para a economia brasileira, além da parceria entre a BM&FBovespa e o CME Group.

Carlo Filippo Lovatelli, da Associação Brasileira do Agribusiness (Abag), falou sobre os desafios que o agronegócio tem de enfrentar: protecionismo, necessidade de melhor política agrícola, segurança jurídica, questão ambiental entre outros.

Lovatelli ressaltou, "agronegócio é sustentabilidade, somos isso, precisamos parecer isso". Segundo o presidente da Abag, sustentabilidade é a nova ordem mundial, e alguns casos se torna entrave ao livre comércio.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Wagner Rossi, finalizou as apresentações inicias frisando que o momento é extremamente auspicioso, com previsão de safras recordes este ano. "Essas conquistas só foram possíveis com a ação conjunta dos produtores, bancos e governos. Mas para garantir este desenvolvimento continuo é preciso garantir segurança jurídica no campo", comentou Rossi.

Outro ponto destacado pelo ministro foi a relação entre produção e preservação. "O produtor é quem saber proteger o meio ambiente e o governo vai lançar um programa de agricultura de baixo carbono, incentivando recuperação e melhoria na produção", completou Rossi informando que o plantio direto será incentivado pelo governo para aumentar a produtividade.

Comentando outro ponto delicado e bastante discutido nos últimos anos Rossi disse que "é ridículo falar em índices de produtividade para a agricultura brasileira, pois somos nós que vamos alimentar o mundo. A agricultura cresceu muito nos últimos anos, mas sua importância ainda precisa ser melhor reconhecida dentro do Governo".

Nathan Blanche, da Tendências Consultoria Integrada, apresentou a palestra "Cenários da macroeconomia e o agronegócio". "Após a crise ainda existem muitas incertezas. Mas em 2011 o crescimento deve ser retomado, alavancado pelo ritmo aquecido da economia nos países emergentes", inciou Blanche.

Segundo o palestrante, na zona do euro será preciso estancar o problema fiscal, evitando esta crise que se torne um problema de liquidez. Blanche mostra um gráfico sobre os resultados fiscais das principais economias nos últimos anos e o Brasil é um dos poucos que aparece positivo. No mesmo gráfico, todos os países da zona do euro têm números negativos.

"A economia da China segue aquecida e crescendo próximo de 12%. Por isso este é um mercado tão cobiçado pelos exportadores brasileiros. Esse crescimento da China deve sustentar os preços das commodities agrícolas, já que este pais precisa importar muito alimento", frisou.

"No Brasil, o PIB e a renda devem continuar crescendo em 2010. A popularidade do Lula se deve a aumento da oferta de crédito" apontou Blanche. Mas para ele com o tamanho que o Estado tem hoje fica difícil mudar o patamar da inflação. "Para isso é preciso promover mudanças estruturais".

O palestrante concluiu que as commodities são um fator estabilizador para inflação. Segundo ele, a taxa de câmbio tende a compensar o movimento de commodities no mercado internacional. "O câmbio no Brasil não está apreciado", afirmou Blanche. Ele acredita em uma taxa câmbio estável, podendo chegar a R$ 1,95 no 2º trimestre. "O problema não é câmbio, mas custo Brasil".



Blanche também apresentou dados sobre o déficit em conta corrente, que deve ficar entre 2,5 e 3% nos próximos anos. "Isso não preocupa. O déficit em conta corrente não é entrave a crescimento no longo prazo".

Como já citado anteriormente, Blanche afirmou que as importações e consumo da China e Índia devem crescer nos próximos anos, sustentando o mercado e favorecendo os exportadores brasileiros.



Ao falar sobre intervenções do Governo o palestrante se mostrou preocupado. "Alguém terá que pagar o pacote, esse dinheiro terá que sair de algum lugar". Blanche completou afirmando, "não acredito em pacote, acredito em competitividade, eficiência". "Não espere que o governo venha resolver seu problema". Ele ainda criticou a posição do BNDES: "escolhem quem serão as empresas mais felizes do Brasil".

Agronegócio é o grande responsável pelo superávit da balança comercial, disse Blanche. "Se não fosse o agronegócio, a situação da economia nacional seria outra. Bem pior", frisou.

Ao mostrar o gráfico abaixo, Blanche chamou a atenção para a situação do Brasil em relação às reservas e dívida externa. "Temos reservas de sobra".



Finalizando ele lembrou no médio e longo prazo, o risco para o agronegócio pode ser a má condução da política fiscal, tentativa de interferência no câmbio e intervenção do Estado.

Edilson Guimarães, Secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, apresentou a palestra "Diretrizes do Plano Agrícola e Pecuário 2010-2011" e voltou a ressaltar que o agronegócio é o responsável pelo superávit da balança comercial.#

"Nos últimos anos cresceu muito o volume de recursos disponibilizados ao crédito rural e nessa safra devemos chegar muito próximos da meta do crédito rural", comentou Guimarães.

Guimarães lembrou que o seguro rural também cresceu, chegando a valores próximos de R$ 10 bilhões em 2009, sendo que o Estado que mais fez seguro foi o Paraná. Para o palestrante, o Plano Agrícola e Pecuário 2010-2011 tem objetivo de garantir maior fonte de recursos para que o produtor financie sua safra

Conforme apresentado pelo ministro, Guimarães finalizou sua apresentação ressaltando que "o MAPA incentiva o uso de práticas ambientalmente corretas e o uso de seguro rural".

John Kemp, Reuters, falou sobre mudanças no comportamento dos preços de commodities. "Desde 2004 o mercado futuro de commodities cresceu bastante trazendo mais liquidez e ajudando na realização de hedge".

Kemp mostrou um gráfico com os preços de diversas commodities, com crescimento a partir de 2004 e variação bastante semelhante entre elas. "Não são só as commodities agrícolas que tem demostrado correlação nos últimos anos, mas também o petróleo e as ligadas à energia. A volatilidade também está cada vez relacionada entre as commodities agrícolas

Segundo ele este crescimento tem sido sustentado por negócios de prazo mais longo, com alguns contratos sendo negociados com até 2 anos de antecedência. "Esta mudança de perfil proporciona um aumento na liquidez dos mercados futuros". Para Kemp, muito desta liquidez está sendo garantida pela ação de especuladores, que hoje são a maioria dos agentes no mercado de commodities.

"Existe também maior interação maior entre os preços do mercado futuro e do mercado spot. Este fenômeno pode ser percebido em diversos mercado de commodity em intensidades diferentes, mas ele tem ocorrido de forma mais constante nos últimos anos". Ele lembra que o mercado está cada vez reagindo mais às variações do mercado futuro, com os preços estando muito mais ligados às expectativas futuras.

Outro ponto destacado pelo palestrante é que apesar dos reflexos da crise e os fundamentos de curto prazo mais fracos, os investidores ainda estão muito interessados no mercado de commodities. "Isto acontece porque esses agentes estão buscando proteção contra inflação e formas de diversificar seus investimentos comprando commodities. Estes investidores também estão apostando no aumento da demanda de commodities causada pelo crescimento da China e da Índia".

Emily French, ConsiliAgra (EUA), começou sua palestra falando que o mundo mudou muito, com aumento de tecnologia e globalização. "Os mercados estão voltados para o futuro e jamais voltaremos a preços de commodities de antigamente"

Segundo ela, os investidores preferem o mercado de commodities do que o de capitais, a assim, no próximos anos, haverá muito dinheiro entrando na agricultura.

Para French, "os recursos das Américas (produção) são necessários para sustentar o crescimento da China e da Índia. Quanto mais oa americanos trabalharem juntos, melhor será".

Equipe Agripoint

1

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

GINOAZZOLINI NETO

LONDRINA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 19/05/2010

É isso aí. Vamos gerar safras recordes e vender a preço de banana. Alguém não percebeu que o agricultor está falindo. Gino

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures