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Pepro: Cecafé responde carta de leitor do CaféPoint

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 15/08/2008

2 MIN DE LEITURA

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O diretor-geral do Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), Guilherme Braga, em resposta ao artigo publicado pelo CaféPoint, "Leitor espera maior adesão de pequenos ao Pepro", ressalta as sugestões encaminhadas pelo Conselho ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), referentes às normas do Pepro para este ano.

Na carta, Guilherme Braga afirma que, embora a Lei 9.849/99 determine que a subvenção destina-se aos produtores, algumas cooperativas entenderam que poderiam repassar parte aos produtores e incorporar a outra parte ao seu caixa. De acordo com o Cecafé, em alguns casos, as cooperativas distribuíram benesses aos grandes produtores em volumes de 30/40 vezes acima do máximo permitido, gerando um processo de transferência de renda do pequeno para o grande produtor e para o caixa das cooperativas. Leia o texto a seguir:

"Em relação à carta do cafeicultor Antônio Augusto Reis sobre o Pepro do café, gostaria de comentar, tanto por concordar com o produtor em vários aspectos como para reforçar a posição do Cecafé. Afinal, a correspondência foi endereçada aos membros do Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), do qual sou membro titular, em representação do Cecafé.

O CDPC, criado pelo Decreto nº 2.047, de 29/10/1996, é o órgão federal encarregado das deliberações sobre a política do café. Presidido pelo Ministro da Agricultura, é integrado por 14 membros, sendo 7 do lado do governo, e 7 do setor privado. Assim, decidir sobre o Pepro é da competência do colegiado. Apesar disso, no lançamento do Pepro para a safra 2007/08, o seu prévio exame e aprovação não foram submetidos ao CDPC.

Representantes de cooperativas e membros da Conab/Mapa elaboraram as regras dos Avisos de Licitação, que só foram divulgadas às vésperas da publicação. O Cecafé argumentou que as regras favoreciam as cooperativas, em detrimento dos produtores independentes, e que as normas de controle do pagamento não garantiam que os recursos chegassem integralmente aos produtores.

Logo após os leilões, a concentração dos benefícios do Pepro nas cooperativas confirmou-se. Embora representem entre 20% a 25% da produção nacional, e de 8% do número de cafeicultores, as cooperativas levaram 90% do Pepro (4,5 milhões de sacas, R$ 173 milhões), ficando para os produtores independentes R$ 16,4 milhões, 483 mil sacas. Quando os resultados dos repasses foram divulgados, novamente confirmaram-se as preocupações do Cecafé.

Embora a Lei 9.849/99 determine que a subvenção destina-se aos produtores, algumas cooperativas entenderam que poderiam repassar parte aos produtores e incorporar a outra parte ao seu caixa. Há casos confirmados de repasse de 40% aos produtores, enquanto 60% ficavam com as cooperativas. Outras distribuíram a subvenção em desacordo com os limites máximos, de 300 sacas/produtor. Há casos em que distribuíram benesses aos grandes produtores em volumes de 30/40 vezes acima do máximo permitido, gerando um processo de transferência de renda do pequeno para o grande produtor e para o caixa das cooperativas. Essas distorções estão sob investigação do TCU.

O Cecafé já manifestou ao Mapa apoio ao programa, destacando sua importância para a manutenção da renda do produtor, especialmente dos pequenos. A entidade sustenta que como os recursos do Pepro são limitados, o programa deve estar voltado para o pequeno produtor; e sugeriu medidas que assegurem ampla participação dos cafeicultores aos leilões.

Outra questão é que as regras de acesso sejam idênticas a todos os cafeicultores, estejam eles representados por cooperativas, sindicatos rurais e associações de produtores. E que o valor do subsídio seja obrigatoriamente pago pela Conab na conta bancária do produtor. A posição do comércio exportador é construtiva, sem a prevalência de interesse corporativo".

Leia a carta na íntegra.

Julio Frare, equipe CaféPoint

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ANTONIO AUGUSTO REIS

VARGINHA - MINAS GERAIS

EM 16/08/2008

Dr. Guilherme Braga - Diretor Geral do CECAFÉ e membro titular do Conselho Deliberativo da Política do Café - CDPC

Obrigado pelo interesse em responder à manifestação de um produtor.

Intercambiando-se razões, motivações e necessidades que alavancam o nosso setor, nosso resultado passa a ser mais promissor. Estamos todos dentro de um mesmo barco. A sobrevivência da "cadeia agronegócio café" dependerá da saúde financeira de cada parte.

Como produtor, a nós interessa a oportunidade do benefício. O que adianta definições "redondinhas", depois que você não tem nenhuma saca a mais para vender.

Se o primeiro Pepro para cafeicultura ocorreu há um ano e, se realmente este assunto deveria estar sendo discutido por membros de um conselho deliberativo com interesses nem sempre convergentes, porque somente agora no momento da nossa safra é que estão pensando em modificações?

Enquanto se discutem interesses específicos, o produtor rural, foco do programa, se vê compelido a aceitar preços que não remuneram o seu custo de produção.

Concordo que aperfeiçoamentos nas regras sempre são salutares, mas tomando-se os cuidados necessários para evitar emperrar sua operacionalização. O nº mínimo de sacas e o pagamento diretamente em conta corrente do associado, como sugerido pelo CECAFÉ, são pontos muito interessantes.

Na minha opinião, se não mexessem em nada este ano, naturalmente o mesmo já ocorreria muito melhor, porque com certeza, não sobraria disponibilidade de cotas arrematadas a serem utilizadas por outros produtores. (A COCATREL, por exemplo, esperou até o final de setembro/2007 para redistribuir as sacas disponíveis - ou redistribuía ou pagava-se a multa pelo não aproveitamento).

Já estamos quase em setembro, e a grande maioria dos pequenos produtores tão defendida pelo sr. está com a sua safra já encerrada ou em fase de encerramento e, talvez até comercializada. O Pepro, fundamental na sobrevida da produção, ainda sem definição.

Na Expocafé em Três Pontas, sul de Minas, em junho deste ano, participei de uma palestra proferida pelo atual presidente do Conselho Nacional do Café - CNC com a participação também de seu antecessor, onde o assunto Pepro veio à tona: testemunhei, na ocasião, manifestação de um presidente de associação de produtores do estado de São Paulo, dizendo que as associações não foram contempladas de forma semelhante às cooperativas (ou ficaram de fora) em relação ao Pepro. Recebeu naquele momento, inteiro apoio e compromisso de adequação das regras com o objetivo claro de incluí-las.

Continuo com a mesma opinião de que a maior parte da verba do programa deva ser gerida pelas cooperativas e associações de produtores, devido às facilidades proporcionadas em participar do processo: rápido, sem grandes exigências, que às vezes o produtor mais descapitalizado não poderia atender, mas muito demorado para receber quando as providências encontram-se fora da esfera das cooperativas.

Se houver um leilão aberto e geral, além de deixar a grande maioria dos pequenos produtores de fora do programa devidos às exigências normais dos leilões, aviltará ainda mais o adicional a ser pago por saca exportada, afetando sobremaneira a eficácia do programa para o produtor.

Se o CDPC realmente quiser uma participação maior dos pequenos produtores, hoje bem mais conscientizados do processo, o caminho mais curto e seguro é através das nossas cooperativas e associações de produtores, e agir imediatamente na definição/liberação do programa.

Quem for pequeno e estiver fora dessas entidades referidas acima, provavelmente nem ficará sabendo o que significa "Pepro".

Se são 14 membros a composição do conselho, está na hora do Sr. Ministro Stephanes, presidente do mesmo, aproveitar aquilo que for de melhor para o setor e "bater o martelo".

Respeitosamente,
Antônio Augusto Reis
MARCOS ANTONIO RIBEIRO CYRINO

GUAXUPÉ - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 16/08/2008

Parabéns ao CECAFÉ,

Sou do seguimento de consultoria em café, trabalho com produtores, na maioria autônomos, empresários, não tendo na maioria afinidade com o cooperativismo. Já havia pedido ao CaféPoint maiores esclarecimentos sobre o Pepro, pois acho que tem caroço neste angu.

Tenho certeza absoluta que não vai dar em nada esta irresponsabilidade, porém, é bom para a consciência da gente. A ética neste Brasil é uma pouca vergonha.

Parabéns

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