Gráfico 1: Evolução diária do preço indicativo composto da OIC
Em fevereiro a média mensal do preço indicativo composto da OIC desceu para 131,51 centavos de dólar dos EUA por libra‐peso, 2,9% abaixo da média de janeiro de 2013 e 27,9% abaixo da média de fevereiro de 2012. Esse declínio foi alimentado pelos Arábicas, com quedas de 4,4%, 5% e 5,9%, respectivamente, no caso dos Suaves Colombianos, dos Outros Suaves e dos Naturais Brasileiros. Os preços indicativos do grupo Robustas, por outro lado, aumentaram muito, (+4,4%) em relação a janeiro de 2013, alcançando 104,03 centavos de dólar dos EUA por libra‐peso, seu nível mais alto desde outubro de 2012.
Em consequência, os diferenciais entre os três grupos de Arábicas e os Robustas diminuíram consideravelmente. Houve uma queda de 22,8% na arbitragem entre as bolsas de Nova Iorque e Londres, que registrou 50,49 centavos de dólar dos EUA por libra‐peso, seu nível mais baixo de quase quatro anos e menos de um terço do nível
registrado há dois anos, levando a uma substituição parcial de Arábicas por Robustas (gráfico 4).
A evolução dos preços no mercado atualmente é dominada pelo desempenho dos Robustas. Como os preços ainda estão subindo, embora em proporções modestas, continua a haver um incentivo razoavelmente forte para que os produtores de Robusta reforcem suas exportações, e o mercado parece capaz de absorver o volume adicional.
Em vista da demanda dinâmica nos mercados emergentes e países exportadores, parece provável que esta tendência continue.
A situação dos Arábicas é algo diferente. Pesa sobre o mercado o volume recorde de
50,8 milhões de sacas da safra brasileira de 2012/13, acrescido da safra de 2013/14, que se aproxima. Além disso, como mostra o gráfico 3, o total exportado pelo Brasil em 2012 foi mais baixo em relação ao total do ano anterior, sugerindo um acúmulo de estoques no Brasil.
A demanda preguiçosa que se observa nos mercados consumidores tradicionais, que se expandem a uma taxa de aproximadamente 1% ao ano, também contribui para o sentimento geralmente baixista que se percebe no mercado.
Fatores fundamentais do mercado
9,7 milhões de sacas, 19,5% acima do total exportado em janeiro de 2012. Com isso, o total das exportações de todos os países exportadores nos quatro primeiros meses do ano cafeeiro de 2012/13 subiu para 37,9 milhões de sacas, representando um aumento de 15,8% em relação ao mesmo período do ano passado. A maior parte desse aumento pode ser atribuída a uma expansão de 40,4% nas exportações dos Robustas, que aumentaram para quase 48 milhões de sacas nos 12 meses findos em janeiro de 2013, de 37,7 milhões nos 12 meses anteriores. Foi constante, porém, a queda dos estoques certificados da bolsa de Londres, que caíram para cerca de 1,9 milhão de sacas, ante 3,5 milhões em fevereiro de 2012.
Com base nas informações atualmente disponíveis, o valor total das exportações do ano civil de 2012 é provisoriamente estimado em US$22,5 bilhões, representando uma queda de 9,6% em relação a 2011, apesar de um aumento acentuado em volume (quadro 1 e gráfico 5). Além disso, a composição do valor das exportações mudou com a alta dos preços dos Robustas, que foi de 19,9% de um ano para o outro, registrando um valor estimativo de US$6,1 bilhões, ante US$5,1 bilhões em 2011.
Volume em milhões de sacas; valor em bilhões de dólar dos EUA
As informações são da OIC, adaptadas pelo CaféPoint.