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Novas máquinas mudam a cultura do café nos EUA

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 23/11/2012

5 MIN DE LEITURA

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Por The Wall Street Journal

Conhecedores e esnobes do café, atenção: este pode ser o ano em que você comprará uma máquina de café de uma só xícara.

Nesta temporada de Natal, os grandes fabricantes esperam conseguir, finalmente, atrair os consumidores que continuam aferrados aos métodos tradicionais de fazer café.

Máquinas que fazem uma só xícara, e algumas que também fazem café expresso e leite espumante, estão chegando ao mercado em um ano em que, segundo os analistas de varejo, não há muitos outros artigos caros para presentes disputando a atenção.

"Este é um desses presentes que dizem: ´Eu conheço bem você, e sei como isto vai mudar a sua vida´", diz Peter Gibbons, vice-presidente de merchandising da loja on-line Cooking.com.

Alguns puristas podem torcer o nariz, mas os fãs das máquinas de dose única gostam de poder desfrutar, a cada vez, do prazer de saborear uma xícara de café aromático.

Conforme o modelo, pode-se fazer café mais forte ou mais fraco, ajustar o sabor e até mesmo a temperatura, para satisfazer as preferências de cada um.

Não admira que tenha começado uma corrida para agarrar os fanáticos por café, oferecendo recursos cada vez mais sofisticados. A concorrência esquentou em setembro com a chegada da Starbucks SBUX +0.90% e seu sistema de xícara única, o Verismo, que promete trazer para a casa do consumidor muitos tipos de expressos e bebidas com leite espumante que os baristas da Starbucks preparam nas lojas.

Depois de substituir o bule de café no escritório, as máquinas de dose única agora querem conquistar as residências.

As vendas dos sachês de dose única estão subindo nos Estados Unidos para um total esperado de US$ 1,8 bilhão este ano, um aumento de quase cinco vezes em relação aos US$ 381 milhões de 2010, informou a Mintel. Mas o preço de algumas cápsulas está caindo. Certas patentes expiraram para o Keurig K-Cup, o sachê compatível com a primeira geração do sistema Keurig de dose única, o que pode provocar uma avalanche de cápsulas mais baratas de outras marcas.

Agora que a moda é preparar uma só xícara, seria bom que o consumidor fizesse as contas. Usar uma dessas novas máquinas para preparar uma xícara de café normal custa nos EUA de US$ 0,55 a US$ 0,80, dependendo da máquina e do café. Compare-se com US$ 1,65 ou mais por um copo grande de café em uma loja Starbucks no país. Um expresso da Nespresso NESN.VX +0.08% sai por R$ 1,50 no Brasil.

De longe, a opção mais econômica continua a ser preparar o café em casa, pelo método tradicional. No entanto, isso pressupõe que você vai consumir a térmica inteira. A situação mais comum, porém, como sabe qualquer amante do café, é preparar um bule inteiro mas tomar apenas uma ou duas xícaras, o que aumenta bem o custo por xícara.

O expresso é feito forçando a passagem da água quente sob pressão através do pó de café moído fino. Em muitos mercados, os consumidores preferem o expresso com leite espumante, como latte ou cappuccino.

A Starbucks acredita que o expresso feito em casa não vai prejudicar o movimento das suas lojas. Em vez disso, o sistema Verismo é uma oportunidade de chegar até os clientes quando eles não querem sair de casa. "Estamos resolvendo aquelas situações em que deixamos de servir nosso cliente", diz Paul Camera, diretor da Starbucks para pesquisa e desenvolvimento. A Starbucks informa que 75% de seus clientes ainda não possuem uma máquina sofisticada para uma só xícara.

Keurig, a máquina para dose única da Green Mountain Coffee Roasters Inc., GMCR -0.36% lançou o sistema Rivo de uma só xícara de expresso. Um recurso especial do Rivo é que fazer leite espumante.

A Nestlé, fabricante das máquinas de café Nespresso, muito populares no Brasil, ampliou sua linha recentemente com o sistema Nespresso U. Seu reservatório de água pode girar 180 graus para caber num espaço pequeno e a máquina pode ser equipada com o sistema Aeroccino Plus, que faz espuma com leite fresco.

Nas suas promoções de Natal, a Nespresso está destacando a qualidade do café em seus sachês. No início do mês ela lançou um café de edição limitada, o Hawaii Kona Reserva Especial, que segundo a empresa, é "infinitamente intenso e suave, com corpo aveludado".

A chegada de uma máquina de xícara única pode mudar os hábitos de uma família em relação ao café. "É como comprar pão fatiado em vez de pão artesanal", diz Peter Giuliano, provador de café profissional e porta-voz da Associação de Cafés Especiais da América. "E tudo bem. Às vezes, isso é conveniente." O mais importante é a qualidade do grão. "Não se podem transformar grãos ruins em bom café", diz Giuliano.

Muitos que já se converteram para a dose única compram uma segunda máquina, diz Frederic Levy, presidente da Nespresso para os Estados Unidos. "A primeira é para a cozinha e a segunda para o quarto. O cliente pode fazer um café logo ao acordar."

Amy Mueller, 28, faz café durante a semana com sua máquina Keurig. Ela diz que é tão fácil de usar que ela calcula estar bebendo uma xícara a mais por semana. Mesmo assim, essa fisioterapeuta de Lake City, no Estado americano de Minnesota, prefere usar sua cafeteira francesa nos fins de semana. Ela gosta de lidar com o pó de café e não com sachês. "Eu amo o cheiro do café, e a maneira como se espalha pela casa toda", diz ela.

Uma vantagem indiscutível das máquinas de dose única é serem rápidas. Em um jantar, podem atender os diversos pedidos dos convidados. Muita gente que recebe visitas acha que a máquina proporciona uma interessante atividade para depois do jantar, quando os convidados selecionam e fazem seu próprio café enquanto esperam a sobremesa.

Com o sistema de garrafa térmica YouBrew, da Breville, pode-se preparar uma só xícara ou uma jarra inteira. Ao contrário da maioria das máquinas, a YouBrew pode funcionar com o pó de café do próprio cliente, não exigindo a compra de cápsulas. "Você pode usar seu próprio café, o que é muito melhor para o meio ambiente do que usar sachês descartáveis o tempo todo", diz Adèle Schober, porta-voz da Breville.

A Tassimo, sistema da fabricante alemã de aparelhos Bosch, em parceria com a Kraft Foods, KRFT -0.82% lançou este ano a T55, uma máquina de dose única que pode preparar uma xícara pequena de expresso ou uma xícara maior. "Teremos uma guerra de marketing completa nesta temporada de Natal", diz Tyson Deal, gerente de vendas da Bosch para os Estados Unidos.

As informações são do The Wall Street Journal.

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EDUARDO CESAR SILVA

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 23/11/2012

Essa matéria evidencia a força do segmento de café em cápsulas nos EUA. O crescimento esperado em relação ao ano de 2008 é realmente impressionante. Outro dado interessante é o de que 24% dos lares americanos já possuem uma máquina de café em dose única.

O que a matéria não cita é que nos EUA a liderança na venda de máquinas e cápsulas não pertence à Nestlé, que ocupa essa posição no mercado global. Aquele mercado é dominado pela Green Moutain Coffee Roasters (GMCR), com 75% de participação. Na verdade, o crescimento explosivo nas vendas de cápsulas apresentado pela notícia reflete o próprio desempenho de vendas da GMCR.

Por causa dessa participação tão grande no mercado, a quebra de duas patentes relacionadas às cápsulas da Green Mountain (conhecidas como K-Cups) causou alvoroço por lá. Tradicionalmente, a empresa licencia suas K-Cups para outras marcas interessadas em produzir para o sistema Keurig. Os royalties são de 6 centavos de dólar por cápsula. Com fim das patentes, outras companhias começaram a produzir K-Cups sem pagar por isso.

Será interessante acompanhar o mercado norte americano nos próximos anos. Além da reação da GMCR, a entrada da Starbucks nesse mercado e o esforço da Nespresso em aumentar sua participação nos EUA prometem.

Abraços,

Eduardo Cesar Silva

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