A Secretaria de Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Rural, Pesca e Alimentação (Sagarpa) e Sistema Produto Café do México modificaram os esquemas de Fomento Produtivo de Café diante da menor produção e exportações, bem como do envelhecimento dos plantios. Agora, destinarão os recursos para fortalecer a infra-estrutura, integração, renovação de cafezais, pesquisa, transferência de tecnologia e promoção, entre outras coisas.

Depois de escutar e analisar os argumentos de diversos membros do setor e considerando o posicionamento do Sistema Produto com relação à execução do Fomento Produtivo de Café 2011, o secretário, Francisco Mayorga Castañeda, firmou em 19 de agosto o Acordo Modificador para o que se aprova o Projeto Transversal de Fomento Produtivo do Café.

O Acordo, que constitui a base dos Delineamentos Específicos, retoma os pontos fundamentais do setor cafeicultor do país no sentido de apoiar os produtores vigentes na atividade e de re-focar esse importante projeto visando produtividade.

Com relação à dispersão de recursos, que chegam a 250 milhões de pesos (US$ 20,27 milhões) aprovados pelo Congresso da União, a Secretaria disse que os produtores beneficiários poderão receber os estímulos de forma direta, uma vez que os Delineamentos sejam publicados no Diario Oficial da Federação (DOF).

A Sagarpa reitera o caráter transversal do Projeto e seu enfoque na produtividade, relacionada com a vigência do produto na comercialização, o que constitui um grande avanço em matéria de reestruturação. Diante disso, convidou os membros do setor a reforçar o trabalho nesse processo, já que a rentabilidade da cadeia produtiva não pode ser somente dependente de preços altos no mercado e orçamentos públicos, devido ao fato de ambos os fatores serem de natureza instáveis.

De acordo com estatísticas da Subsecretaria de Agricultura, nos últimos anos se vê um aumento constante no consumo de café nos países da Europa e da Ásia, assim como no preço do café nos mercados internacionais. A demanda de café no país é de 2,1 milhões de sacas; de 2000 a 2001, o consumo per capita passou de 0,47 quilos para 1,1 quilos.

Nesse contexto, estão dadas as condições para redirecionar os programas e recursos ao fomento da produtividade através da renovação de plantações, implementação de boas práticas agrícolas, mecanização e equipamento dos cafezais, promoção ao consumo e pesquisa e capacitação.

De 2002 a 2011, o Governo do México investiu no setor cafeeiro mais de 9,5 bilhões de pesos (US$ 770,51 milhões), dos quais, entre outros setores, 40,5% correspondeu ao Fomento Produtivo do Café e 39% ao Fundo de Estabilização de Preços. Para o ciclo cafeeiro de 2010-11, a Sagarpa destinou 940 milhões de pesos (US$ 76,23 milhões) ao setor. Nesse período, a Subsecretaria da Agricultura informou que se produziram 4,1 milhões de sacas de 60 quilos (no ciclo cafeeiro de 1999-2000, foram produzidas 5,6 milhões de sacas), com um valor estimado de 6,182 bilhões de pesos (US$ 501,40 milhões), dos quais cerca de 60% foi exportável.

O rendimento dos cafezais diminuiu nos últimos 10 anos, devido ao fato de cerca de 80% dos cafezais terem mais de 20 anos, o que levou, em 2000-2010, a uma queda no ritmo anual de produção média de 2,8%, passando e 5,6 milhões de sacas de café verde para 4,1 milhões de sacas.

O volume de exportações também diminui. No ciclo de 1999/2000 foram destinadas ao mercado externo 5,1 milhões de sacas e, em 2009/10, as exportações foram de 2,6 milhões de sacas. Em 2011, a previsão é de exportações de 2,4 milhões de sacas.

O México possui 504.372 produtores de café em 688 mil hectares de 12 estados e 391 municípios. O México é o principal produtor de café orgânico do mundo; 10% da superfície cafeeira é dedicada a essa variedade. A reportagem é do

Em 24/08/11 - 1 Peso Mexicano = US$ 0,08111
12,3109 Peso Mexicano = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

As informações são do site www.hoyveracruz.com.mx, traduzidas e editadas pela Equipe CaféPoint.