ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Graziano: alta de commodities precisa ser disciplinada

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 18/02/2011

3 MIN DE LEITURA

1
0
Se conseguir chegar à direção-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), o brasileiro José Graziano da Silva vai trabalhar para ajudar as autoridades internacionais a estabelecer uma regulação no mercado global de commodities, profundamente afetado pela inflação nos últimos meses com a disparada dos preços dos alimentos.

O ex-ministro extraordinário de Combate à Fome do governo Lula, afirma que a "financeirização" dessa atividade precisa ser disciplinada.

Para Graziano, o encarecimento dos alimentos é hoje um problema estrutural que não se resolve no curto prazo. Segundo ele, a FAO vinha chamando a atenção para a questão e cobrando o aperto das regras desde o estouro da bolha de preços em 2007. Especulação, redução dos estoques mundiais e questões climáticas são os vilões, diz. "Em mercados desregulados, isso faz aumentar a volatilidade: quando o preço está subindo a financeirização empurra mais para cima e quando está descendo, empurra mais para baixo. Em 2007, a FAO falou que [a crise dos alimentos] ocorreria de novo se nada fosse feito, e praticamente nada foi feito em termos de novas regulações desses mercados."

Ao pregar maior regulação no setor, Graziano garante que não vai contra a orientação do governo brasileiro. "Para se ter liberdade é preciso ter regras, dizer o que pode e não pode fazer, senão vira uma bagunça que somente beneficia uns poucos especuladores", comenta. Ele revela que discutiu o assunto na semana passada no Ministério da Agricultura francês e na sede da FAO, em Roma. Segundo ele, Paris não fechou sua posição e analisa estudos da FAO sobre o assunto. "Limite dos derivativos, estoques virtuais e mecanismos financeiros para poder intervir em momentos de muita alta e muita baixa estão sendo discutidos", explica.

Apesar de a polêmica envolver a FAO, Graziano ressalva que decisões nesse campo cabem à Organização Mundial de Comércio (OMC). A função da FAO é prestar assistência técnica para a implementação de políticas na área agrícola e de segurança alimentar, além de municiar os 191 países-membros com dados e conhecimento.

Uma das promessas de Graziano é mudar o perfil de financiamento da FAO, com espaço para maiores doações dos países do hemisfério Sul, que passariam a ganhar mais benefícios da cooperação multilateral da FAO. "Os países desenvolvidos são os grandes doadores da FAO, mas sabemos que nos próximos anos eles vão enfrentar sérias restrições fiscais", diz Graziano.

O agrônomo brasileiro, que está licenciado da direção da FAO para a América Latina e Caribe para disputar a eleição, também busca apoios para descentralização e desburocratização. "É preciso dar mais poder aos escritórios regionais, sub-regionais e os próprios países. Hoje se o Brasil quiser fazer uma doação, ele precisa mandar o dinheiro para Roma, e esse dinheiro volta para ser gasto no Brasil.

Outro desafio de Graziano é posicionar a FAO para contribuir com a expansão da produção de alimentos de forma sustentável. Segundo ele, até 2050 alguns setores da agricultura precisarão aumentar 70% e até 100% a capacidade produtiva. "O impacto disso sobre o ambiente já é conhecido, principalmente com a pecuária. Temos que achar um jeito de juntar tecnologias hoje disponíveis e menos agressivas: o cultivo direto do solo, por exemplo, sem arar."

Indicado para substituir o atual diretor-geral da FAO, o senegalês Jacques Diouf, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Graziano conta com o engajamento da presidente Dilma Rousseff em sua campanha. Ela tem mencionado a candidatura do ex-ministro criador do programa Fome Zero em todos os seus contatos bilaterais e elevou a campanha ao nível de prioridade da diplomacia brasileira.

A reportagem é de Luciano Máximo, para o jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

1

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

JOSEPH CRESCENZI

ITAIPÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 18/02/2011

Existe uma situação na conjuntura atual em que o produtor de alimentos está pagando mais caro para todos os insumos relacionadas a sua atividade. Com os elevados custos doas regulamentos ambientais, a alta do petróleo, a progressiva alta dos impostos sobre tudo que é consumido e gasto na produção de alimentos, os preços dos alimentos tendem a subir. Ao contrário o produtor fica Sem Terra.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures