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Florada irregular deve reduzir safra 2010

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 06/01/2010

3 MIN DE LEITURA

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O clima é uma preocupação para o setor cafeeiro em 2010. O excesso de chuvas no segundo semestre de 2009 comprometeu a formação dos brotos florais nos cafezais e o resultado foram floradas irregulares com baixo ´pegamento´ dos frutos. "A safra deste ano é cheia, mas pode não ser tão exuberante como se imaginava inicialmente", diz o especialista Celso Luis Vegro, do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.

O pior é que o excesso de umidade induz a produção de folhas no pé de café, que fica vistoso, mas encarece a colheita por causa da maior dificuldade de se apanhar os grãos. O produtor também vai gastar mais com podas e desbrota do cafezal, observa Vegro. Além disso, cresce o risco de incidência de pragas e doenças, já que o excesso de umidade, as altas temperaturas do verão e a grande quantidade de folhas tenras são ´um prato cheio´ para a ferrugem, principalmente. "A safra 2010/11 deverá ser trabalhosa, custosa e a qualidade talvez seja até inferior à deste ano, que já não foi boa por causa das chuvas durante a época de colheita", avalia o pesquisador.

Mercado

Em relação às perspectivas de comercialização, Vegro diz que regiões tradicionais consumidoras - Estados Unidos, Japão e União Europeia - ainda não se recuperaram totalmente da crise financeira de 2008. O desemprego provocou a descapitalização das famílias, o que, na avaliação de Vegro, deve levar a uma mudança no hábito de consumo, que tende a se voltar para marcas mais baratas. A consequência é "a redução do valor agregado pela cadeia", explica o especialista.

Celso diz ainda que na Rússia, país emergente, o consumo de café estagnou, e até caiu no segmento de solúvel, o mais consumido pela população local. O efeito da desvalorização do dólar torna o produto mais caro, causando encolhimento do mercado, que se ressente da crise global. Na contramão, em países produtores de café, como Índia e Costa Rica, o consumo está crescendo, em grande parte por causa de políticas locais de estímulo, crescimento vegetativo da população e aumento da renda per capita, enumera Vegro.

O pesquisador do IEA comenta que as cotações do café, e das commodities em geral, mostram tendência de alta, em dólar. Isso porque os Estados Unidos, maior mercado mundial, deve persistir na trajetória de desvalorização de sua moeda, "para recompor a economia" desestruturada pela crise financeira. "Provavelmente, as commodities agrícolas e metálicas devem continuar a subir em dólar", diz.

No caso específico das cotações do café, Vegro projeta que os grãos tipo robusta continuarão pressionados pelo aumento da oferta do Vietnã, assim como os cafés arábica mais fracos, de qualidade inferior. Em contrapartida, ele estima que grãos mais finos tipo arábica continuarão valorizados, em virtude da menor oferta de arábica lavado, produzido principalmente na Colômbia e América Central. O especialista argumenta que as condições de mercado em 2010 podem ser uma excelente oportunidade "para o Brasil ganhar mercado de alta qualidade, atuando na reformatação dos blends, em particular para espresso", deslocando concorrentes. "Os cafés naturais do Brasil, tipo gourmet, poderiam substituir os lavados, nas ligas para espresso", ressalta.

Ele pondera, no entanto, que nos últimos cinco anos a saca de 60 kg de café tem sido cotada entre R$ 250/R$ 260, quando o ideal, em termos de rentabilidade para o setor, seria preço acima de R$ 300. De acordo com ele, é possível que a cotação alcance R$ 300 ainda no primeiro trimestre de 2010, mas não deve se sustentar, em virtude da entrada da safra brasileira no mercado. Apesar do efeito perverso das baixas cotações, Vegro salienta que a cafeicultura está em momento crucial para discutir o modelo produtivo. "Talvez fosse a hora de se adotar maciçamente tecnologias agronômicas já disponíveis, como adensamento e colheita mecanizada."

A reportagem é da Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe CaféPoint.

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MARCO ANTONIO COSTA

CAMPO BELO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/01/2010

Aqui na região de Campo Belo - MG também esta ocorrendo os mesmos fenômenos que o Gefferson descreve. Observei flores em final de Dezembro e grãos desuniformes. O clima também esta diferente, chuvas e ventos fortes.
GEFFERSON EDSON FERREIRA PINTO

ESPÍRITO SANTO DO PINHAL - SÃO PAULO

EM 07/01/2010

Aqui na região de Espirito Santo do Pinhal-SP, tivemos um prolongamento da estação chuvosa, com várias floradas apartir do mês de julho, com várias floradas. No momento temos vários tipos de tamanho de grãos na planta do cafeeiro, em alguns lugares de maiores intensidades pluviometricas ainda temos pequenas floradas de valor economico e produtivo insiguinificante. Com todos estes tipos de grãos e flores numa unica planta, está ocorrendo um abortamento dos grãos pequenos ou chumbinhos, a medida que ocorre o enchimento dos outros grãos, ficando dificil de mensurar o real poder produtivo do cafeeiro. Talvez dentro do prazo de 30 a 40 dias poderemos quantificar a real produção. Aqui em nossa região tambem temos chuvas totalmente irregulares, rápidas e de alta pluviosidade, com ventos fortes, mostrando que existe algo de errado no nosso clima.

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