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Evolução da colheita de café no Brasil: safra 2008/09

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 22/08/2008

5 MIN DE LEITURA

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Minas Gerais

De acordo com Fernando Rios, engenheiro agrônomo da Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé), a colheita de café na região evoluiu para 55-60%. Pequenos produtores (até 200 sacas colhidas) já terminaram a colheita e há maior disponibilidade de máquinas para a colheita mecânica, mas a oferta de mão-de-obra ainda é insuficiente. Segundo Mário Panhota, gerente comercial de mercado interno da Cooperativa, a comercialização não mudou muito nesta última semana, estando 35-40% da safra comprometida em CPRs, que já começaram a ser liquidadas.

Conforme informações do vice-presidente do Caccer (Conselho das Associações dos Cafeicultores do Cerrado), Wilson José de Oliveira, as cooperativas do cerrado de Minas Gerais têm recebido bastante café ultimamente. "O tempo está muito bom, não tem chovido. Agora a colheita tomou rumo mesmo, está indo de vento em popa", revelou Oliveira, que também é presidente da Acarpa (Associação dos Cafeicultores da Região de Patrocínio). A colheita, que atingiu 60%, deve se encerrar na primeira quinzena de outubro.

Oliveira acredita que a estimativa da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) para o cerrado mineiro (4,47 milhões de sacas) vai acabar não se confirmando. "Ainda é cedo para avaliar, mas acredito que o número final vai ficar abaixo do projetado, pois o rendimento nas fazendas está um pouco abaixo do que imaginávamos no início da safra", salienta. Segundo ele, o mercado de café no cerrado está relativamente parado em agosto, com poucos negócios.

Na área de atuação da Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Caratinga (Coopercafé), na Zona da Mata, a escassez da mão-de-obra tem atrapalhado o andamento dos trabalhos. Segundo o gerente de comercialização da Cooperativa, Paulo Tavares, a colheita atingiu 75% nesta semana. A produção para a região neste ano deverá totaliza 6,372 milhões de sacas de acordo com a Conab.

Segundo Tavares, a comercialização na região permanece travada, pois "os produtores continuam estocando na espera de preços melhores". Projeta-se que 40% a 45% da produção já tenha sido comercializada ou comprometida por meio de CPRs e negócios futuros.

São Paulo

Segundo Anselmo Magno de Paula, gerente de comercialização da Cooperativa de Cafeicultores e Agropecuaristas de Franca (Cocapec), 70% da safra já foram colhidos. Nesta semana, condições climáticas satisfatórias ajudaram na evolução da colheita de café, entretanto, "muitos produtores se queixam sobre o rendimento da lavoura, menor do que o esperado, e com isso espera-se uma quebra de 10% a 15%", afirmou Anselmo. Segundo ele, atualmente 25% da safra foi comercializada por meio de CPRs e negócios futuros.

De acordo com Aurélio Giroto, engenheiro agrônomo da Cooperativa dos Cafeicultores da Região de Marília (Coopermar), atuante no centro-oeste de São Paulo, os trabalhos de colheita de café avançaram com o auxílio das boas condições climáticas nesta semana, atingindo 70% do total. A Conab aponta produção de 4,5 milhões de sacas para o estado e estima-se que apenas 5 a 10% da safra nova tenha sido comercializada (entrega futura ou CPRs).

Bahia

Chuvas fracas, incidentes na maioria das regiões produtores de café do estado, atrapalharam a colheita nesta semana. Segundo o presidente de honra da Associação dos Produtores de Café da Bahia (Assocafé), João Lopes de Araújo, apesar dos atrasos, o índice de colheita chegou a 65%. A comercialização continua devagar: "só vende quem está descapitalizado e precisa do dinheiro", afirma o presidente. Da safra nova, aproximadamente 30% já foram vendidas, totalizando negócios por meio de CPRs, embarques futuros e venda para indústria.

Espírito Santo

A falta de mão de obra está atrapalhando o avanço da colheita de arábica no Espírito Santo. "Não tem acontecido uma grande aceleração nos trabalhos nestas últimas semanas, pela carência de pessoal. A situação está bem complicada no interior, e também na zona da mata de Minas Gerais. O café está seco, no pé, esperando por gente para colher", revela o corretor Marcus Magalhães, da Maros Corretora.

De acordo com Marcus, estão entre as principais razões da escassez de mão-de-obra o êxodo rural (busca de trabalho nas indústrias e comércios da cidade), a descapitalização do produtor e alta dos custos que não favorecem a "importação" de mão-de-obra de outros locais e também o respaldo financeiro do bolsa-família, que ajuda o "panhador" de café.

"No Espírito Santo, o cafeicultor é refém da mão de obra, pois não há como realizar a colheita mecânica, dada a irregularidade da topografia", disse. Marcus ressaltou que, em alguns casos, os produtores estão largando até 20% dos grãos no pé, porque não está compensando finalizar a colheita nas situações atuais, de alto custo de produção e preços insatisfatórios no mercado.

Até o momento, cerca de 60% da safra de arábica já foi colhida, considerando-se a estimativa da de 2,67 milhões de sacas da Conab. Magalhães acredita que a produção de arábica do Espírito Santo não vai confirmar esse número. "Tenho ouvido muitas reclamações quanto à renda do café, e ainda poderá haver quebra em função dos grãos que estão prontos para serem colhidos, mas estão secando na árvore por conta do problema de pessoal", salienta.

De acordo com o corretor, certamente haverá quebra de produção, mas ainda não é possível quantificar. "Enquanto em anos anteriores eram necessários quatro sacos de café em coco para se obter uma saca beneficiada, neste ano a proporção está de 4,5, 5 e até 7 para 1. "Apesar da boa qualidade dos grãos, o rendimento está baixo, quebrou muito por conta do clima não favorável do ano passado, com chuvas irregulares e floradas abundantes. "Temos visto negócios isolados, e um mercado esvaziado, sem grande movimentação. Até agora, o ritmo de negócios está bem aquém do esperado", finaliza.

De acordo com Secretaria da Agricultura do Estado, o Espírito Santo deverá superar a marca de 10 milhões de sacas de café conilon até 2010. A safra da variedade vem crescendo desde 1985, quando o governo passou a investir em ciência e tecnologia. "A irrigação e a oportunidade de mercado foram decisivas, destaca o assessor da Secretaria, Ricardo Ferreira dos Santos.

Paraná

De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) do Paraná, até o dia 18 de agosto a colheita no estado era de 84,8%, com 34,3% da produção já comercializada. Segundo a última estimativa de produção do Deral, o Paraná deverá produzir entre 2,3 e 2,4 milhões de sacas. Com informações de Fábio Rubenich, Laura Ruschel e Rodrigo Ramos, da Agência Safras.

Julio Frare, Equipe CaféPoint

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