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Colômbia: continua greve dos cafeicultores

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 04/03/2013

3 MIN DE LEITURA

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Os cafeicultores colombianos estão em greve desde 25 de fevereiro, na primeira manifestação realizada desde a década de 1990 e que aumentou a pressão de outros setores agrícolas, como o setor de cacau e de arroz, sobre o Governo, passando também a pedir auxílios financeiros. 

A greve deixou até sexta-feira passada (01/03) 65 pessoas detidas e pelo menos 40 feridos com golpes e contusões entre civis e policiais, pelos choques entre agentes antimotins e os manifestantes, segundo informou a polícia.

Com a intenção de acabar com a greve, o Governo colombiano anunciou no sábado que elevou em mais de 90% a ajuda aos cafeicultores: de 60.000 pesos a 115.000 pesos (33 a 63 dólares) por cada “carga” de café, que equivale a 125 quilos, unidade básica de venda dos produtores.

O gerente da Federação Colombiana de Cafeicultores, Luis Genaro Muñoz, pediu no domingo (03/03) aos organizadores o término da greve e, sobretudo, que acabem com os bloqueios das vias. “Um chamado definitivo: por favor, participantes da greve e dos bloqueios às estradas. Vocês devem refletir”, disse Muñoz. Ele classificou de “importantes e relevantes” as medidas anunciadas na véspera pelo Governo. “Honestamente, servem para a grande maioria dos cafeicultores e diminuem suas dificuldades. São medidas que não podemos desprezar”.

Porém, os cafeicultores em franca disputa com os governantes, consideram que os auxílios não resolvem seus problemas. “É uma mentira a mais do Governo. Nós não chegamos a um acordo”, disse o cafeicultor do departamento de Antioquia, Guillermo Gaviria Osorno.

Osorno disse que continuam agrupados pelo menos 8.000 cafeicultores em acampamentos improvisados na zona de Bolombolo, em Antioquia e que seguem com sua principal demanda, que é fixar um preço mínimo da carga de café (125kg) em pelo menos 750.000 pesos (416 dólares), o que já significou que flexibilizaram sua postura, porque inicialmente exigiam 800.000 pesos por carga (444 dólares). O representante dos cafeicultores disse que a ajuda de 60.000 pesos ou de 115.000 pesos não representa uma garantia aos produtores, que reúnem 560.000 famílias em todo o país.

O anúncio do Governo, no sábado, de aumentar a ajuda por carga, mas não o preço, “foi muito mal recebido” pelos cafeicultores do departamento de Tolima, disse outro líder do protesto, o cafeicultor Emilio Martínez.

“Estamos inconformados”, mas não ocorreram choques com as autoridades, disse Martínez, da cidade de Ibagué, capital de Tolima. “Aqui, não há nenhuma chance de dizer que paramos com a greve”, disse ele, ao garantir que em seu acampamento se mantinham no domingo pelo menos 3.000 cafeicultores.
O gerente do Banco Agrário, Francisco Estupiñán, disse no domingo que 80% da dívida dos cafeicultores é com essa entidade creditícia estatal. A dívida é de 1,4 bilhão de pesos (770 milhões de dólares). Ele advertiu, no entanto, que o objetivo é reprogramar a dívida de 2013 para os anos de 2014 até 2017.

Os produtores de café começaram a greve porque garantem que estão produzindo com perdas: atualmente, o preço que recebem é de 500.000 pesos (277 dólares), enquanto garantem que o mínimo que custa para produzir é 700.000 pesos (388 dólares). A polícia calcula que pelo menos 25.000 cafeicultores estão reunidos em 18 diferentes pontos, principalmente no sudoeste do país.

O grande problema, reconhecem tanto as autoridades como os cafeicultores, é que o preço da carga está em média entre o preço internacional do grão e a taxa de câmbio do peso colombiano frente ao dólar. Como o preço internacional caiu em 3 dólares, para US$ 1,40 por libra nos últimos três anos, enquanto o peso colombiano se fortaleceu em pelo menos 40% frente ao dólar americano nos últimos quatro anos, segundo dados da Federação, os rendimentos dos cafeicultores caiu significativamente.

O Governo, através do ministro da Fazenda, Mauricio Cárdenas, disse que não pode garantir esse preço mínimo por carga para todos os cafeicultores, porque não tem verba suficiente e que, além disso, se fizerem para os cafeicultores, outros produtores pediriam e os cofres públicos não têm recursos para tanto.

A Federação disse que as exportações de café se mantêm, porque a greve começou depois de ter terminado a colheita de janeiro e há grão suficiente para venda.

Por outro lado, o diretor de Segurança Cidadã da Polícia, general, Rodolfo Palomino, disse que há normalidade em todo o país e que “não há greve de caminhoneiros”, dizendo que esses não estão bloqueando as vias. Horas depois, um dos líderes dos caminhoneiros garantiu que cerca de 170.000 caminhões estão imobilizados desde sábado. O presidente da Associação de Transportadores de Carga, Orlando Ramírez, disse que pelo menos metade dos 346.000 caminhões que há no país decidiram parar.

A reportagem é do The Associated Press, traduzida e adaptada pelo CaféPoint.

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