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Casos de sucesso: produtores Fair Trade exportam café com valor agregado

POR NATÁLIA SAMPAIO FERNANDES

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 10/06/2011

4 MIN DE LEITURA

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Produtores de diferentes regiões produtoras de café em Minas Gerais estiveram presentes na 23ª Feira da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA, na sigla em inglês) realizada entre os dias 29 de abril e 1º de maio, em Houston (EUA), para estreitar o relacionamento com compradores e se aproximar do mercado Fair Trade.

Durante a feira, ficou claro o clima de satisfação dos produtores, em relação aos resultados que têm obtido e com o grande e crescente interesse por parte dos compradores pelos cafés produzidos.

O Sebrae/MG realizou uma missão para levar um grupo de produtores a SCAA, e alguns deles deram depoimentos do sucesso que têm obtido na atividade cafeeira com a certificação Fair Trade e o apoio do Sebrae.



Guido Reghin Filho
- Presidente da UNIPCAFEM (União de Pequenos Produtores de Cafés Especiais dos Martins)
- Produz café no Sítio Guido, Varginha - Sul de Minas
- Produção de café: 20 hectares
- Certificado Fair Trade desde 2008

Guido comenta que passou a conhecer o trabalho do Fair Trade através da Vanúsia Nogueira, diretora executiva da BSCA.

Porque certificar Fair Trade?
A busca pela certificação Fair Trade surgiu da necessidade de se organizar, de melhorar a produtividade e qualidade do café produzido, e para buscar vantagens na comercialização.

Início
A dificuldade inicial era mais em relação a informação do que a adequação. Por isso, Guido comenta que levaram 3 anos para conseguir a certificação FT.

Mudanças e resultados
As mudanças foram visíveis e hoje a propriedade é muito bem gerenciada, além de ter melhorado a comercialização e as ações sociais e ambientais dentro da propriedade. Outra vantagem foi a obtenção de valor agregado ao café vendido.

Atualmente Guido e outros 83 produtores do grupo certificado vendem café para EUA, Europa e Ásia. A produção exportada é de 20 mil sacas e a produtividade média é de 40 sc/ha.

Dificuldades
As principais dificuldades são em relação a variação do mercado. Guido comenta que o mercado é muito volúvel e incerto e que há dificuldade para o nivelamento de todos os produtores do grupo de acordo com a certificação, pois as propriedades e produção devem manter um certo padrão.

Guido Reghin Filho acredita que o Fair Trade dá oportunidade ao pequeno produtor em se organizar de forma que possa colocar seu produto no mercado com agregação de valor, além de contribuir para parte social e ambiental de sua comunidade com o valor do prêmio recebido pelo café.

Guido, que esteve na SCAA, comenta que a feira é muito importante para ter contato com os importadores, mas afirma que não costuma fechar negócios na feira, mas sim posteriormente.

André Luiz Reis
- Diretor presidente da Cooperativa dos Produtores de Café Especial de Boa Esperança
- Produz café na Fazenda Felícias, Boa Esperança/MG
- Produção de café: 12 hectares de café natural
- Certificado Fair Trade desde 2007

Porque certificar Fair Trade?
André buscou a certificação porque tinha dificuldade com a questão política e comercialização

Início
No início os produtores do grupo ficaram receosos em certificar pois acharam que os custos aumentariam e não conseguiriam encontrar mercado para os cafés certificados. "Neste momento entrou o Sebrae, levando os produtores à feira SCAA, para aproximá-los do mercado Fair Trade, mudando a visão e abrindo assim novas oportunidades", comenta André.

Mudanças e resultados
Muita coisa mudou, comenta ele. Mudaram os tratos culturais, adequação das normas, diminuiu o uso de defensivo químico, aumentou a produtividade e melhorou a qualidade e a renda.

Começaram então a trabalhar a divisão de microregiões, com agricultura de precisão para a cafeicutlura. "Cada região tem uma necessidade, tem uma particularidade e precisa de tratos culturais diferentes", comenta André.

Com esse trabalho, em poucos anos conseguiram eliminar problemas que possibilitaram aumento de produção de 37% em 3 anos, com melhoria de qualidade em torno de 40%, enviando assim mais café para o exterior.

"Tudo isso foi conseguido graças ao Fair Trade, que financia os testes, sementes, análise de solo, etc."

O grupo de produtores da região em que André está é de 100 produtores.

Segundo ele, Sebrae/MG ajudou os produtores a melhorarem a comercialização e criou oportunidades para eles.

Dificuldades
A maior dificuldade é crescer dentro dos critérios, respeitando as regras sem perder o foco.

André afirma que tem dados que coprovam que conseguiu-se agregação de valor ao café depois da certificação FT.

A média de produtividade do grupo é de 28 sc/ha e atualmente o grupo vende café para a Inglaterra, EUA, Canadá.

O produtor acredita que a feira (SCAA) tem o papel de consolidar o espaço que estão criando com o café FT, onde consegue fazer contatos para fechar negócios futuros e manter o relacionamento com compradores.

José Astrogildo
- Produtor de café em Patrocício/MG
- Produção de café: 15 hectares de café natural
- Ainda não possui a certificação Fair Trade, porém está em processo de obtenção.

José Astrogildo participa do Projeto Educampo, desenvolvido pelo Sebrae. Depois disso, segundo ele, muita coisa mudou na propriedade. O Educampo possibilitou a melhoria de custos e o planejamento da propriedade.

"Tem que ter tecnologia para conseguir redução de custo."


Porque certificar Fair Trade?
Através do Sebrae José Astrogildo conheceu o Fair Trade. "Não teve muita exigência, muita mudança na fazenda pois a fazenda já é certificada do Café do Cerrado.

A busca pela certificação foi para conseguir colocar melhor seu café no mercado e conseguir melhorias na propriedade.

Dificuldades
A maior dificuldade é ter acesso a novos mercados. "Qualidade eu já tenho."

Resultados
Mesmo ainda não possuindo certificado Fair Trade, durante a SCAA José Astrogildo fez contato com compradores dos EUA, da Rússia e outros países. De acordo com ele, muitos já tem interesse pelo seu café, mas ainda não fechou negócios pois não é certificado.

Natália Fernandes, enviada a Houston pelo Sebrae/MG.
Foto: Natália Sampaio Fernandes

NATÁLIA SAMPAIO FERNANDES

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LUIZ

MACHADO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 27/05/2014

Existe um limite de hectares para a certificação  FT

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