Por Thais Fernandes

A Café Utam, empresa de Ribeirão Preto (SP), tem investido no setor de web e, neste ano, colheu frutos da iniciativa. “Já vínhamos planejando nossa entrada na internet quando trabalhávamos com televendas. Nossos clientes atuam muito com varejo e atacado nos estados de Minas Gerais e São Paulo, mas agora conseguimos atender um público de todo país”, conta a diretora da Utam, Ana Carolina Soares de Carvalho.

A empresa revela que registrou crescimento médio de 142% no primeiro semestre de 2015 na comparação com o mesmo período do ano anterior. O bom desempenho da plataforma é reforçado em dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), que indica que o comércio eletrônico faturou só no primeiro semestre deste ano R$ 18 bilhões, com um crescimento de 16% na comparação com o mesmo período.

A expectativa da alta direção da empresa é que estes números aumentem ainda mais. Previsões do mercado também sinalizam uma curva ascendente para as vendas online.

Cápsulas
Outra responsável pelo aumento é a cápsula. Na mesma época da investida no setor on-line a Utam lançou sua linha dedicada a cápsulas. “Trabalhamos muito desde o lançamento. Com o tempo você vai aprendendo mais e conhecendo o seu cliente”, pontua Ana Carolina sobre a linha Utam Uno que é a mais procurada pelos que visitam o e-commerce. Somente neste ano, os produtos relacionados a este tipo de monodose foram responsáveis por aproximadamente 57,5% do total de vendas.

Esse dado é para a equipe diretiva um reflexo do aumento da procura do internauta por um café de qualidade, atrelado a conceitos como praticidade, conveniência e qualidade.

Produtores
O perfil dos fornecedores da Utam tem variedade em território e relacionamento. “Como indústria, nós temos sempre a intermediação dos corretores, que tem essa proximidade maior. Por outro lado, os sócios também são produtores, então temos esse café de outras origens para completar a demanda e alimentar uma produção diferenciada”, conta Ana Paula, que explica que na região da Alta Mogiana, por exemplo, a fazenda se dedica mais à produção para a linha de café gourmet.

Além dos grãos nacionais, a Café Utam aproveita o mercado de cápsulas para explorar outras origens. “Trazer cápsulas importadas com grãos selecionados em diversos países é uma questão bem interessante. O apreciador do café quer experimentar e conhecer novos sabores, então acho que essa é a importância de ter blends novos no mercado”. As cápsulas de origem internacional são produzidas em Portugal e trabalham com produção de países como a Colômbia e Angola.

Já entre os blends exclusivos do Brasil, a empresária destaca alguns exemplares que priorizam processos feitos no campo. “Temos cafés como o Reserva Especial, que tem toda uma diferenciação desde seu cultivo até a colheita, em Minas Gerais. Além, também do café do Cerrado Mineiro, um bourbon amarelo mais cítrico, com corpo mais intenso”.