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Café: previsão é de demanda alta e oferta justa em 09

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 13/01/2009

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Os indicadores econômicos positivos de oferta e consumo devem fazer de 2009 o melhor ano da história para os produtores de café. Países produtores da commodity como Brasil, Colômbia, Vietnã e Equador podem presenciar o maior crescimento em renda já registrado. Mesmo com o dólar mais valorizado, a expectativa de alguns produtores e consultorias é que as cotações fiquem acima de US$ 1,40 a libra-peso (0,45 quilos) na Bolsa de Nova York (Nybot) em algumas ocasiões. O valor previsto equivale aos mesmos patamares registrados em fevereiro de 2008, quando o excesso de especulação no mercado levou alguns contratos a US$ 1,69 a libra-peso.

Passado o primeiro choque provocado pela crise econômica mundial deflagrada nos Estados Unidos, a expectativa dos analistas é que a safra reduzida, o consumo crescente e os estoques mundiais ganhem espaço e valorizem as cotações da commodity no mercado internacional. Avaliações de algumas consultorias vão um pouco mais além e projetam para o café o maior potencial de valorização entre todas as commodities agrícolas. No entanto, alertam que uma nova crise de confiança causada pela quebra de outro banco ou mesmo o agravamento da recessão mundial podem anular essa tendência.

A simulação é baseada no recuo do petróleo, que diminuirá os gastos das famílias com combustíveis e aumentará o poder de compra, explica Sterling Smith, vice-presidente da FuturesOne, de Chicago. O gráfico mostra que os contratos futuros de café deverão subir 25%, para US$ 1,463 a libra-peso, na Nybot até o fim do ano, enquanto o preço do petróleo cairá 43%, para US$ 23,35 o barril. Os contratos de café fecharam na última sexta-feira em US$ 1,169 a libra-peso na Nybot e o petróleo foi negociado a US$ 40,83 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York.

O petróleo, cuja cotação quadruplicou em quatro anos, para o recorde de US$ 147,27 o barril, alcançado em 11 de julho do ano passado, foi um dos agravantes da crise financeira mundial. "Os consumidores aumentaram seus gastos com gasolina e deixaram de consumir alguns tipos de alimentos e outros produtos", disse Smith. O café caiu 18% no ano passado, quando o Índice Reuters/Jefferies CRB de 19 commodities registrou sua maior retração anual de mais de cinco décadas.

"A alta dos preços dos combustíveis gerou um efeito-dominó de destruição da demanda que se infiltrou por toda a economia", disse Smith. "A queda desses mesmos preços terá um resultado reparador muito mais rápido do que o resultado destrutivo de sua elevação. Sou da opinião de que, quanto maior esforço fizermos para manter baixos os preços dos combustíveis, mais cedo a recuperação ocorrerá", completa o vice-presidente da FuturesOne.

Sérgio Carvalhaes, do Escritório Carvalhaes, em Santos, observa que a previsão de alta é coerente, mas evita falar em números. "Em um mercado onde presenciamos essa forte volatilidade é complicado citar números", explica. Ele acrescenta que se os fundamentos forem realmente levados em consideração e não houver nenhum tipo de distorção causada pelo mercado financeiro é possível que os patamares de preços fiquem acima dos atuais. "Os estoques estão baixos e a relação estoque consumo está bem apertada". A Organização Internacional do Café (OIC) estima que o consumo mundial em 2008 foi de 128 milhões de sacas, para uma produção de 130 milhões de sacas no ano safra 2008/09.

Carvalhaes lembra que o investimento para ampliação de lavouras é muito alto e o retorno financeiro demora entre quatro e cinco anos para ser recuperado. "Só haverá uma corrida ao plantio se os preços atingirem um nível muito alto". A produção do Brasil, o maior produtor e exportador mundial do grão, deverá cair até 20%, em um momento em que a crise mundial do crédito dificultou a compra de fertilizantes por parte dos produtores. As informações são de Roberto Tenório, da Gazeta Mercantil.

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ANDRE MARCOLINI

SÃO PAULO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE CAFÉ

EM 13/01/2009

Sou cafeicultor em Coqueiral, no Sul de Minas, perto de Boa Esperança. Todos os produtores nesta região sofremos perdas de produção pavorosas em 2007 e 2008, em razão de secas descomunais que arrasaram nossas safras. Estamos apavorados com nosso endividamento, resultado perverso da equação: preços ruins + custos altos, geradora de grandes prejuízos por dois anos consecutivos de frutraçao de safra. Cereja deste bolo amargo foi o granizo que nos arrasou a safra de 2009. Terceira safra frustrada... E o governo faz cera... Proponho grandes manifestaçoes de protesto se o governo não nos socorrer. Não temos mais nada a perder.
FABIOLA WENDPAP CHUEIRE

TOMAZINA - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/01/2009

Minha lavoura de café está por um triz... se não subir o preço, se o governo não tratar o assunto como gente grande... vou erradicar e plantar eucalipto no lugar! Não posso mais sustentar o café!
GERALDO AUGUSTO FERREIRA

PEDREGULHO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 13/01/2009

É Preciso urgente o apoio do Governo Federal no que diz respeito à área do Ministério da Fazenda. Suspensão dos vencimentos por três a quatro anos, liberação de recursos (dinheiro novo) para a cafeicultura, um setor que trabalha, produz,"paga impostos", gera emprego e divisas. Sou cafeicultor tradicional e vejo que, quanto mais me dedico ao café, mais bonita a lavoura está e a minha situação financeira mais feia. Ao contrário, quem especula está ficando numa boa. Que país é esse?
JOÃO CARLOS REMEDIO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 13/01/2009

A cafeicultura necessita urgente de uma melhora nos preços do café. Por tudo que foi exposto, o mercado já é altista. Não vamos nem pensar na possibilidade de uma grande geada. Aí sim nos pegaria totalmente desprevenidos. Cafeicultor com produção baixa, endividados e estoque público de café o menor da história.

Quem sabe passaremos de segundo país mundial em consumo de café para o segundo em consumo de chá, apenas atrás da China. Se nosso governo não fizer o serviço de casa, e não está fazendo, é um risco que correremos.

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