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Brasil deve produzir menos café na próxima safra

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 26/10/2010

3 MIN DE LEITURA

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O Brasil vai produzir menos café na próxima safra, mas deve manter a receita em exportações.

Seca preocupa

Os pés de café na região Sudeste do Brasil, que representa cerca de 85 por cento da produção do país, precisam de níveis adequados de umidade do solo para a florada ocorrer regularmente em outubro, antes do desenvolvimento do grão para o ano seguinte. O clima seco entre agosto e setembro reduziu a umidade e impediu o florescimento, disse Gilson Ximenes, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC). A produção também cairá porque as árvores entrarão em seu ciclo de baixa dentro da bienalidade.

Alguns membros da Cooxupé, maior cooperativa de café do Brasil, relatam perdas de até 15 por cento em suas colheitas, porque as flores estão caindo das árvores, sem produzir o grão, conforme Joaquim Goulart de Andrade, gerente do grupo. "Estamos seriamente preocupados", disse Andrade, cuja cooperativa é membro do Conselho do Café.

Cenário atual de preços

Com os preços em alta, os analistas vêem um cenário de redução nos estoques do mercado mundial, já que a demanda continua.

O consumo de café aumenta a cada ano. Atualmente, é necessário produzir pelo menos 1,5 milhão de sacas a mais a cada safra para suprir o mercado. Muito bom no final das contas para quem produz, que naturalmente vende mais e por preços atrativos.

A saca do café arábica fino para exportação, por exemplo, está cotada na BM&FBovespa a quase R$ 400. No Brasil, entregue nas cooperativas, o produtor consegue em média R$ 338, segundo levantamento do Cepea.

Entretanto, o mercado não é feito só de cafés finos, como lembra o analista Eduardo Carvalhaes Junior.

"Para quem é produtor de ponta, é um bom preço. Não é um preço excepcional. Porém, se você fizer a média de venda dos cafés de uma fazenda, você vai ver que não chega a isso. É mais ou menos você analisar o mercado de carne pelo filé mignon", diz o analista.

A valorização do café fez o preço da libra peso, que corresponde a menos de meio quilo ultrapassar a casa dos US$ 2 esta semana na Bolsa de Nova York. Há treze anos, não chegava a tanto. Em 2003, 2004 a cotação era de R$ 0,35. Experiente no mercado e tradicional produtor, Luiz Hafers sabe no que dá este sobe e desce.

"Nós estamos vivendo o resultado de preços continuamente baixos nos últimos dez anos. Então, a produção na América Central é menor, no Vietnã é menor. Os grandes produtores não plantaram porque não compensava, e nós vamos ter um período intermediário de grande aperto", avalia Hafers.

No Brasil, a próxima safra deve ser entre 15% e 20% menor do que esta. Vai ser a chamada safra de ciclo negativo, a tal da bianualidade. "A grande modificação no cenário brasileiro e que vai refletir no cenário internacional é que agora não temos estoques. Nos últimos 10, 15 anos, nós vínhamos suprindo, quando nós tínhamos uma safra menor com estoques brasileiros privados e na mão do governo, que fazia leilões. Se quando eram situações conhecidas já era difícil, analisar agora é mais difícil ainda. Nós temos que ter sempre um pé atrás. O produtor de café tem que agir com prudência não segurar toda a sua produção, porque mais uma vez: a gente pode mostrar os fatos que estão acontecendo, mas saber qual é o resultado disso é muito difícil", explica Carvalhaes Junior.

Apesar da queda na produção, o Conselho de Exportações de Café do Brasil (Cecafé) estima que as vendas externas do grão brasileiro rendam até R$ 5 bilhões em receita na safra do ano que vem.

A reportagem é do Canal Rural, adaptada pela Equipe CaféPoint.

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