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Boletim Carvalhaes: Brasil enfrenta quebra forte da safra cafeeira de 2022

POR EQUIPE CAFÉPOINT

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 26/11/2021

5 MIN DE LEITURA

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Boletim semanal Escritório Carvalhaes - ano 88 - n° 47
Se quiser consultar boletins anteriores, clique aqui e confira o histórico no site*
Santos, sexta-feira, 26 de novembro de 2021

O mercado de café teve mais uma semana de forte alta. Os contratos de café na ICE Futures US continuaram subindo com rapidez, refletindo a quebra da safra brasileira de café arábica deste ano e do próximo ano. Todas as semanas chegam ao mercado mais informações, depoimentos e vídeos que não deixam dúvidas sobre a extensão dos estragos em nossos cafezais com a longa seca e as três frentes frias de julho último. Estamos chegando ao final de novembro, as chuvas chegaram ao sudeste brasileiro no início de outubro, em bons volumes, as floradas abriram, muito bonitas, mas agora já temos tempo suficiente para saber que boa parte da florada não vingou.

Não é possível ainda falar em números, mas cafeicultores e agrônomos não têm mais dúvidas de que a quebra da produção de arábica em 2022 será grande. A safra deste ano, de ciclo baixo, já foi colhida e a produção foi bem menor do que o estimado um ano atrás. Agora, com a certeza de que a safra brasileira de 2022, que seria de ciclo alto, também será significativamente menor, as cotações reagem forte, semana após semana.

Esse quadro é bem mais sério que em quebras anteriores pelo fato de, pela primeira vez, enfrentarmos uma quebra forte de nossa safra de café não tendo estoques governamentais para amainar a situação. O Brasil, maior produtor, maior exportador, e segundo maior consumidor de café do mundo, apresentará dois anos seguidos de quebra severa da produção de café, em um cenário de problemas climáticos globais. Isso se as condições climáticas normalizarem daqui para frente, evitando um terceiro ano de quebra, em 2023.

Em crises anteriores, quando tínhamos problemas em nossa produção, nossos concorrentes ganhavam com isso. Os preços subiam, e eles, com a produção intacta, forneciam, a preços mais altos, parte do café normalmente exportado por nós. O que eles não conseguiam substituir era coberto pela entrada no mercado de cafés dos estoques governamentais do Brasil.

Desta vez, com a crise climática global, nossos principais concorrentes também estão com problemas na produção de café. Para turvar mais ainda o cenário, temos o caos logístico internacional e baixos estoques nos países consumidores. Como dissemos em nosso último boletim, tudo converge para um cenário nunca vivido por todos os atores que participam atualmente da produção e do comércio internacional do café.

Esta semana, os contratos de café na ICE Futures US em Nova Iorque continuaram o movimento de alta. Oscilaram forte todos os dias. Ontem, Dia de Ação de Graças nos EUA, não houve pregão, e hoje, sexta-feira, os contratos de café trabalharam em baixa, em um dia de queda generalizada dos mercados internacionais, com a notícia do aparecimento, na África do Sul, de uma nova variante do Covid-19.

Os contratos para março próximo fecharam hoje em queda de 245 pontos. No balanço da semana subiram 955 pontos e encerraram a semana valendo US$ 2,4295 por libra peso. Na semana passada, esses contratos subiram 1.145 pontos e, na anterior, 1.555 pontos.

Os fundamentos do mercado permanecem sólidos e vão levando as cotações do café na ICE para patamares mais altos.

Hoje, o dólar fechou em alta de 0,52%, a R$ 5,5940. Sexta-feira passada fechou a R$ 5,6080. Em reais por saca, os contratos de café para março próximo na ICE, em NY, fecharam hoje valendo R$ 1.797,77. Na sexta-feira passada fecharam a R$ 1.731,42.

No mercado físico brasileiro, os compradores subiram o valor de suas ofertas ao longo da semana, mas, proporcionalmente, menos do que subiram as cotações em Nova Iorque. Como vem se repetindo semana após semana, saíram negócios, mas em volume pequeno frente às necessidades brasileiras para consumo interno e exportação. O mercado físico continuou quieto, com vendedores esporádicos. O cafeicultor brasileiro vende apenas o necessário para fazer “caixa” e cumprir os compromissos mais próximos. Os cafeicultores estão retraídos e se recusam a vender nas bases de preço oferecidas pelos compradores. Os preços oferecidos pelos compradores no físico brasileiro não acompanham as altas, bem maiores, na ICE, em Nova Iorque.

Os cafeicultores também estão assustados com a forte alta nos preços dos insumos. Fertilizantes e defensivos subiram mais que as cotações do café e o volume ofertado no mercado está abaixo das necessidades da cafeicultura brasileira. Além disso, subiram os combustíveis, a energia elétrica, peças e equipamentos. Com a inflação, os serviços para a colheita de 2022 ficarão mais caros.

Continuamos com a mesma opinião. Os fundamentos não mudaram, permanecem os mesmos e, a cada semana que passa, apontam para um déficit maior na oferta de café arábica verde. Continua pequena a oferta de lotes de café arábica destinados ao consumo interno brasileiro. O mercado físico brasileiro do conilon está firme, comprador.

Até dia 26, os embarques de novembro estavam em 1.548.967 sacas de café arábica, 129.095 sacas de café conilon, mais 202.337 sacas de café solúvel, totalizando 1.880.399 sacas embarcadas, contra 2.225.289 sacas no mesmo dia de outubro. Até o mesmo dia 19, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em novembro totalizavam 2.754.022 sacas, contra 2.715.272 sacas no mesmo dia do mês anterior.

A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 19, sexta-feira, até o fechamento de hoje, dia 26, subiu, nos contratos para entrega em março próximo, 955 pontos ou US$ 12,63 (R$ 70,67) por saca. Em reais, as cotações para entrega em março próximo na ICE fecharam, no dia 19, a R$ 1.731.42 por saca, e hoje, dia 26, a R$ 1.797,77. Hoje, sexta-feira, nos contratos para entrega em março, a bolsa de Nova Iorque fechou com baixa de 245 pontos. No mercado calmo de hoje, são as seguintes cotações nominais por saca, para os cafés verdes, do tipo 6 para melhor, safra 2021/2022, condição porta de armazém:

R$ 1520/1580,00 - CEREJA DESCASCADO – (CD), BEM PREPARADO.
R$ 1480/1530,00 - FINOS A EXTRAFINOS – MOGIANA E MINAS.
R$ 1460/1500,00 - BOA QUALIDADE – DUROS, BEM PREPARADOS.
R$ 1400/1440,00 - DUROS COM XÍCARAS MAIS FRACAS.
R$ 1290/1330,00 - RIADOS.
R$ 1250/1300,00 - RIO.
R$ 1150/1300,00 - P. BATIDA P/O CONSUMO INT.: DURA.
R$ 1100/1250,00 - P. BATIDA P/O CONSUMO INT.: RIADA.

DÓLAR COMERCIAL DE SEXTA-FEIRA: R$ 5,5940 PARA COMPRA.

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