ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Bioquímica permite novo beneficiamento que aumenta acidez e aroma do café

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 14/11/2013

2 MIN DE LEITURA

1
0
Neste mês, dois cafés com características sensoriais arrojadas, distintas das associadas aos grãos brasileiros, chegam ao mercado para tirar as línguas do marasmo. Elas têm em comum dois tipos de acidez: a láctica e a fosfórica - essa última, inédita na bebida nacional. A primeira deixa a boca macia, aveludada; a segunda, agradavelmente viscosa.

Desconsiderando os ingredientes estapafúrdios da comparação, é como se você deixasse um pedaço de manteiga dançar na boca enquanto toma um gole de Coca-Cola com um toque de limão.

Acidez pronunciada, até então, era coisa do caríssimo café queniano, considerado um dos melhores do mundo justamente por sua complexidade no paladar. Os grãos brasileiros, por outro lado, sempre foram famosos pela doçura elevada.

Foi graças a um recurso bioquímico que produtores nacionais conseguiram bebidas com perfil sensorial semelhante ao dos quenianos.

Após a colheita, os frutos ficam em tanques de fermentação nos quais se adiciona levedura -fungos que processam açúcares e ajudam a formar ácidos e compostos aromáticos. Um dos cafés vem da Fazenda Santa Margarida, em São Manuel (SP); o outro, da Chapadão de Ferro, em Patrocínio (MG).

"No Quênia, o ácido fosfórico ocorre naturalmente nas plantas. Mas agora podemos, com a incorporação da bioquímica aplicada, abrir uma porta para um novo modelo de café brasileiro", afirma o consultor Ensei Neto, que conduziu as experiências na Chapadão de Ferro.

Inovação

"Inovação em café se dá por ciclos. Nos anos 2000, ocorreu um processo em que os cafeicultores incorporaram a torra dos grãos. Agora, começaram a perceber que só isso não basta e passaram a olhar novamente para a lavoura, a entender que a maioria dos sabores maravilhosos do café é produzida quando a semente está viva -ou seja, antes de torrar", diz Neto.

Na Santa Margarida, os testes com fermentação prolongada começaram há seis anos, conduzidos empiricamente pelo proprietário, Mariano Martins. Foi só nesta safra que ele contou com a expertise de um microbiologista que, por contrato, não pode revelar em qual universidade europeia trabalha.

O resultado foram cafés complexos, obtidos a partir de dois parâmetros de fermentação: um de 48 horas e outro de 72. O primeiro, o "velvet touch" (toque aveludado), tem uma acidez interessante, mas moderada, em comparação com o outro. Deixa a boca untuosa, cremosa.

O segundo, o "acid lover", como o nome sugere, é para quem gosta de acidez pronunciada. Ambos chamam a atenção também pelos aromas florais -o desenvolvimento de compostos aromáticos é outro benefício desse tipo de beneficiamento.

O cafeicultor Ruvaldo Delarisse, da Chapadão de Ferro, foi o único que topou submeter parte de sua produção às experiências de Ensei Neto. "Testamos algumas leveduras até encontrar a certa", conta o consultor. Qual? Ele não revela.

Os grãos do microlote têm os dois tipos de acidez típicos do café queniano. Os de Delarisse começam a ser vendidos a partir da próxima segunda-feira. Os de Martins entram no site hoje.

O quilo de ambos custará R$ 160, quase duas vezes mais que grãos convencionais de boa qualidade, mas, ainda assim, bem mais em conta que o de café africano -que, com taxas de importação e transporte, chega a quase R$ 200.

Onde encontrar

Origem: Fazenda Santa Margarida, São Manuel (SP)
Produtor: Mariano Martins
Quanto: R$ 79,90 (lata com duas embalagens de 250 g, uma do Acid Lover e outra de Velvet Touch)
Onde comprar: www.martinscafe.com

Origem: Fazenda Chapadão de Ferro, Patrocínio (MG)
Produtor: Ruvaldo Delarisse
Quanto: R$ 40 o pacote de 250 g do TC-05
Onde comprar: www.cafenuance.com.br ou pelo e-mail renato@cafenuance.com.br

As informações são da Folha de São Paulo, adaptadas pelo CafePoint

1

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

RAFAEL MANTELLO

ALFENAS - MINAS GERAIS - ESTUDANTE

EM 14/11/2013

Isso é de mais!!!! Bom, a boa notícia é que se trata de levaduras e logo elas serão descobertas por outros!!! Mas, a utilização foi realmente incrível. Isso abre portas para formar novos sabores, porque terá a opção de controlar a acidez e os compostos aromáticos. Só espero que isso não diminua o valor desses top-cafés :) blá blá blá

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures