ESQUECI MINHA SENHA CONTINUAR COM O FACEBOOK SOU UM NOVO USUÁRIO
FAÇA SEU LOGIN E ACESSE CONTEÚDOS EXCLUSIVOS

Acesso a matérias, novidades por newsletter, interação com as notícias e muito mais.

ENTRAR SOU UM NOVO USUÁRIO
Buscar

Agrotóxico: resíduos podem prejudicar vendas ao Japão

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 27/04/2009

3 MIN DE LEITURA

5
0
A presença de resíduos de agroquímicos acima do índice permitido detectados em amostras de café recentemente importadas pelo Japão está criando uma situação preocupante para os exportadores, que veem risco de que as vendas de café para aquele país possam ser afetadas.

De acordo com o Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), caso as autoridades japonesas decidam adotar medidas restritivas ao café brasileiro, o impacto será significativo, principalmente para o segmento de cafés especiais, já que Brasil é o responsável atualmente pelo fornecimento de 30% do café importado pelo Japão.

Segundo o governo japonês, foi detectado na importação de lote de 280 sacas de café arábica um limite residual do agroquímico flutriafol da ordem de 0,09 ppm, enquanto o limite máximo permitido no país é de 0,01 ppm. No Brasil, a tolerância é de 0,05 ppm e, como se nota, o resíduo encontrado no café excede inclusive o limite máximo tolerado em nosso país.

O químico flutriafol é empregado no café para o controle de ferrugem, com aplicação foliar e no solo. Segundo o Cecafé, as inspeções sobre as importações de café brasileiro, que eram aleatórias, passam a ser de 100% para as importações feitas do exportador do lote contaminado e de 30% sobre todos os embarques a partir do Brasil, independentemente da firma exportadora. Isso, por um lado, impacta o custo das exportações e, por outro, cria riscos potenciais ao fluxo de vendas para o Japão.

Diante da situação, o Conselho encaminhou ofício ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), relatando o fato e sugerindo que a Secretaria-Executiva do Ministério realize a coordenação das providências necessárias ao equacionamento da questão, convocando a participação de todas as áreas envolvidas.

A BSCA (Brazil Specialty Coffee Association ou Associação Brasileira de Cafés Especiais) também demonstra preocupação com os eventos de recusa de cafés brasileiros no Japão. Segundo a secretária-executiva da entidade, Vanúsia Nogueira, as medidas de proibição de entrada, naquele país, de produtos que estivessem com níveis de agroquímicos acima do estabelecido, foram anunciadas com razoável antecedência pelas autoridades japonesas.

"Ao que tudo indica, as mesmas não têm sido seguidas por parte dos produtores brasileiros. Tivemos notícia de que as exportações de café da Indonésia para o Japão já foram suspensas. Se o mesmo ocorrer com os cafés brasileiros, esse fato poderá causar enormes prejuízos as nossas vendas, podendo levar a uma perda ainda maior de valor da saca de café brasileiro", alertou.

Vanúsia acrescenta que a BSCA considera de extrema importância sensibilizar os cafeicultores brasileiros para a utilização de práticas aceitáveis pelos diversos países compradores de nossos produtos. "Em tempos de crise e de grande preocupação com a sustentabilidade ambiental do planeta, é imprescindível não darmos motivos para eventuais interrupções de comércio", ressaltou.

As principais cooperativas de cafeicultores também acompanham atentamente o fato. Para o engenheiro agrônomo Roberto Felicori, gerente do Departamento de Assistência Técnica da Cocatrel (Cooperativa de Cafeicultores da Zona de Três Pontas), independentemente do fato de que a amostra detectada tenha sido produzida em São Paulo, todos os produtores devem seguir criteriosamente as recomendações do receituário agronômico.

Ele esclarece que a orientação técnica se estende até o momento da prescrição, mas que, a partir daí, a obediência ao receituário é de responsabilidade do produtor, incluindo todos os cuidados em relação ao uso do produto e respeito ao período de carência, justamente para evitar problemas como, o que foi verificado agora com o flutriafol.

Felicori acrescenta, ainda, que cabe aos órgãos oficiais a competência de registro dos agrotóxicos, através de severa exigência, passando por três ministérios: Saúde, Meio Ambiente e Agricultura. Finalizando, ele informou que, em nível estadual (Minas Gerais), a competência dos registros fica a cargo do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária).

Com informações da Assessoria de Comunicação Social da Cocatrel e Blog do Café.

5

DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESSE ARTIGO! SEGUIR COMENTÁRIOS

5000 caracteres restantes
ANEXAR IMAGEM
ANEXAR IMAGEM

Selecione a imagem

INSERIR VÍDEO
INSERIR VÍDEO

Copie o endereço (URL) do vídeo, direto da barra de endereços de seu navegador, e cole-a abaixo:

Todos os comentários são moderados pela equipe CaféPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

SEU COMENTÁRIO FOI ENVIADO COM SUCESSO!

Você pode fazer mais comentários se desejar. Eles serão publicados após a analise da nossa equipe.

ANIBAL VIANA REGO

ARAGUARI - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 28/05/2009

Acho que as circunstancias deveriam ser melhor explicitadas, ao invés de se ficar em insinuações ou suposições sobre o assunto.

A principio, os dados palpáveis que temos em mãos apontam para uma falta de padronização de LMR, que é de 0,05 ppm para UE e EUA, e de 0,01 ppm para o Japão.

E outra, esta questão inerente a "resíduos"no Japão, não é algo exclusivo ao Flutriafol, mas também a outros produtos bastante utilizados na cafeicultura.
GIOVANNI COSTA FERRI

MACHADO - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 29/04/2009

Acompanho há 7 anos a aplicação de flutriafol na cultura do café em empresas produtoras e exportadoras de café, e este fato ocorrido me surpreende, nunca houve ocorrência de resíduo.

Desde que qualquer produto registrado para cultura seja aplicado tecnicamente correto, é impossível acontecer tal fato. Para se conseguir tal registro, são necessários vários processos até a aprovação. Caso houver algum resultado duvidoso, o produto em questão não recebe o registro.

Att.
JOSÉ ADAUTO DE ALMEIDA

MARUMBI - PARANÁ - PROVA/ESPECIALISTA EM QUALIDADE DE CAFÉ

EM 29/04/2009

Este triste e lamentável fato mostra que algum(s) "espertinho(s)", que leva ao pé da letra a "Lei do Gerson", de levar sempre vantagem, acaba não respeitando o prazo de carência de defensivos prescritos pela Assistência Técnica em função de sua má gerência na atividade.

Esse tipo de procedimento acaba comprometendo o trabalho e a credibilidade de milhares de cafeicultores e técnicos brasileiros perante o "mundo consumidor", colocando em xeque a qualidade dos "cafés do Brasil".

Para evitar que se repita fatos como este, as empresas exportadoras e orgãos governamentais devem realizar análises de resíduos de agrotóxicos e ocratoxina antes do embarque.

"Qualidade é o produtor que faz".
RAFAEL ALTOE FALQUETO

VENDA NOVA DO IMIGRANTE - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/04/2009

Fico pensando: será desonestidade na prescrição do flutriafol, por parte dos técnicos? Ou será desrespeito por parte dos técnico + cafeicultor no respeito ao período de segurança?

Uma coisa é certa: mostra a fragilidade do receituário agronômico como instrumento de orientação. Vale ressaltar a importância do respeito ao consumidor e seguir o princípio básico: "não faça ao outro o que não quer que seja feito com você."

Reflitamos!
CESAR AUGUSTO DE MOURA

COLATINA - ESPÍRITO SANTO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 27/04/2009

O ocorrido mostra mais uma vez nossa responsabilidade como produtores de alimentos, no que toca o correto uso das tecnologias disponíveis, de forma a respeitar a segurança alimentar e também as normas comerciais existêntes.

Respeitar as dosagens indicadas, bem como o momento de aplicação e indiscutivelmente o período de carência são os primeiros passos para se evitar problemas como este.

É papel de toda a cadeia transmitir as orientações necessárias para que as tecnologias não se percam por mau uso, ou se coloquem em questionamento a seriedade dos atores da produção agricola brasileira.

Assine nossa newsletter

E fique por dentro de todas as novidades do CaféPoint diretamente no seu e-mail

Obrigado! agora só falta confirmar seu e-mail.
Você receberá uma mensagem no e-mail indicado, com as instruções a serem seguidas.

Você já está logado com o e-mail informado.
Caso deseje alterar as opções de recebimento das newsletter, acesse o seu painel de controle.

CaféPoint Logo MilkPoint Ventures