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Agricultura e conservação: incentivo ou punição? |
ANDRE MELONI NASSAR
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CARLOS GONÇALVESTUNTUM - MARANHÃO EM 28/01/2008
Vejo que se criou o objeto da reflexão. No Brasil, vê-se que os temas sustentabilidade - agroecológico, entre outros temas pertinentes, fomentam o juízo, isso é bom, pois é preciso iniciativas urgentes, com ou sem participação de governos, eles entram e saem, e nós, proprietários/produtores, continuamos vivendo as dificuldades e indiferenças políticas. Assim, só cabe a nós mesmos buscar encontrar o melhor para vencermos os entraves.
Culpar alguém, não traz solução. Pelo contrário, só nos revota mais ainda. Assim, o que basta é sabermos que problema enfrentar: se tamanho de propriedade (deve-se buscar a rotatividade de culturas), tipo de negócio na propriedade (escolher uma adequada para melhor desempenho), qual dela é mais ou menos retável (aí está a escolha do que produzir e proximidade com o mercado consumidor), mais produtiva (aquela que melhor se adequa às condições do local, recursos e características da propriedade), ou aquela que dar mais satisfação a quem produz e a quem consome. Agora, que a destruição tem levado a absurdos, isso tem. É questionável se o aumento de áreas para a pecuária, e mesmo para de plantio de soja, entre outras culturas extensivas, seja necessário. Não creio. Costumo dizer que as derrubadas de matas para pastagem de grama, é cultura de preguiçoso, pelo menos aqui no Maranhão. Pois, por aqui se derruba centenas e milhares de hectares de matas, para transformação em pastagens, quando sequer podem semear um décimo do que foi derrubado, e fazer a manutenção do pasto. Toda cultura é quase sempre extensiva e de sobrevivência, derruba-se, semea-se o capim, e depois abandona. |
PAULO LUIS HEINZMANNSALVADOR DAS MISSÕES - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS EM 22/11/2007
Concordo com o exposto pelo autor! Acredito que sem uma política de incentivos, os quais precisam ser claros, sérios e sem burocracias rotineiras, os produtores que possuem florestas nativas ou APP (Áreas de Preservação Permanente) sempre sairão prejudicados, pois não poderão aproveitá-las e ainda precisarão honrar com as despesas de ITR e demais impostos sobre as mesmas, o que acho um absurdo. Está melhor o produtor que não possui este tipo de área, pois só aumenta seu custo de produção. NO MÍNIMO os impostos sobre estas áreas deveriam ser suspensos, e o ideal seria que estes produtores recebessem auxílio efetivo do governo para manterem e preservarem estas áreas, o que acho muito difícil de acontecer no nosso Brasil. Lamentável!!!
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FRANCISCO DO AMARAL FONTESSANTA FÉ DO SUL - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 03/11/2007
O artigo foi muito bem exposto, e a colocação de todos os colegas que mandaram suas cartas também. Gostaria de expor ainda que se precisa criar meios de educação agropastoril para tentar fixar novas gerações ao campo, pois o que vemos hoje são os filhos e netos saindo das pequenas propriedades para estudar e não retornando as mesmas, ficando assim o futuro das pequenas propriedades comprometidas.
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CARLOS EDUARDO PINTO DOS SANTOSNATIVIDADE DA SERRA - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE EM 25/10/2007
Gostei muito do artigo, estou percebendo que tem mais pessoas de pé no chão pensando no meio ambiente, mas com sensibilidade pois sabem que neste meio a ser preservado existem pessoas, familias que precisam sobreviver e que ocupam estas áreas muito antes das leis ambientais. A ocupação está feita, naturalmente, iniciada com a colonização feita margeando os rios, desmatando, cultivando às suas margens, construindo suas moradias, onde formaram-se as grandes metrópoles as margens dos rios e nascentes(APPS).
A mídia hoje, só cobra dos proprietários rurais a recuperação destas áreas, isto é uma grande injustiça. Pois a riqueza gerada desde o inicio da colonização com a exploração dos recursos naturais ali disponíveis, não foi feita somente pelo produtor rural atual, que tem hoje uma propriedade com alto grau de degradação natural causada pelo grande período de uso. Questionar se a exploração dos recursos naturais foi incorreto não vem ao caso, o passivo ambiental pertence a toda população. Temos que resolver isto juntos, com a participação de toda sociedade e com comprometimento e sensibilidade para assumir nossa parcela da divida ambiental. Propostas realistas, atitudes coerentes são bem vindas. Utopias não vingarão. |
IEDER TADEU FALEIROS FERREIRAPRESIDENTE PRUDENTE - SÃO PAULO EM 22/10/2007
Quero agradecer a oportunidade de ter encontrado neste site, fontes de informações atuais, e novos conhecimentos práticos ligados ao setor do agronegócio em todo o seu ciclo .Sou estudante de agronomia e admiro muito o trabalho de vocês.
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ROSEMARY DE ARAUJO GOMESBRASÍLIA - DISTRITO FEDERAL - PESQUISA/ENSINO EM 22/10/2007
Extremamente pertinente a reflexão - sustentabilidade é palavra de ordem mundial! É preciso repensar as estratégias adotadas na gestão do agronegócio para que sejamos competitivos e compromissados com as questões ambientais.
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LAUDIR NILSON ZILSMARIPÁ - PARANÁ - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS EM 20/10/2007
Este assunto, tem sido discutido muito em nossa região, e gostaria de anunciar os argumentos dos agricultores (com os quais tive o privilégio de ouvir, coisa que as autoridades deveriam fazer antes de assinar certos contratos e acordos internacionais) sobre as porcentagens destinadas ao reflorestamento, conservação, etc.
Dentre as colocações dos agricultores, cito: "no começo fomos obrigados a derrubar a mata toda para conseguir financiamento para o plantio..." (referindo-se aos anos entre 1958-1978 mais ou menos) "o governo entregava os títulos para quem se comprometia a derrubar a mata destocar o solo e plantar...". Para termos uma idéia do ocorrido no inicio da colonização do sul, estes são relatos dos colonizadores, quem tiver dúvidas pode confirmar com qualquer um. Quero chegar a seguinte colocação: muito se fala, ensina, comenta sobre planejamento, mas onde está o do Brasil? Não vamos voltar no tempo, o que passou, passou, mas toda semana vemos reportagens sobre retirada ilegal de madeira da amazônia, cadê a punição? É cobrada do agricultor. O que revolta o empresário rural, é que grande parte das propriedades rurais são de no máximo 10ha dos quais deverão ser plantados 20% em mata (2ha) restando 8ha, de que forma vão sobreviver famílias em 8ha? Nos 20% não poderão pisar nem para juntar gravetos (devemos nos lembrar que ali estarão no minimo 5 pessoas pai, mãe, filho, avô e avó) e como nos últimos anos tem ocorrido secas, imaginem a produção de 100 sacas de soja/ha com 80 sacas de custo, restando liquido 160 sacas para sobreviver até a próxima safra. Aparentemente os 2ha não fazem diferença, mas é a área onde poderiam estar sendo criadas algumas vacas de leite o que sustentaria a família durante o mês sem muita preocupação. Analisando uma propriedade grande 100ha tirando 20% restam 80ha com a mesma proporção de 20 sacas de lucro liquido em caso de seca, o montande seria de 1600 sacas, aí teria condições de sobrevivência de uma família de 5 pessoas por um tempo maior. São continhas não feitas nos planejamentos discutidos, apontados pelas autoridades e não realizados que estão provocando a revolta do agricultor. Acredito que resta tempo para uma reformulação, ou alguma emenda (não custa nada mais uma provisória que perpetue) que alivie o peso para os pequenos produtores, fique claro que apoio a ideologia da mata ciliar em seus 30, 40 metros desde que estes possam ser explorados racionalmente pelos produtores. O erro foi cometido à muito tempo, agora deve ser planejado com cuidado a solução sem que para isso comprometa a sobrevivência do agricultor em suas posses, que segundo os produtores "não mandamos mais" por conta das leis. Agora pergunto, de que forma foi planejado tudo isso se estamos tentando evitar o êxodo rural? A cada dia o povo fica com mais perguntas e menos respostas. Mas governo, está tudo planejado não está? |
JOSÉ OTON PRATA DE CASTRODIVINO DAS LARANJEIRAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE OVINOS DE CORTE EM 18/10/2007
Excelente artigo. Parabéns.
Quarta-feira última (17/10/07) participei de reunião com os "xiitas" do meio ambiente para regularização do uso das "águas". Segundo um dos palestrantes até julho/08 todos os produtores rurais deverão estar com a situação regularizada. O mesmo palestrante disse que uma outorga está demorando meses e meses para ser concedida, alegando que o órgão competente não tem condições de atender. Durma com um barulho destes. Minha pequena propriedade ás margens da BR 381 Km 87, municipio de Divino das Laranjeiras está em acelerado processo de degradação e desertificação. Não por minha causa, mas pela falta de recursos financeiros para empreender obras simples com vistas à recuperação. Está toda legalizada: reserva florestal devidamente averbada no CRI, licenciamento ambiental concedido, impostos todos pagos, ADA, etc. etc, mas a "burrocracia", impede tudo. Chega, se não enfarto. José Oton Prata de Castro. 72 anos. |
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