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Abundância de café pode sufocar planos do Brasil de comprar grãos

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 07/03/2013

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O governo se reúne nesta tarde para discutir um apoio aos produtores de café no momento em que os preços de grãos despencam, mas com a oferta abundante o mercado pode não se recuperar mesmo que Brasília faça compras de grãos.

Analistas dizem que os amplos estoques privados e outra safra grande prevista no Brasil este ano deverão criar um excedente de café arábica.

Produtores, reclamando que os futuros da arábica caíram para níveis desvantajosos, têm feito lobby intenso nas últimas semanas para Brasília intervir.

No mês passado, o contrato de maio da arábica em Nova York atingiu 1,3760 dólar, seu nível mais baixo em mais de dois anos e para menos da metade dos níveis recordes vistos em 2011, quando os preços saltaram para 3 dólares por libra-peso com preocupações sobre oferta. Na quarta-feira, eles estavam em torno de 1,41 dólar por libra-peso, operando em alta.

"Os produtores estão desanimados", disse Carlos Melles, presidente da cooperativa Cooparaíso, em Minas Gerais, Estado que cultiva cerca de metade do café do Brasil. "Com estes níveis, os produtores (de Minas) vão acabar cortando árvores na maior área de café do Brasil."

O pesado investimento necessário para o plantio das árvores de café torna essa ação precipitada improvável. Enquanto isso, o governo escuta os produtores, prometendo ficar aberto a "todas as opções" quanto as suas demandas.

"A ideia não é voltar a 3 dólares por libra. Era um preço elevado e que não vai voltar... Agora estamos de volta a preços que não cobrem os custos de produção... Cerca de 2 dólares por libra é o preço que queremos", disse Silas Brasileiro, presidente da principal associação de produtores de café no Brasil, o Conselho Nacional do Café (CNC).

O CNC quer que o governo estenda empréstimos aos produtores para que eles possam ajustar o ritmo das vendas de grãos, ao invés de correr para vender, para restringir a oferta e firmar os preços. A entidade também quer que um bônus especial usado pela última vez em 2008/09 seja retomado, gratificando os produtores que vendem acima do preço de mercado e encorajando os produtores a coletivamente esperar por melhores taxas.

Brasileiro disse que o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, tinha assegurado a ele que estava comprometido em fornecer ajuda para os produtores. Altos funcionários dos ministérios da Agricultura, Fazenda e Planejamento vão participar da reunião.

Mas com os estoques privados inchados e uma grande colheita no Brasil prevista para junho, o governo será bastante pressionado a corrigir um mercado bem abastecido que mal sofreu com o surto de ferrugem que assolou as fazendas da América Central.

Os futuros de arábica caíram acentuadamente em 4 por cento na terça-feira, mesmo com os produtores colombianos mantendo a ação de greve, bloqueando estradas em protesto contra os preços baixos e rejeitando uma oferta do governo para aumentar os seus subsídios.

Os preços mal se mexeram na quarta-feira apesar de uma dura advertência do executivo da Organização Internacional do Café Ricardo Villanueva, que disse que o surto de ferrugem poderia reduzir a produção da América Central em cerca de um terço na temporada 2013/14.

Todos esses fatores são superados pela expectativa de uma safra brasileira de 47 milhões a 50,2 milhões de sacas de 60 quilos e pelos estoques privados no Brasil que saltaram para 11 milhões de sacas ou quase 50 por cento até 1 de janeiro, em comparação ao ano anterior.

"Eles realmente precisam fazer um grande anúncio, ou não anunciar nada", disse James Cordier, operador-chefe do Liberty Trading Group/Optionsellers.com, na Flórida, apostando que somente uma ação agressiva afetaria o mercado.

A mais recente intervenção agressiva do governo no mercado de café foi quando comprou 1,5 milhão de sacas de 60 quilos da safra de café de 2009. Os preciso estavam cerca de 10 centavos por libra abaixo do que estão atualmente. Os futuros caíram por semanas após o anúncio.
 
As informações são da Reuters e do CNC.

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CARLOS EDUARDO DE ANDRADE

VIÇOSA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 14/03/2013

Muito interessante o que se escreve a respeito da cadeia café. Fica difícil  acreditar nos analistas.



A poucos meses atrás a mídia comentava que haveria déficit de café. Na atualidade toda mídia  comenta é que está havendo excesso de café.



Em relação ao  arabica, parece que estamos diante de um mar de café. Nem na época do fim do IBC pelo então presidente Collor em março de 1989 e do fim da OIC, em  junho do mesmo ano, quando  havia mais de 60 milhões de sacas de café estocado no mundo  para   um consumo, também  em torno  de 60 milhões de sacas, se falou tanto em excesso de café, como se tem comentado na atualidade.



Para mim o mercado do café continua sendo manipulado de acordo com os interesses dos torrefadores e os fundos de pensão Americanos.




FELIPE DE MEDEIROS RIMKUS

GARÇA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 11/03/2013

Mesmo quando não conseguem vender à preços interessantes, qualquer outro setor coloca seu produto à venda. Nós cafeicultores, sempre temos a brilhante idéia de estocar. Vamos ressaltar que em 2009 o que fez melhorar o preço, não foi um plano de retenção, mas sim as condições de mercado que ali tomavam forma. Mais uma vez peço para colocarmos café no mercado, o governo, não pode , não quer e não vai intervir de maneira mais incisiva. Ao continuarmos com essa retrógrada idéia de estocar, estaremos provando ao mundo que não precisamos de crédito de investimento, o que acredito acontecer justamente o contrário. Vamos parar de choramingos e agir; o que precisamos são ações individuais que comecem a impactar o mercado.



Um exemplo simples seria os cafeicultores implementarem ao menos 30% de reformas anuais em seus cafezais; outra idia seria impactar as cadeia a nosso redor máquinas e insumos são exemplos, a utilização de mecanismos como safra zero também. Enfim temos que saber utilizar com estratégia as tecnologas e possibilidades a nosso favor; ações individualistas e a péssima mania de querer intervir e não agir no mercado sempre nos levam de volta à estocagem. O mercado mudou, o mundo mudou e somente os brasileiros querem estocar. Vamos parar com essa mania de estoque, particularmente nos ultimos quatro anos tenho colhido e vendido e não me arrependo em 1 centavo por isso. Só provocaremos mudanças significativas quando esse café entrar oficialmente no mercado, por enquanto, n´s assumimos as broncas e nossos concorrentes se ajeitam. Os outros se mexem e nós continuamos estáticos.
PEDRO DONIZETE DA COSTA

POÇOS DE CALDAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 10/03/2013

Parece que está chegando o fim da produção de café no Brasil, tal como está acontecendo com a laranja...



Precisamos descobrir novos nichos, novas atividades e parar de querer mudar o imutável: especulador não tem pena de produtor. Nas gôndolas o produto não baixou nenhum centavo. Atravessadores e industriais estão ganhando dinheiro a rodo. Então, se eles querem matar a galinha dos ovos de ouro, que são as lavouras, que matem. Vamos ver, depois de dizimadas as lavouras, como eles vão fazer prá ganhar tanto dinheiro.



Se todas as cidades que produzem café arrendarem suas terras para canaviais, por exemplo, o desajuste social será imenso, pois todas as lavouras empregam mão-de-obra em grande escala, o que não acontece com a cana. Apesar disso, o governo não se move. Os dirigentes da classe só são bons às vésperas de eleições, depois somem... Não sabemos quem cuida e como cuida do nosso dinheiro, o Funcafé, que deveria ser usado agora, nessa crise que atravessamos.

Mas, como disse, onde estão nossas lideranças?
WILLIAN TREVIZAN

ARAGUARI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 08/03/2013

Infelizmente quando se fala em estoques levam em consideração armazens cheios..mas com bags que ocupam 40% a mais de espaço que sacaria,portanto se ensacarem este café de bag sobraria muito espaço para estocar café...é serio o preço do café...especulam-se muitos e todos querendo tirar proveito do suor do coitado  cafeicultor,principalmente órgãos sem o mínimo de credibilidade com projeções absurdas de 55 milhões de sacas..aqui na nossa região ninguém passa em lavoura e faz cálculo do que produziu e do que vai produzir,pois se fizessem isso a estimativa de safra iria cair pelo menos em 25%...fica aí a deixa e vamos torçer para o governo pelo menos admitir um preço mínimo de 350.00 (café mecanizado)e 420.00 (café de montanha),pois tudo tem seu custo...caso não aconteça nada preparem-se para o fim do café....fiquem com DEUS.
JOÃO CARLOS REMÉDIO

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAFÉ

EM 07/03/2013

É impressionante como demorou para nossos representantes perceberem que existe um excesso de café arábica. Bom, agora que perceberam que tal tomar medidas com racionalidade e inteligência para diminuir esse excesso. Não adianta o Brasil ser o maior produtor de café arábica do mundo se os preços não estão remunerando. Produto não remunerador é igual a produtor endividado; é a nossa realidade. A perspectiva do arábica não é nada boa. Os estoques são bons, safra de ciclo baixo prometendo ser recorde e para o ano que vem se tudo correr bem, vai faltar tulhas e armazéns para guardar cafés.



Em um relatório da reunião de Londres foi dito que o mundo tomou 2,5 milhões de sacas a mais de café, sendo 2,0 milhões às custas do robusta, ou seja, 80%. Esse aumento do consumo se deveu aos emergentes que tomam os cafés mais baratos. Traduzindo, o futuro do arábica não é nada bom.



Espero que algum representante do setor possa levar o assunto de erradicação de lavouras pelo menos para ser discutido. É uma medida dolorosa, porém, necessária.

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