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Abras pede que supermercados repensem repasses de preço

GIRO DE NOTÍCIAS

EM 12/04/2011

3 MIN DE LEITURA

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Diante da expectativa de que o teto inflacionário previsto para 2011, de 6,5%, seja rompido ainda no primeiro semestre, o presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Sussumu Honda, convocou todos os integrantes do setor supermercadista a adotar uma postura mais prudente no repasse das altas dos preços. O pedido foi feito na abertura da 30ª Feira e Convenção Paranaense de Supermercados (Mercosuper), realizada nesta segunda-feira (11), no Expotrade, em Pinhais.

"Se a cada aumento dos fornecedores, os supermercados repassarem integralmente para os consumidores finais, a situação tende a fugir do controle. É o momento de todos os envolvidos na cadeia de abastecimento fazerem sua parte visando à sustentabilidade desse forte mercado consumidor que levamos 15 anos para construir", alerta Honda. Segundo ele, alguns setores já começam a realizar indexação dos preços graças às constantes altas. "Não podemos fomentar novamente um ciclo vicioso de formação de preços a fim de recuperar margens. Melhor perder um pouco agora para garantir lá na frente", recomenda.

A Abras também reforça sua posição diante das distorções geradas a partir da isenção do PIS e Confins aos frigoríficos, em 2009. "As sucessivas altas nas carnes acabaram absorvendo a isenção tributária. Pretendemos realizar uma audiência com o Ministério da Fazenda para que se corrija essa distorção", afirma Honda. Além da isenção não surtir efeito na redução do preço, a medida do governo acabou propiciando um novo patamar de valor para as carnes. "Os frigoríficos ganharam a isenção, mas para o consumidor a medida representou um diferimento de PIS e Cofins, visto que o varejo repassou, pois os supermercados, que são responsáveis por 50% da distribuição de carne bovina no País, não ganharam créditos de PIS e Cofins referentes à isenção. Com isso, 6% do preço da carne bovina e 8% do preço de frangos e suínos entraram de forma definitiva na conta do consumidor", contesta.

A volatilidade nos preços das commodities agrícolas também está chamando a atenção da indústria e do varejo. Ambos convergem para a necessidade de uma regulamentação da Bolsa de Futuros como meio de minimizar a especulação financeira. Para o vice-presidente da Nestlé Brasil, Westermann Geraldes, a supervalorização da matéria-prima em todo o mundo se constitui no principal desafio de todos os fabricantes de alimentos. "Grande parte das commodities está nas mãos de financistas. Há um fator especulativo muito alto nessas altas, principalmente, com a tensão em torno da valorização do petróleo", aponta.

Por enquanto, a saída encontrada pela empresa, está na realização de contratos mais longos. "Mesmo uma empresa do porte da Nestlé está enfrentando algumas dificuldades na realização desses contratos. No cacau, por exemplo, o último contrato venceu em setembro e não renovamos ainda devido à situação na Costa do Marfim, que está pressionando os valores", revela. "Mesmo com o risco de perdas, é melhor trabalhar com um patamar de preço definido na matéria-prima do que ficar refém das oscilações de mercado", comenta.

Ainda sobre a alta nos custos da produção, Geraldes afirma que a Nestlé vive uma situação privilegiada em relação à escassez de mão de obra. "Praticamente 95% dos nossos quadros foram formados pela empresa. Gente que entrou como estagiário ou promotor de venda e evoluiu com a empresa. Como sempre esteve no DNA da Nestlé capacitar seu profissionais para evoluírem junto a organização, não estamos sentindo o impacto do chamado apagão de mão de obra e acreditamos que esse seja o caminho para o varejo e indústria".

Quanto à formação de mão de obra para a rede supermercadista, o presidente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Pedro Joanir Zonta, destaca a iniciativa da entidade de ter lançado, em 2010, a Academia Empresarial. "Sem dúvida, a academia vem agregar muito valor a trajetória de 40 anos de nossa entidade, que celebramos neste ano. Tenho plena convicção de que todas as ações, que marcaram essas quatro décadas, tiveram papel importante na evolução do varejo", avalia Zonta.

As informações são do portal Paraná Online, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.

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LUIZ RODOLFO RICCELLI GALANTE

SÃO PAULO - SÃO PAULO

EM 12/04/2011

Já trabalhei em grande rede multinacional de hipermercados no tempo de inflação galopante, na fase das famosas ´maquininhas´ de remarcação de preço e depois, com o advento do código de barras. Sinceramente, não imagino uma mudança no paradigma da maximização de lucros. E na indústria é a mesma coisa. Imaginem quanto é o salário de um vice-presidente de multinacional...
A matéria-prima está cara porque a demanda aumentou e o produtor cansou de tomar calote de frigorífico.
O tal custo-Brasil, campeão de arrecadação tributária sem retorno social é que é o verdadeiro vilão de nosso setor.
Parabéns pela iniciativa da ABRAS, mas não acedito em parceria, em segurar repasses ou qualquer outro gesto que não seja maximizar lucro. E sem redistribuição de renda.

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