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Na cafeicultura de montanha, tempo de plantar catuaí já passou

POR JOSÉ BRAZ MATIELLO

FOLHA PROCAFÉ

EM 26/11/2020

3 MIN DE LEITURA

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Está cada vez mais difícil justificar a indicação de novos plantios com a cultivar de café catuaí, especialmente nas condições da cafeicultura de montanha. As dificuldades de controle químico da ferrugem nessa variedade susceptível, e o bom desempenho de cultivares resistentes/tolerantes à doença, têm levado à substituição gradual da catuaí, com aumento significativo na utilização de novas variedades nas lavouras.

A cultivar de cafeeiros catuaí apresenta boas características, vegetativas e produtivas. As plantas tem porte baixo, o que facilita o manejo dos tratos e a colheita, têm bom vigor e alta produtividade, por isso, a partir da década de 1970, ocupou a quase totalidade das áreas na cafeicultura de montanha.

A introdução mais acelerada de cultivares de cafeeiros resistentes à ferrugem, que vem ocorrendo nos últimos anos, é baseada nas conclusões dos trabalhos de pesquisa e de uma melhor difusão dos novos materiais genéticos desenvolvidos, que associam resistência com boa produtividade, além de outras características adequadas, de vigor, maturação mais uniforme e diferenciada dos frutos e boa qualidade de bebida.

Os novos materiais genéticos de café foram plantados inicialmente em menor escala pelos produtores e, ao mostrarem bons resultados, caíram no gosto deles. Tanto assim que os viveiristas, que formam mudas em regiões de cafeicultura de montanha, como no estado do Espírito Santo e nas regiões da Zona da Mata de Minas e Noroeste do RJ, caso não disponham de mudas dessas novas cultivares, ficam sem vender. As cultivares ali agora mais plantadas são as de catucaí 785-15, catucaí amarelos 24/137 e 2SL, japy e, ultimamente, entrou fortemente também a cultivar arara. Um levantamento feito em fornecedores certificados de sementes e em viveiristas comerciais mostra que a cultivar catuaí representa menos de 20% das sementes/mudas comercializadas na região.

Os problemas no controle químico da ferrugem estão ligados à perda de eficiência do uso exclusivo de fungicida via solo, sistema bem adequado às lavouras de montanha, pois é de fácil aplicação, uma só vez ao ano. Agora, o controle da doença precisa ser complementado por 2-3 pulverizações, de execução difícil em áreas declivosas, pois são efetuadas quase que exclusivamente de forma manual. Assim, as lavouras susceptíveis tem se mostrado muito desfolhadas no pós-colheita, destoando daquelas resistentes, que se mostram bem enfolhadas.

Nos exemplos de resultados mostrados nas tabelas 1 e 2 pode-se observar a falta de eficiência do controle exclusivo da ferrugem com produtos via solo. Ressalta-se que esse tratamento deve permanecer pelo seu efeito tônico, não como ferramenta de controle da ferrugem. Na tabela 3 pode ser verificada a resposta produtiva em dez safras em cafeeiros de variedades resistentes em relação ao padrão catuaí. Observa-se um diferencial produtivo de cerca de 10 scs/ha/ano, favorável ao material resistente.

Tabela 1 – Infecção pela ferrugem do cafeeiro, em tratamentos com produtos de solo e sua combinação com aplicações foliares - Mal. Floriano (ES), 2018

Tabela 2 – Infecção pela ferrugem do cafeeiro, em tratamentos com produtos de solo e sua combinação com aplicações foliares - Varginha (MG), 2018

Tabela 3 - Produtividade em dez safras (2005-2014) em materiais genéticos de cafeeiros resistentes à ferrugem de diferentes épocas de maturação - Sta Maria do Marechal (ES), 2014


Pode-se observar, na foto da esquerda, o contraste do enfolhamento entre uma planta de catucaí amarelo 2SL, na frente, que foi replantada no meio de uma lavoura de catuaí vermelho, atrás. Na foto da direita, pode-se ver a severa desfolha, ainda antes da colheita, em cafeeiro catuaí vermelho, por efeito da ferrugem mal controlada - Mal Floriano (ES)


Na mesma região, o bom comportamento vegetativo e produtivo das novas cultivares resistentes/tolerantes: arara (esq.) e catucaí 785-15 – Mal. Floriano (ES)

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