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Semana baseada em clima, fundos e preços do café

ESPAÇO ABERTO

EM 23/11/2020

4 MIN DE LEITURA

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Por Marcelo Fraga Moreira*

A semana passada começou tensa com o furacão IOTA aproximando-se da Nicarágua e Honduras e mercado preocupado com a devastação que poderia afetar esses dois países. O furacão atingiu categoria 5, fez “touch down” (chegou no continente), e causou enchentes, deslizamentos e estragos em diversas regiões. No mesmo período as chuvas no Vietnã continuaram, porém mais brandas. No momento o mercado está correndo atrás para estimar a quebra nessas regiões, impacto na oferta global (uma vez que esses países da América Central representam aproximadamente 8% da produção mundial de café “arábica”, e o Vietnam aproximadamente 18% da produção mundial de café canéfora (robusta).

Com os furacões no cenário acima e as condições climáticas no Brasil ainda preocupantes (com chuvas irregulares em diversas zonas produtoras), os fundos voltaram as compras (agora estão comprados em 15.500 lotes). Logo na segunda-feira (16/11) o mercado subiu 680 pontos no setembro/2021, saindo de 117,30 centavos de dólar por libra-peso para 124.10 centavos de dólar por libra-peso (com volumes acima de 75.000 lotes sendo negociados por dia entre segunda e quarta-feira.

A resistência dos 118,50 centavos de dólar por libra peso foi rompida com força, chegando a atingir a máxima na semana de 129,10 centavos de dólar por libra-peso na quinta-feira (19/11). Finalmente, o mercado “cansou”, e da mesma forma que subiu 1180 pontos no período, na sexta-feira (20/11) o mercado devolveu 740 pontos, com setembro/2021 fechando a 123,00 centavos de dólar por libra-peso (após atingir a mínima nos 121,70 centavos de dólar por libra-peso).

O mercado não teve forças para romper e fechar acima da forte resistência dos 50 dias, que chegou nos 129,00 centavos de dólar por libra peso, e na última sessão da semana vimos o mercado voltar a “derreter”.

Agora temos que seguir observando respectivamente a primeira resistência nos 126,10; o primeiro suporte nos 120,80 e segundo suporte nos 116,70 centavos de dólar por libra.

Para quem seguiu nossas sugestões e conseguiu realizar a compra do “Put Spread” 120 x 105, quando mercado negociou na quinta-feira atingindo os “Highs” da semana ainda foi possível ajustar o nível do “Put Spread” para 125 x 110 vendendo “CALL” de 140/142,50 centavos de dólar por libra peso.

Neste caso, considerando a venda do cambio futuro (ao redor de 5,45 r$/US$) travando a operação em R$, e desde que o setembro/2021 termine o contrato entre 110-125 centavos de dólar por libra-peso ou acima de 140 centavos de dólar por libra peso, e considerando o produtor vendendo sua produção com -30 pontos de desconto contra o contrato setembro/2021, teria sido possível garantir um preço mínimo/máximo entre 680 a 790 R$/saca para próxima safra 2021/2022. Nada mal não?

Como falamos, ainda teremos que seguir monitorando e acompanhando muitas variáveis nos próximos meses, principalmente o desenvolvimento da safra brasileira, se vamos ter a recuperação das lavouras, se os grãos vão “encher”, como virá a qualidade, qual o real tamanho da quebra (5-10-15%?), se vamos ter novas restrições de lockdown com restrição da abertura do comércio e durante o próximo inverno no hemisfério norte, qual será a taxa de câmbio do R$/US$, e principalmente qual o apetite dos fundos para seguir “empurrando”, comprando e procurando levar os preços acima os 130/135 centavos de dólar por libra-peso no setembro/2021. Nessa semana já vimos setembro/2022 ser negociado a 133,90 centavos de dólar por libra-peso.

Por essas e outras, sugerimos que fiquem atentos as oportunidades, comprando “Put Spreads” (seguros contra baixas), vendendo “Calls”, ou até mesmo “Call-Spreads” para o produtor participar em eventual alta do mercado e ter um “stop” na posição caso o mercado venha a “rasgar” ano que vem.

A princípio nossa grande preocupação segue sendo o risco de uma eventual geada no Brasil no próximo inverno, entre 15 junho a 30 agosto 2021. E procurar auxiliar os produtores a realizar seus “hedges”, suas proteções garantindo um preço mínimo entre 600-650 R$/Saca! Conversem com seus clientes, as tradings, procurem entender e aprender a operar as “estruturas básicas” de hedge SEM ALAVANCAGEM. Já diria a expressão: mais vale um pássaro na mão vale do que dois voando! Se tivermos geadas fortes ano que vem no Brasil, aumento na demanda mundial com a recuperação da economia, quebra em outros países, poderemos ver o mercado voltar a negociar acima dos 200 centavos de dólar por libra-peso quebrando muita gente que não estiver com as proteções contra “alta” em posição.

Novamente, cuidado com as operações “estruturadas”, alavancadas, as que “aparecem/desaparecem”, tanto para produto contra cambio! Negociem os “spreads” com seus provedores/corretoras! Nessas estruturas mais longas tem muito dinheiro na mesa! Mas claro que esses “spreads” ficam nas mãos das tradings/provedores repassando “migalhas” aos produtores!

Boa semana a todos!

*Marcelo Fraga Moreira atua há mais de 30 anos no mercado de commodities agrícolas. Escreve este relatório sobre café semanalmente como colaborador da Archer Consulting.

____

** “Call” = opção de Compra

** “Put” = opção de Venda

** “Compra Call-Spread” = compra e venda simultânea de 2 Opções de Compra comprando a Opção com preço de exercício mais baixo vendendo a Opção com preço de exercício mais alto);

** “Venda Call-Spread” = venda e compra simultânea 2 Opções de Compra vendendo a Opção com preço de exercício mais alto e comprando a Opção com preço de exercício mais baixo);

** “Compra Put-Spread” = compra e venda simultânea 2 Opções de Venda comprando a Opção com preço de exercício mais alto e vendendo a Opção com preço de exercício mais baixo);

** “Venda Put-Spread” = venda e compra simultânea 2 Opções de Venda vendendo a Opção com preço de exercício mais alto e comprando a Opção com preço de exercício mais baixo);

As informações são da Archer Consulting – Assessoria em Mercados de Futuros, Opções e Derivativos Ltda.

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