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O alvorecer das cápsulas brasileiras

POR LUIZ GONZAGA DE CASTRO JUNIOR

E EDUARDO CESAR SILVA

ESPAÇO ABERTO

EM 10/05/2013

2 MIN DE LEITURA

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Em agosto de 2012 o Bureau de Inteligência do Café lançou um relatório sobre a indústria de café em cápsulas e as perspectivas da nova tendência para o Brasil. O objetivo foi oferecer informações relevantes para o setor de torrefação e defender o desenvolvimento de uma indústria nacional de máquinas e cápsulas. Os argumentos utilizados foram o rápido crescimento do setor, a adesão por parte dos maiores torrefadores internacionais, aceitação dos consumidores e a enorme agregação de valor do produto.

Como coautores do relatório, nossa preocupação era que o Brasil perdesse uma grande oportunidade. Felizmente, alguns empresários da iniciativa privada, atentos às mudanças do mercado, deram início a uma pequena revolução tecnológica na indústria nacional de café. São empreendedores que estão criando uma indústria brasileira de cápsulas.

Ainda em 2012 a Lucca Cafés Especiais, de Santa Catarina, lançou cápsulas compatíveis com o sistema Nespresso. As cápsulas vazias eram importadas da França e preenchidas com café de forma manual. Mas isso está prestes a mudar, a empresa já investiu na produção automatizada do produto. Com preços inferiores aos da concorrente suíça, a Lucca Cafés oferece novas opções para os donos de máquinas Nespresso. Embora a questão das patentes possa ser um eventual problema, na Europa os tribunais têm decidido a favor dos fabricantes de cápsulas alternativas.

Outra aposta é a do empresário Vinícius Ferrero, CEO da CaféFácil. Ele está construindo uma fábrica de cápsulas no município de Altinópolis, interior de São Paulo, na divisa com Minas Gerais, e pretende produzir cápsulas compatíveis com a tecnologia italiana “Lavazza Blue”, cujas patentes expiraram. Além disso, ele pretende comercializar as máquinas que preparam a bebida. Vinícius acredita que a união dos diversos elos da cadeia produtiva do café pode tornar o Brasil competitivo nesse segmento. A fábrica deve ser inaugurada ainda em 2013 e produzirá cápsulas sob encomenda para outras empresas interessadas. Ainda segundo o empresário, devido ao fim da patente e a simplicidade da tecnologia, o uso do modelo Lavazza BLUE está crescendo em diversos países.

Outra empresa nacional que decidiu investir nas cápsulas é a tradicional torrefadora Utam, com sede em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Em parceria com uma empresa portuguesa, lançou a linha Utam Uno, de cápsulas compatíveis com Nespresso. Nos planos da organização também está o lançamento de uma linha de máquinas.

Os três casos citados marcam o início de uma nova fase para a indústria brasileira de café. A tendência do “single cup coffee” é forte no mundo todo e irreversível. As empresas nacionais precisam se posicionar para participar deste novo mercado. Os lucros obtidos com a venda de cápsulas podem financiar o crescimento dos torrefadores nacionais e até estimular a exportação.

O principal mercado para o café torrado e moído nacional são os EUA, país onde o consumo de cápsulas cresce vertiginosamente. Lá a empresa líder é a Green Mountain Coffee Roasters, que possui dois sistemas próprios, Keurig e Vue. A Green Mountain trabalha com a opção de licenciar sua tecnologia para os torrefadores interessados em vender cápsulas compatíveis com suas máquinas. As empresas brasileiras, com apoio do governo, poderiam se unir para produzir cápsulas destinadas ao mercado norte americano. Devido ao grande valor agregado, a exportação do produto será muito positiva para a balança comercial do café industrializado nacional.

Mudanças no mercado exigem inovação e empreendedorismo. O mercado de café industrializado está em transformação e o Brasil deve explorar as novas oportunidades. Dessa forma, é desejável que a indústria brasileira coloque as cápsulas como uma de suas prioridades, com programas que possam estimular o desenvolvimento desse segmento.

Os autores agradecem a colaboração do sr. Vinícius Ferrero.
 

LUIZ GONZAGA DE CASTRO JUNIOR

Doutor em Economia Aplicada pela ESALQ/USP e professor associado da Universidade Federal de Lavras. Coordenador do Centro de Inteligência em Mercados (CIM).

EDUARDO CESAR SILVA

Coordenador do Bureau de Inteligência Competitiva do Café.

Doutorando em administração pela Universidade Federal de Lavras e mestre em administração pela mesma instituição.

É tecnólogo em cafeicultura pelo IF Sul de Minas - Campus Muzambinho.

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EDUARDO CESAR SILVA

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 14/05/2013

Prezado Marco Antônio,



Os sachês da Fazenda Caeté são realmente inovadores e merecem atenção.



Entraremos em contato com o sr.



Abraços.
EDUARDO CESAR SILVA

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 14/05/2013

Prezado Arlindo Duarte,



As cápsulas possuem suas vantagens, como praticidade e qualidade consistente. Para a indústria, são produtos de alto valor agregado que podem gerar bons lucros.



O Brasil não pode ficar de fora dessa tendência.



Abraços.
EDUARDO CESAR SILVA

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 14/05/2013

Olá José Eleutério,



Informações muito interessantes. O segmento horeca realmente é muito promissor, sendo um nicho valioso para a indústria do café. A Nestlé, como sempre, mostra que está bem posicionada e atenta as oportunidades.



Grato pela colaboração.



Abraços.
MARCO ANTONIO COSTA

CAMPO BELO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 13/05/2013

Boa tarde, Luiz e Eduardo

Venho mais uma vez entrar em contato com a Inteligencia do Café para falar do produto nacional, feito por empreendedores nacionais, que segue esta tendencia. Este produto é o Café Individual do Café Fazenda Caete que vem ganhando espaço no Brasil.



Seria importante o estudo de vcs como apoio a esta iniciativa brasileira.



Atenciosamente

Marco Antonio
ARLINDO DUARTE

VIAMÃO - RIO GRANDE DO SUL

EM 13/05/2013

Que maravilha, agora os empresários estão abrindo os olhos no Brasil, se produz os melhores café, e o povo brasileiro, fica longe das tecnologia do café, tem muita gente que não conhece como se faz café a não pelo coador, a capsula não tem sujeira da um aroma bom perfuma o ambiente .



boa ideia vamos p/ frente
JOSÉ ELEUTÉRIO ALVES NETO

SINOP - MATO GROSSO - INDÚSTRIA DE CAFÉ

EM 10/05/2013

Boa Tarde

Eduardo.

Só a nível de enriquecer o assunto.

A Nespresso possui um sache diferente para os clientes do segmento horeca ( hoteis restaurantes e cafeterias ).

Parecido com o sistema Easy de sache.

Quem esteve no Espaço Café, e observou atentamente as maquinas de demostrações maiores deles, percebeu que eles também estão de olho em outros setores consumidores de café que não o domestico.

Abraços

Zezinho

Café Solo

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