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'Alerta geada': um serviço aos nossos agricultores

ESPAÇO ABERTO

EM 30/09/2013

2 MIN DE LEITURA

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Após a estruturação do Simepar na década de 1990, resultante de um projeto conjunto Copel-Iapar-UFPR, foram criadas condições para utilizar a previsão meteorológica a serviço da agricultura. Em 1994, tive uma enorme frustração após a geada severa, que ocorreu no mês de junho, ao ver os cafeicultores perder suas plantações sem acesso a previsões confiáveis e disponibilizadas com a devida antecedência. Assim, em 1995, decidimos iniciar o programa "Alerta geada", coordenado pelo Iapar e o Simepar e direcionado para a cultura do café.

O alerta é composto de quatro pilares: 1) previsões diárias de geadas de maio a setembro; 2) métodos de proteção confiáveis para as diferentes fases das lavouras cafeeiras; 3) treinamento de extensionistas e agricultores para aplicar as medidas de proteção; 4) rápida difusão das previsões, para que os agricultores tenham pelo menos um dia para proteger suas plantações.

Nossas pesquisas mostraram que a dobra e enterrio dos cafeeiros com até seis meses, quando a haste ainda é flexível, protege totalmente das geadas. Quando não se pode dobrar as hastes, para os cafeeiros com até dois anos com os caules ainda expostos ao ar frio, recomenda-se amontoar terra até o primeiro par de ramos laterais (plagiotrópicos) a partir de maio, retirando-a somente no final de agosto, sem nenhum prejuízo aos cafeeiros e protegendo-os das geadas. Assim, o agricultor não precisa adquirir materiais ou equipamentos para proteger seus cafezais, necessitando somente da mão de obra para cobertura e retirada da terra.

Nos primeiros anos do alerta utilizamos todas as facilidades de comunicação disponíveis, como telefonemas, fax, e-mails e um número telefônico dedicado, cedido pela Sercomtel para que os agricultores possam acessar as previsões atualizadas diariamente. Com a evolução tecnológica, além de poder contar com a internet, atualmente é possível receber os alertas por SMS, eliminando o risco de deixar de proteger a lavoura por não ter recebido os avisos. Nesses quase 20 anos de funcionamento do "Alerta geada", trabalhamos com profissionais competentes de diferentes instituições, incluindo Iapar, Simepar, Emater, Seab, cooperativas, prefeituras, associações de produtores e também agrônomos, técnicos e cafeicultores, estabelecendo uma rede de difusão rápida dos avisos.

É importante destacar o papel da mídia (jornais, TV, rádios), parceiros fundamentais na divulgação das informações e previsões, contribuindo decisivamente para o sucesso do alerta. Se há méritos, são de todos esses importantes personagens que colaboram conosco. Nesses anos acumularam-se histórias gratificantes de agricultores que salvaram suas lavouras; professores que instruíram seus alunos a divulgarem o alerta aos pais cafeicultores, resultando em proteção das plantações; líderes religiosos alertando a comunidade sobre a previsão de geadas e a necessidade de proteção das plantas.

Para quantificar os retornos do Alerta, após as geadas de julho de 2000 contabilizamos os prejuízos evitados às plantações de café que foram cobertas seguindo os avisos. Somente naquela geada foram evitadas perdas estimadas em aproximadamente 20 milhões de dólares no Paraná. Basta lembrar que o projeto inicial de aquisição dos equipamentos e implantação do Simepar custou ao Estado do Paraná 11 milhões de dólares.

O "Alerta geada" foi premiado em diversos fóruns e mencionado pela Sociedade Brasileira de Meteorologia e International Society of Agrometeorology como um exemplo de difusão da informação agrometeorológica aos produtores. Parabéns ao Iapar e Simepar por terem assumido este importante serviço prestado aos nossos agricultores.

As informações são de Paulo Henrique Caramori, engenheiro agrônomo e coordenador da área de agrometeorologia do Iapar em Londrina. Matéria veiculada pela Folha de Londrina e adaptada pelo CafePoint.

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