Vendas especulativas levam mercado cafeeiro a registrar mínima de -210 pontos em NY, na posição mar/08. No entanto, compras de indústrias e fundos limitaram as perdas fechando com -130 pontos, segundo o Infocafé. Os contratos fecharam em 131,40 cents/lb (R$ 307,09/sc), a queda foi de 0,98% em relação a sexta-feira. Para maio/08, a cotação ficou em 134,05 cents/lb (R$ 313,28/sc), baixa de 125 pontos (-0,92%).

Segundo Marcus Magalhães, da Maros Corretora (Vitória/ES), os investidores ficaram à espera da divulgação da estimativa de safra cafeeira do Brasil ano base 2008/09 e desta forma, poucos negócios foram concretizados.

Para ele, "tudo indica que o mercado amanhã volte a trabalhar sem convicção, e assim, nenhum grande susto no que tange a volatilidade está sendo esperado".

Nesta segunda-feira foram exportadas 59.092 sacas de café arábica, de acordo com dados do Cecafé (Conselho do Exportadores de Café do Brasil).

Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.


A cotação do dólar (compra) fechou em R$ 1,767, alta de 0,57% em relação a sexta-feira. Na semana, acumula queda de 0,21%.

Segundo o InfoMoney, a cotação da moeda norte-americana acompanhou a apreensão dos mercados globais com o rumo da economia norte-americana. A ausência de indicadores econômicos relevantes no front externo não impediu que os temores de que os EUA estejam a caminho de uma recessão trouxessem mau humor à esfera dos negócios.

No Brasil, os números da balança comercial, que encerrou a primeira semana de 2008 com superávit de US$ 70 milhões, e as mudanças nas projeções contidas no relatório Focus do Banco Central, influenciaram os negócios. Contudo, o foco dos investidores esteve mais voltado à retificação do decreto que elevou a alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), excluindo do pacote de operações sujeitas à tributação as negociações cambiais interbancárias. O Banco Central comprou dólares no mercado à vista, com taxa de corte de R$ 1,7640. Foram aceitas ao menos duas propostas.

Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)


Na bolsa de Londres, o mercado do robusta operou em alta. O vencimento jan/08 ficou em US$ 1.917/ton (R$ 203,21/sc), leve valorização de 3 pontos (+0,16%). Mar/08 fechou a US$ 1.951/ton (R$ 206,81/sc), alta de 5 pontos (+0,26%).

Gráfico 3. Contrato café, LIFFE


A volatilidade ao longo do dia, na BM&F, foi de 1,24% e 1,12% respectivamente nos contratos para mar/08 e set/08. O primeiro vencimento fechou cotado a US$ 163,45/sc (R$ 288,77/sc), recuo de US$ 1,30/sc (R$ 2,30/sc), com 1.471 contratos negociados e 7.641 em aberto. Set/08, com 2.532 contratos negociados e 18.710 em aberto, fechou a US$ 167,25/sc (R$ 295,48/sc), queda de US$ 0,95/sc (R$1,68/sc).

Nesta segunda-feira, 144 contratos de opções foram negociados.

Gráfico 4. Contrato café, BM&F


No mercado físico, pouco movimento neste início de semana. A maioria das praças segue com preços estáveis ou em queda, não estimulando as negociações. O indicador Esalq-arábica ficou em R$ 261,63, apresentando pequena alta (+R$ 0,08).

O conilon (tipo 7) recuou R$ 1,00 em Vitória/ES, fechando a R$ 199,00/sc. Pelo indicador Esalq-conilon a saca ficou em R$ 208,23, alta de R$ 0,34/sc.

Existe algum fato em sua região que possa afetar o mercado, positiva ou negativamente? Por favor, comente no espaço abaixo para cartas.

Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F


Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.

Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint