Em Nova York, a Bolsa de mercados futuros apresentou queda para os contratos de Setembro deste ano. Depois de cair 45 pontos, a posição encerrou a sessão a 137,75 cents/lb (R$ 287,15). De acordo com o Banco Central, o dólar comercial foi cotado a R$ 1,581 nesta segunda-feira, em baixa novamente.
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Dólar
Segundo o InfoMoney, o dólar comercial aumentou o ritmo de recuo no final da sessão e renovou a cotação mínima desde 1999. Em dia de agenda de indicadores esvaziada e noticiário corporativo favorável, o câmbio interno acompanhou o fluxo de entrada de recursos no País. A aproximação da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária), que se reúne entre hoje e amanhã para atualizar a taxa básica de juro, alimentou o ingresso de capital externo nas aplicações de renda fixa.
De acordo com o site, além disso, o dólar refletiu internamente a desvalorização que sofreu em âmbito mundial nesta sessão. A divisa norte-americana recuava ante as principais moedas globais, em reposta ao temor de investidores sobre a saúde da economia norte-americana. Corroborando tal perspectiva, nesta segunda-feira (21), o banco de investimentos Lehman Brothers reduziu sua projeção para o mercado global de ações em 13%, diante de perspectiva menos otimista para o cenário econômico dos EUA.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café
Mercado do robusta
A próxima colheita de café do Vietnã pode aumentar 22% em relação à colheita da atual safra devido às condições climáticas favoráveis à floração e aos padrões cíclicos da colheita, relacionadas à bienualidade, disseram comerciantes do país na semana passada ao Dow Jones Newswires.
Os comerciantes estão prevendo uma colheita de cerca de 1,2 milhão de toneladas, comparado com pouco menos de 1 milhão de tonelada anterior. Os cafeicultores do país deverão manter cerca de 10% da atual colheita, ou seja, 100 mil toneladas. O Vietnã é o maior produtor mundial de café robusta.
A Bolsa de mercados futuros de Londres (LIFFE) registrou -32 pontos para a posição Julho, que fechou a US$ 2429/t ou R$ 230,41/sc, ao passo que contratos para Setembro recuaram 29 pts, cotados a US$ 2.347/t (R$ 222,64).
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
BM&F
A Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo terminou o dia em alta de US$ 1,15 para Julho, cotado a US$ 168,60/sc ou R$ 266,56. Apesar da alta, no comparativo à segunda-feira da semana passada, a posição acumula 2,29% de desvalorização, e em trinta dias, -4,61%.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
Tabela 2. Principais Indicadores, Bolsas e cotação do Dólar
Mercado físico
Em Guaxupé, Minas Gerais, a saca do arábica - tipo 6 bebida dura para melhor - foi negociada a R$ 253,00, estável em relação ao dia anterior. O indicador Cepea/Esalq apresentou leve queda e foi cotado a R$ 246,64/sc. Em Franca, São Paulo, o preço da saca foi de R$ 254,00.
O café despolpado de Vitória da Conquista manteve-se a R$ 240,00/sc. Nas praças de Caratinga e Araguari, Minas Gerais, a safra nova segue negociada a R$ 245,00, enquanto que em Patrocínio, mantém-se a R$ 250,00/sc.
Em São Gabriel da Palha/ES, o conillon - tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13 - vem sendo negociado a R$ 203,00/sc desde o dia 30 de abril de 2008. Levemente desvalorizado, o indicador diário à vista do Cepea/Esalq fechou a R$ 217,07.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui
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Julio Frare, Equipe CaféPoint