Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S. - dez/07 e mar/08
O dólar compra fechou o dia cotado em R$ 1,8063, queda de 0,37% (ontem) e 4,69% (18 de setembro).
A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de manter a taxa Selic em 11,25% ao ano trouxe novos argumentos em prol da valorização do real, segundo o InfoMoney. A persistência de um largo diferencial de juros externos e internos torna os investimentos em ativos brasileiros especialmente atrativos, colaborando para a queda do câmbio.
Ainda de acordo o InfoMoney, o raciocínio vale pois, quando ajustadas pelo risco, as taxas de juros reais domésticas são superiores às de equilíbrio de longo prazo. Desconsideradas variações do câmbio, operar taxas de juro em diferentes mercados equivale à arbitragem quando os retornos médios são distintos ao serem ajustados pelo risco. É garantia certa de lucro!
E a perspectiva de obtenção do investment grade num horizonte inferior a dois anos agrava a questão. Faz-se necessária a adequação das taxas de juro internamente ao nível de risco do país. Obviamente, a tendência de apreciação do real não se apóia exclusivamente no spread de juro. Depois de esboçar uma alta durante o auge da crise do subprime, o dólar rapidamente retomou sua trajetória de queda, atingindo o menor nível desde 2000 por conta de fundamentos em prol do câmbio valorizado. Expressivo saldo na balança comercial, aceleração do crescimento econômico e controle da inflação são alguns dos pilares da queda do dólar, ressalta o boletim InfoMoney de quinta-feira.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$) - jul/07 a out/07
Londres operou em queda nos vencimentos para 2008; jan/08 fechou a US$ 1.781/ton (R$ 193,02/sc), menos 9 pontos (-0,50%). Para nov/07, no entanto, a saca do robusta foi cotada em US$ 2.123/ton (R$ 230,09/sc), com alta de 27 pontos (+1,29%).
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE - nov/07 e jan/08
A volatilidade permaneceu alta na BM&F. A saca para dez/07, cotada em US$ 153,00 (-US$ 5,00/sc), apresentou volatilidade de 3,31% ao longo do dia. Foram 1.413 contratos negociados e 8.720 em aberto para este vencimento. Para mar/08, 2.164 contratos foram negociados e 7.141 ficaram em aberto. A saca fechou em US$ 159,30, com queda de US$ 4,50/sc.
Houve, nesta quinta-feira, 1.000 contratos de opções negociados na BM&F.
Listagem de preços para o leilão número 13532, de 18/10/2007 BB-CPR - Café Arábica
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Gráfico 4. Contrato café, BM&F - dez/07 e mar/08
No mercado físico houve queda na maioria das praças. Em Guaxupé, MG, a saca do arábica tipo 6 bebida dura para melhor fechou em R$ 250,00, queda de R$ 10,00. Pelo indicador Esalq-arábica, a saca fechou em R$ 249,69, desvalorizada R$ 6,56.
O conilon tipo 7 recuou R$ 1,00/sc em Vitória, ES, cotado a R$ 197,00. Em São Gabriel da Palha, ES, a saca permaneceu estável (R$ 195,00). O indicador Esalq-conilon ficou em R$ 204,81 (-R$ 0,94/sc).
Gráfico 5. Indicadores Esalq mercado físico
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Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint