Marcus Magalhães, da Maros Corretora, disse que na sexta-feira (04) as cotações tem tudo para seguir o caminho da recuperação, pois além de níveis atrativos, já existe postura defensiva de alguns players, ante ao mercado de clima, no Brasil.
Os contratos para maio/08 fecharam a 131,30 cents/lb (R$ 299,51/sc), alta de 265 pontos (+2,06%). Set/08, também valorizado 265 pontos, fechou a 136,30 cents/lb (R$ 310,92/sc).
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Dólar
O dólar compra fechou em queda de 0,12%, cotado a R$ 1,7244. O dólar comercial fechou com a terceira desvalorização seguida nesta quinta-feira (3), após sessão em que o otimismo externo predominou, de acordo com notícia do InfoMoney.
A moeda norte-americana operou em avanço na maior parte da manhã, refletindo nervosismo dos investidores com os dados negativos sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, porém acompanhou a volta do investimento na renda variável e a maior procura por ativos brasileiros.
A divulgação de resultado acima do esperado do indicador ISM Services trouxe maior tranqüilidade aos mercados. Também contribuindo com a virada de humor de investidores, o banco de investimentos Merrill Lynch afirmou que tem capital suficiente para enfrentar a crise de crédito.
Ao mesmo tempo, o mercado de commodities demonstrou fortes valorizações dos contratos de matérias-primas agrícolas, bem como metais industriais e energia.
Também em foco, discurso de Ben Bernanke, afirmando que o Federal Reserve agiu para evitar conseqüências imprevisíveis, mas possivelmente severas para o funcionamento do mercado e da economia, sobre o caso da possível falência da Bear Stearns.
O Banco Central realizou leilão de compra de dólares no mercado à vista. De acordo com comunicado do Depin (Departamento de Operações de Reservas Internacionais) a operação começou às 12h32 e terminou às 12h42. A taxa aceita ficou em R$ 1,7269.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Mercado do robusta
Em Londres, a tonelada do robusta fechou em alta. Os contratos para maio/08 ficaram em US$ 2.248/ton (R$ 232,59/sc), variação positiva de 19 pontos (+0,85%). Set/08, cotado a US$ 2.255/ton (R$ 233,31/sc), valorizou 23 pontos (+1,03%).
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
BM&F
A volatilidade dos preços ao longo do dia subiu mais uma vez na BM&F, segundo tabela abaixo. Os contratos para maio/08 fecharam a US$ 157,80/sc (R$ 272,11/sc), alta de US$ 2,30/sc (R$ 3,97/sc), com 106 contratos negociados e 2.665 em aberto. Os dois vencimentos mais líquidos, set/08 e dez/08, respectivamente, fecharam a US$ 163,60/sc (R$ 282,11/sc) e US$ 167,20/sc (R$ 288,32/sc). Foram negociados, para set/08, 1.391 contratos e, para dez/08, 393 contratos.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
Mercado físico
Mercado físico segue com poucos negócios sendo feitos. Nesta quinta-feira, os preços do arábica apresentaram alta na maioria das praças levantadas. O indicador Esalq-arábica fechou a R$ 257,19/sc, valorizado R$ 1,72/sc. Os preços do conilon permaneceram estáveis. O indicador Esalq-conilon, porém, fechou em leve alta de R$ 0,27/sc, cotado a R$ 226,19/sc.
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.
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Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint