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Promoção de café robusta ajuda a manter preço do arábica

RODRIGO CORREA DA COSTA

EM 31/08/2009

3 MIN DE LEITURA

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A semana se encerrou deixando a impressão que nada aconteceu, embora a variação de preço dos ativos não ter sido pequena. Talvez a sensação venha do fato de que nem tudo se comportou com a mesma correlação ao mesmo tempo. Em um dado momento podíamos ver nos monitores de cotação o petróleo caindo 4%, o açúcar subindo 4%, a Bovespa com alta leve e o Dow Jones caindo 0.5%. Uma hora depois o petróleo tinha recuperado todas as perdas enquanto o açúcar dava a impressão de ter perdido força, e assim vai. Enquanto isto o mercado de café incentivava seus seguidores a incrementar o consumo para ficarem acordados na frente das telas, muito embora na terça os altistas ficaram bem animados com a performance apenas para voltarem a se desanimar na quarta.

Nos Estados Unidos o presidente do Banco Central foi confirmado para mais um "mandato" um dia após ele e o presidente do Banco Central europeu terem dito que a economia mundial está saindo da maior recessão desde a segunda guerra mundial.

Para contrabalancear o otimismo, o profeta dos mercados, Roubini, declarou que o mundo ainda está sob o risco de um novo mergulho recessivo ao passar os efeitos dos pacotes de estímulos que muitos países fizeram desde que a retração econômica começou.

Indicadores econômicos tanto nos Estados Unidos quanto na Europa continuam confirmando um respiro na atividade econômica e uma confiança maior dos consumidores e das empresas. Notícias (ainda) favoráveis ajudaram as bolsas de ações e as commodities, ou a maior parte delas.

O mercado de café em Nova Iorque caiu mais nos últimos 5 dias, atingindo o nível mais baixo em mais de um mês e fechando a semana com perdas de US$ 3.64 por saca. Na BM&F o contrato de dezembro teve queda de US$ 2.20 / saca, provocando um estreitamento maior da arbitragem que está agora em 14.31 centavos por libra, patamar que não se via desde outubro de 2008.

O robusta em Londres foi quem salvou o café arábica de cair ainda mais. Com a arbitragem entre os contratos de NY e Londres batendo 74 centavos por libra o torrador foi mais agressivo nas compras no mercado europeu e acabou dando suporte para o mercado americano. Em outras palavras, o café robusta estava US$ 97.89/sc mais barato que o arábica, e ao ver tamanha diferença ao retornar das férias os compradores não pensaram duas vezes em aproveitar a "promoção".

O arábica também está em um preço razoável, principalmente para fixar as compras feitas em diferenciais baratos do café brasileiro, e portanto vimos um bom volume de fixações na ICE. Fundos continuam sendo os responsáveis pela pressão vendedora e como eles têm saído do mercado o número de contratos em abertos caiu ainda mais.

O fim das férias, agora oficiais, no hemisfério norte, deve trazer mais interesse ao mercado, principalmente dos que precisam comprar café. Os traders começaram a se atualizar da situação atual do mercado e da disponibilidade e preços de cafés oferecidos e alguns tem se surpreendido com o encarecimento dos diferenciais recentemente. No Brasil por exemplo fazia tempo que não viam vendedores mais retraídos e com ofertas mais caras. As chuvas durante a colheita de fato prejudicaram a qualidade do café e já se ouve que alguns intermediários estão considerando fazer alguns washouts (recomprando as vendas que tem nos livros). Ninguém ao certo sabe o que se perdeu de café de bebida boa em função das chuvas, mas fala-se que algo em torno de 30% "não vai beber".

Um outro assunto que volta às reuniões dos tomadores de posições é o potencial da safra brasileira de 2010/11. Alguns que consideravam um potencial de no mínimo 60 milhões de sacas já estão trabalhando com números mais baixos. Com o governo retirando 3 milhões de sacas e considerando ainda mais 7 milhões neste ano/safra, e alguns outros milhões em 10/11, o "deficit" aumenta e, portanto, justifica o comportamento que está se vendo pela maior parte dos exportadores.

O fechamento do mercado na semana não encoraja muito e no momento que escrevo as bolsas na Ásia caem forte, o que pode deixar os comprados desconfortáveis. Nova Iorque precisa respeitar o nível de 120.00 centavos, pois caso contrário testará os 117.80 e 115.00, um pesadelo para os produtores. Um fechamento acima de 125.00 deve trazer uma nova onda de compras apontando para uma nova tentativa nos patamares de 130.00.

Continuem aproveitando a compra de proteções via opções.

Tenham todos uma ótima semana e muitos bons negócios.

RODRIGO CORREA DA COSTA

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