NY iniciou a semana em campo negativo, a posição maio variou entre a máxima de +5 pontos e mínima de -380 pontos, segundo o Infocafé, pressionada pela queda nos preços de outras commodities. Por outro lado, a forte alta do petróleo e a recuperação do mercado de grãos deram suporte as cotações e o recuo foi menos acentuado.

Marcus Magalhaes, da Maros Corretora, destaca que a semana no mercado cafeeiro começa lenta e com claro processo de acomodação dos níveis frente às recentes e fortes volatilidades.

Os contratos para maio/08 fecharam a 150,50 cents/lb (R$ 338,21/sc), queda de 95 pontos (-0,63%). Set/08 ficou em 154,90 cents/lb (R$ 348,10/sc), recuo de 100 pontos (-0,64%).

"Tudo indica que o mercado será agilizado por atividades de recompras, mas ninguém tem ´feeling´ suficiente para definir a data para o início desse movimento mercadológico. Porém, a expectativa predominante é que esta data esteja bem próxima", conclui Magalhaes.

Já Mauro L. dos Santos, agente de investimento da Investbras Mercados Futuros, diz que graficamente o mercado quebrou a reta de alta e está sujeito a mais realizações com suporte em 146,95 e 144,65 cents/lb. O MACD está revertendo o sinal para baixa, mas as linhas de média ainda não confirmaram totalmente o movimento devido a agressividade das quedas. "Uma resistência e possível ponto de reversão estão em 156,5 cents/lb", comenta.

O volume operado nesta segunda-feira na ICE Futures US foi de 15.124 contratos, o volume de opções de venda e compra foi de 18.713 contratos. O número de contratos futuros em aberto em todos os vencimentos para esta sessão foi de 193.936 contratos com aumento de 3.831 lotes em relação a sessão anterior.

Dólar

O dólar compra fechou em alta de 0,92%, cotado em R$ 1,699. Também em ascensão, o dólar comercial encerrou a terceira sessão consecutiva nesta segunda-feira (10) em meio à piora do cenário externo, que foi abalado por mais notícias de deterioração no setor financeiro.

De acordo com o InfoMoney, o relatório publicado nesta manhã pelo JPMorgan afirma que alguns dos principais bancos mundiais estão à beira de uma "chamada de margem sistêmica", que deverá fazer com que as instituições desembolsem cerca de US$ 325 bilhões.

Somando-se a isso, rumores de que o Bear Stearns não tem caixa, ainda que desmentidos pela instituição, aumentaram a cautela de investidores e agravaram o negativismo dos mercados.

Ao mesmo tempo, a cotação do dólar sofre influência da informação de que a balança comercial brasileira registrou déficit pela terceira semana consecutiva, o que pode comprometer as projeções do saldo anual.

O Banco Central brasileiro interveio no mercado à vista no final da jornada, comprando dólares à taxa de corte de R$ 1,7070, e a moeda norte-americana manteve a forte alta depois da operação.

Mercado do robusta

A bolsa de Londres registrou alta nesta segunda-feira para o mercado do robusta. A tonelada fechou em US$ 2.516 para maio/08, valorizada 9 pontos (+0,36%). Set/08 ficou em US$ 2.527/ton (R$ 257,57/sc), alta de 12 pontos (+0,48%).

BM&F

A volatilidade dos preços continua crescendo na BM&F. Nesta segunda-feira maio/08 registrou 1,40% e set/08, 1,51%. No entanto, nesta seção, os preços fecharam próximos da estabilidade. O vencimento maio/08 ficou em US$ 177,00/sc (R$ 300,69/sc), leve alta de US$ 0,10/sc (R$ 0,17/sc), com 1.707 contratos negociados e 2.592 em aberto. Set/08 apresentou US$ 0,35/sc (R$ 0,59/sc) de valorização, fechando em US$ 183,80/sc (R$ 312,24/sc), com 4.429 contratos negociados e 28.616 contratos em aberto.

Mercado físico

No mercado físico as negociações continuam lentas na espera de melhores preços. O indicador Esalq-arábica fechou desvalorizado R$ 1,64/sc, cotado em R$ 265,32/sc. O indicador para conilon ficou em R$ 219,43/sc, queda de R$ 6,22/sc.

Existe algum fato em sua região que possa afetar o mercado, positiva ou negativamente? Por favor, comente no espaço abaixo para cartas.

Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint