No início dos trabalhos desta quarta-feira em NY, após atingir a máxima de +270 pontos na posição maio, as cotações mudaram de direção, segundo a corretora Mellão Martini. Os preços foram pressionados pela realização de pequenos lucros de especuladores e algumas liquidações de posições compradas de fundos, chegando à mínima de -265 pontos.

Os contratos fecharam a 132,30 cents/lb (R$ 302,42/sc), para o vencimento maio/08, queda de 35 pontos (-0,26%). Set/08 fechou a 137,30 cents/lb (R$ 313,85/sc), recuo de 25 pontos (-0,18%).

Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.


Dólar

O dólar compra foi cotado a R$ 1,7280, desvalorizado 0,31% em relação ao dia anterior. O comercial encerrou também em baixa nesta quarta-feira (26), após ter apresentado forte volatilidade ao longo dia, motivadas pelas operações do Banco Central no mercado de câmbio e pela volta do nervosismo nas praças financeiras globais, de acordo com o InfoMoney.

Contudo, no final do dia, a queda da moeda norte-americana em nível mundial e a elevação dos preços das commodities - que vinham de um recente histórico de desvalorização - abriram espaço para o recuo frente ao real.

Os temores em relação ao setor financeiro emergiram mais uma vez. Segundo o InfoMoney, nesta jornada, surgiram projeções de prejuízos maiores para Citigroup, Bank of America, JPMorgan e Wachovia. O Deutsche Bank alertou para a dificuldade de alcançar a meta de lucro neste ano e foi outro fator a mexer com a confiança dos investidores.

Entre os indicadores norte-americanos, o resultado decepcionante da venda de bens duráveis nos Estados Unidos adicionou temores sobre uma recessão. Já o número de casas novas vendidas superou estimativas dos analistas.

Nesta quarta-feira, o Banco Central realizou leilão de swap cambial reverso e vendeu o lote integral, no valor de R$ US$ 2,046 bilhões, assumindo posição credora no mercado futuro.

Com o swap cambial reverso, a autoridade monetária dá às instituições financeiras a variação da taxa Selic e recebe, em contrapartida, a variação do dólar, assumindo os riscos da variação cambial.

Além da operação no mercado futuro, o BC seguiu atuando no mercado de câmbio à vista, com leilão de compra de dólares. A operação, segundo o Depin (Departamento de Operações de Reservas Internacionais), teve início às 11h59 e terminou às 12h09. A taxa aceita ficou em R$ 1,7378.

Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)


Mercado do robusta

Em Londres, os contratos para maio/08 recuaram 48 pontos (-2,06%), cotados a US$ 2.280/ton (R$ 236,39/sc). O vencimento set/08 fechou a US$ 2.277/ton (R$ 236,08/sc), queda de 5 pontos (-0,22%).

Gráfico 3. Contrato café, LIFFE


BM&F

A volatilidade segue na casa dos 2% para todos os vencimentos, segundo tabela abaixo. Nos dois primeiros vencimentos, maio/08 e jul/08, houve leve alta de US$ 0,25/sc e US$ 0,20/sc, respectivamente. Set/08, vencimento com maior liquidez, negociou 1.604 contratos a US$ 164,35/sc (R$ 284,00), com variação negativa de US$ 0,15/sc (R$ 0,26/sc).


Na BM&F, nesta quarta-feira, foram negociados 500 contratos de opções.

Gráfico 4. Contrato café, BM&F


Mercado físico

No mercado físico ambos os indicadores, para arábica e para conilon, apresentam alta. Foram cotados, respectivamente, a R$ 256,34/sc (+R$ 0,75/sc) e R$ 228,66/sc (+R$ 4,31/sc).

Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.

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Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F


Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint