Para Marcus Magalhães, da Maros Corretora, tudo indica que daqui para frente poderá haver movimentos de recompras uma vez que o "famoso mercado de clima" já se aproxima. "Vale lembrar que dentro de no máximo 60 dias as especulações climáticas já poderão acontecer nos negócios do café."
Mauro L. dos Santos, agente de investimentos da Investbras Mercados Futuros, disse que "estamos em um momento de definição, com suporte em 126,20 e 125,85 cents/lb e resistência em 132,70 e 135,0 cents/lb".
Os contratos para maio/08 fecharam a 128,65 cents/lb (R$ 293,82/sc), recuo de 45 pontos (-0,35%). Desvalorizado 50 pontos (-0,37%), set/08 fechou a 133,65 cents/lb (R$ 305,24/sc).
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Dólar
O dólar (compra) fechou a R$ 1,7265, desvalorizado 1,49% em relação ao dia anterior.
De acordo com notícia do InfoMoney, com dados de maior entrada de divisas no país e expectativa por corte no juro dos Estados Unidos, o dólar comercial também terminou em queda nesta quarta-feira (2).
Após três dias de alta e passado o período de maior oscilação por conta da formação da Ptax (taxa média) de fechamento do mês, o dólar emendou a segunda desvalorização consecutiva, segundo o InfoMoney.
A agenda de indicadores norte-americana trouxe alívio, porém o discurso do presidente do Federal Reserve alimentou as incertezas que rondam os mercados.
"A economia norte-americana não deverá crescer muito, se crescer, no primeiro semestre de 2008", afirmou Ben Bernanke no Comitê Econômico do Congresso. A fala, ao mesmo tempo em que aumenta a perspectiva de mais um corte na taxa básica de juro, também indica que até mesmo o presidente do Banco Central dos EUA acredita na desaceleração econômica do país e, assim, alimenta o nervosismo entre investidores.
No início da tarde, segundo a notícia, o Banco Central informou que o fluxo cambial no Brasil ficou superavitário em US$ 8,05 bilhões em março, o maior ingresso de recursos na economia brasileira desde julho de 2007, quando entraram US$ 11,5 bilhões. Por outro lado, a posição comprada dos bancos aumentou em março, somando US$ 9,782 bilhões, contra US$ 3,245 bilhões de fevereiro. Em março de 2007, os bancos estavam vendidos em US$ 6,466 bilhões.
O Banco Central realizou nesta quarta-feira um leilão de compra de dólares no mercado à vista, mas a operação não influenciou muito na cotação da moeda. De acordo com comunicado do Depin (Departamento de Operações de Reservas Internacionais) a operação começou às 12h24 e terminou às 12h34. A taxa aceita foi de R$ 1,7295.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Mercado do robusta
O mercado futuro do robusta vem apresentando um movimento de queda e, nesta quarta-feira, novamente os contratos recuaram. Maio/08 fechou a US$ 2.229/ton (R$ 230,90/sc), queda de 50 pontos (-2,19%). Set/08 fechou a US$ 2.232/ton (R$ 231,21/sc), variação negativa de 31 pontos (-1,37%).
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
BM&F
Os preços na BM&F oscilaram um pouco mais do que o dia anterior, mas ainda abaixo de patamares antes alcançados. Os vencimentos mais líquidos, set/08 e dez/08, apresentaram mesma desvalorização, -US$ 1,10/sc (-R$ 1,90/sc). Foram negociados 1.508 contratos para set/08, cotados a US$ 161,00/sc (R$ 277,97/sc). Em aberto ficaram 24.827 contratos. Para dez/08, cotados a US$ 164,50/sc (R$ 284,01/sc), foram negociados 258 contratos, ficando em aberto 11.564.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
Mercado físico
No mercado físico houve estabilidade nos preços do arábica, na maioria das praças levantadas. No caso do conilon, o quadro é de queda.
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.
O indicador Esalq-arábica fechou a R$ 255,47/sc, alta de R$ 3,46/sc. O indicador Esalq-conilon fechou a R$ 225,92/sc, recuo de R$ 0,43/sc.
Existe algum fato em sua região que possa afetar o mercado, positiva ou negativamente? Por favor, comente no espaço abaixo para cartas.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint