Em NY, os preços para março 2008 cederam frente a venda de fundos de investimento, porém recuperaram a estabilidade e ainda estão acima da linha de média móvel de 21 períodos, segundo Mauro L. dos Santos, agente de investimento da Investbras Mercados Futuros. O suporte está em 132,00 - 130,00 - 128,35 (cents/lb), e as resistências em 135,90 e 141,25 (cents/lb).

De acordo com Marcus Magalhães, da Maros Corretora (Vitória/ES), o mercado cafeeiro teve um dia lento e cansativo. "A bolsa de NY oscilou dentro de limites técnicos já que o quadro fundamental segue inalterado e sem margens para grandes oscilações".

Os contratos para mar/08 fecharam a 133,65 cents/lb (R$ 314,47/sc), recuo de 55 pontos (-0,41%). Maio/08 fechou a 136,25 cents/lb (R$ 320,59/sc), com igual desvalorização.

O volume operado nesta quarta-feira foi de 1.255 contratos futuros no pregão viva-voz e 10.240 contratos na ICE (Eletrônico), o volume de opções de venda e compra foi de 11.561 contratos. O número de contratos futuros em aberto em todos os vencimentos para esta sessão foi de 163.597 contratos com aumento de 309 lotes em relação a sessão anterior.

Segundo dados do Cecafé, nesta quarta-feira o Brasil exportou 85.246 sacas de café arábica.

Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.


O dólar (compra) fechou a R$ 1,779, queda de 0,69% comparado ao dia anterior e 1,24% em relação à semana passada.

A principal influência no câmbio foram ajustes oriundos dos cenários positivos em Wall Street e na Europa na segunda-feira (24), quando não houve sessão no país, de acordo com o InfoMoney. As baixas registradas nos EUA por boa parte do pregão pouco refletiram na cotação da moeda, assim como as fracas perspectivas para o setor de varejo norte-americano durante as últimas semanas de dezembro.

Internamente, o cenário tranqüilo acompanhou a divulgação do índice de confiança do consumidor, medido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), que registrou o maior nível desde o início da série, em 2005. A Nota de Política Monetária, divulgada pelo Banco Central, reportou aumento da concessão de crédito ao consumidor, bem como queda na taxa de juro média cobrada. Ademais, o Banco Central realizou compra de dólares à vista, via leilão, fixando a taxa de corte da moeda em R$ 1,785, com ao menos duas propostas sendo aceitas.

Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)


A bolsa de Londres não operou nesta quarta-feira.

A BM&F teve mais um dia de baixa volatilidade. Os preços para mar/08 e maio/08 registraram 0,51% e 0,52%, respectivamente. Para o primeiro vencimento houve 745 contratos negociados e 7.696 em aberto. A saca ficou em US$ 165,30 (R$ 294,02/sc), queda de US$ 1,10/sc (-R$ 1,96/sc). Maio/08 foi cotado a US$ 167,80/sc (R$ 298,47/sc), desvalorização de US$ 1,40/sc (R$ 2,49/sc). Apenas 32 contratos foram negociados e 947 ficaram em aberto. O maior volume negociado ficou no vencimento set/08, 1.150 contratos, cotados a US$ 168,40 (R$ 299,53/sc).

Nesta quarta-feira, 140 contratos de opções foram negociados.

Gráfico 3. Contrato café, BM&F


No mercado físico, queda em Guaxupé/MG, Vitória/ES e Londrina/PR. A saca do arábica tipo 6 bebida dura para melhor fechou a R$ 260,00, queda de R$ 4,00/sc em Guaxupé. O arábica tipo 6 bebida dura fechou em R$ 232,00 (Vitória) e R$ 245,00 (Londrina), queda de R$ 5,00 e R$ 3,00, respectivamente. O in dicador Esalq-arábica ficou em R$ 258,34, recuo de R$ 7,53/sc.

O conilon apresentou queda em Vitória/ES e no indicador Esalq. Fechou em R$ 200,00 (-R$ 1,00) e R$ 207,31 (-R$ 0,30/sc), respectivamente.

Existe algum fato em sua região que possa afetar o mercado, positiva ou negativamente? Por favor, comente no espaço abaixo.

Gráfico 4. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F


Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.

Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint