"Tanto NY como Londres conseguiram concluir as operações acima de interessantes resistências, posição que tecnicamente é construtiva para o setor cafeeiro", disse Marcus Magalhães, da Maros Corretora. " Amanhã (14), mais uma vez, são esperados leves movimentos de realização de lucro já que os atuais patamares estão em níveis há muito não vistos".
Graficamente, o mercado trabalha acima da linha de média móvel de 21 períodos, que está em 144,40 cents/lb, em direção a resistência feita em 1998 em 156,75 cents/lb, ressalta Mauro L. dos Santos, agente de investimento da Investbras Mercados Futuros.
Os contratos para mar/08 fecharam a 149,50 cents/lb (R$ 345,12/sc), valorizados 155 pontos (+1,05%). Set/08 fechou a 156,60 cents/lb (R$ 361,51/sc), alta de 180 pontos (+1,16%).
Em NY o volume operado nesta quarta-feira foi de 45.953 contratos, o volume de opções de venda e compra foi de 15.734 contratos. O número de contratos futuros em aberto em todos os vencimentos para esta sessão foi de 192.447 contratos com aumento de 2.074 lotes em relação a sessão anterior.
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Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Confirmando a tendência presente em toda a sessão, o dólar encerrou a quarta-feira (13) em queda - cotado a R$ 1,745 (compra) - respondendo aos dados positivos sobre as vendas no varejo norte-americano em janeiro, segundo o InfoMoney.
O Retail Sales surpreendeu ao indicar um crescimento nas vendas varejistas no último mês, já que as projeções apontavam para um recuo de 0,3%. O indicador trouxe certo alívio sobre a tão temida recessão econômica nos EUA.
No Brasil, os dados do IPCA também contribuíram com a melhora no cenário. O medidor oficial da inflação doméstica marcou alta nos preços de 0,54% em janeiro, taxa inferior não só à reportada no mês anterior (+0,74%) como também às projeções contidas no último relatório Focus do Banco Central.
E como de costume, o Banco Central comprou dólares no mercado à vista em leilão nesta quarta-feira, com taxa de corte em R$ 1,7449. Pelo menos uma proposta foi aceita.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Em Londres, a valorização no período de 30 dias acumula 10,5% nos contratos para mar/08 e 10,94%, para maio/08. Respectivamente, nesta quarta-feira, a cotação fechou em US$ 2.242/ton (R$ 234,75/sc), e US$ 2.272/ton (R$ 237,89/sc).
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
A volatilidade nos preços apresentou leve queda na bolsa de São Paulo, mas continuou acima de 1% nos vencimentos mar/08 e set/08, 1,20% e 1,04%, respectivamente. A cotação fechou em US$ 177,05/sc (R$ 308,97/sc), alta de US$ 2,05/sc (R$ 3,58/sc), com 826 contratos negociados e 3.458 em aberto, para mar/08. Para o vencimento set/08 foram negociados 4.728 contratos e 24.069 ficaram em aberto. O preço da saca fechou em US$ 186,35 (R$ 325,20/sc), alta de US$ 2,25/sc (R$ 3,93/sc).
Foram negociados 102 contratos de opções, nesta quarta-feira.
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Gráfico 4. Contrato café, BM&F
No mercado interno o indicador Esalq-arábica fechou em R$ 282,05/sc, alta de R$ 1,93/sc. O indicador para conilon teve recuo de R$ 0,92/sc, cotado a R$ 214,07/sc.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint