Na sexta-feira, em NY, a posição março atingiu mínima de -490 pontos pressionada por vendas de especuladores relacionadas a perdas em praticamente todo o segmento de commodities, nas mínimas do dia compras de torrefadoras e coberturas de posições vendidas limitaram a perdas, fechando com -250 pontos, de acordo com o Infocafé.

Os contratos para mar/08 fecharam a 132,70 cents/lb (R$ 308,36/sc). Maio/08 ficou em 135,30 cents/lb (R$ 314,40/sc), recuando também 250 pontos (-1,81%).

De acordo com Marcus Magalhães, da Maros Corretora (Vitória/ES) "a semana no mercado cafeeiro foi curta no que tange aos dias operados, mas longa no que se refere a ansiedade envolvida entre a expectativa da CONAB/IBGE e por tabela, as volatilidades diretas".

Segundo ele, os terminais internacionais operaram no vermelho todo o dia mas no fechamento, os níveis já estavam longe das mínimas testadas. "A sensação que ´pairou no ar´ foi de que algum "player" já começou a ajustar suas posições em aberto, ante a divulgação de safra brasileira no dia 8 próximo".

"Mas, sinceramente, independente do que for divulgado o cenário cafeeiro para curto, médio e longo prazo é construtivo e desta forma, não consigo enxergar motivos para que haja uma mudança de perfil, conduta ou tendência para os preços, se analisarmos o quadro fundamental ao setor", disse Magalhães.

Segundo dados do Cecafé, nesta sexta-feira, foram embarcadas 75.227 sacas de café arábica. No acumulado do mês, este número chega a 281.228 sacas. Não houve embarques, até o momento, de café conilon.

Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.


O dólar compra fechou a R$ 1,757, leve alta de 0,03% em relação ao dia anterior. Na semana, acumula queda de 1,04%.

A moeda norte-americana foi impulsionada principalmente pela divulgação de dados sobre o mercado de trabalho nos EUA, segundo o InfoMoney. O Relatório de Emprego norte-americano trouxe números decepcionantes, renovando as preocupações com os rumos da economia norte-americana e os efeitos da crise do subprime. O documento é considerado uma importante referência acerca da saúde econômica do país e, consequentemente, no que diz respeito à condução de sua política monetária.

No cenário interno, o volume registrado na sessão foi abaixo da média por conta das incertezas acerca da cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no mercado interbancário de câmbio. Já a inflação medida pelo IPC-Fipe veio acima do esperado para dezembro. Ademais, o Banco Central realizou compra de dólares à vista, via leilão, fixando a taxa de corte da moeda em R$ 1,759, com ao menos um proposta sendo aceita.

Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)


Em Londres, a tonelada do robusta fechou em US$ 1.914 (R$ 201,73/sc), alta de 2 pontos (+0,10%) para jan/08. O vencimento mar/08 ficou em US$ 1.946/ton (R$ 205,10/sc), recuo de 2 pontos (- 0,10%).

Gráfico 3. Contrato café, LIFFE


A BM&F apresentou queda em todos os vencimentos. Os maiores volumes negociados ficaram para mar/08 e set/08. No primeiro vencimento foram negociados 1.166 contratos a US$ 164,75 (R$ 289,40/sc), com recuo de US$ 2,95/sc (R$ 5,18/sc), ficando 7.599 contratos em aberto. Para set/08, foram negociados 868 contratos cotados a US$ 168,20/sc (R$ 295,46/sc) e 18.611 ficaram em aberto. A queda foi de US$ 2,60/sc (R$ 4,57/sc) em relação ao dia anterior.

Gráfico 4. Contrato café, BM&F


Mercado físico travado. A saca do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, em Guaxupé/MG, fechou em queda de R$ 4,00, cotada a R$ 259,00/sc. O indicador Esalq-arábica ficou em R$ 261,55, recuo de R$ 4,37/sc.

O conilon permaneceu estável nas praças levantadas. O indicador Esalq-conilon ficou em R$ 207,89, alta de R$ 0,51/sc.

Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F


Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.

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Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint