Para Marcus Magalhães, da Maros Corretora, "os níveis de fechamento, mesmo no vermelho, continuam a respeitar interessantes suportes, posição que tecnicamente indica que recompras poderão ocorrer sem dar aviso prévio".
Para o vencimento maio/08 os contratos fecharam a 130,40 cents/lb (R$ 300,98/sc), queda de 215 pontos (-1,62%). Set/08 fechou a 135,40 cents/lb (R$ 312,52/sc), recuo de 210 pontos (-1,53%).
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Dólar
O dólar compra fechou a R$ 1,7448, alta de 0,64% em relação à quinta-feira. Comparado ao mês anterior está 4,39% valorizado. De acordo com notícia do InfoMoney, o dólar comercial também encerrou em alta nesta sexta-feira (28), pela segunda sessão consecutiva, impulsionado pela forte instabilidade nos mercados globais.
A divisa reflete os efeitos de emissões de recursos para o exterior feitas pelo setor privado e financeiro com o intuito de compensar a falta de liquidez internacional, segundo a notícia.
O indicador de inflação preferido pelo Federal Reserve, o núcleo do PCE, de fevereiro, veio de acordo com o esperado pelo mercado, assim como o Personal Spending.
Entre as notícias negativas que se sobrepuseram sobre o ambiente internacional estão, entre outras, o resultado de empresas como a construtora residencial KB Home e a dificuldade que investidores encontram para financiar a operação de compra da Clear Channel.
Somando-se, a rotina de estimativas negativas do banco de investimentos Oppenheimer segue em pauta, desta vez colocando em xeque os dividendos dos bancos Wachovia e Citigroup.
Em relatório, ainda de acordo com o InfoMoney, o economista Sidinei Moura, da NGO Corretora de Câmbio, acredita que a sinalização de uma alta na Selic, presente no último relatório de Inflação do Banco Central (BC), deve permitir nova entrada de divisas com o investimento estrangeiro, que será atraído pela diferença do juro interno e os praticados no exterior.
"No nosso entender, a alta que ocorre no preço da moeda norte-americana nestes dias é extremamente pontual e tem suas causas bem definidas", avalia Moura referindo-se ao turbulento cenário externo atual e às recentes medidas de controle do câmbio anunciadas pelo governo brasileiro.
O BC brasileiro realizou leilão de compra de moeda à vista, entre 12h25 e 12h35, segundo informações do Depin (Departamento de Operações de Reservas Internacionais). A taxa aceita ficou em R$ 1,7440.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Mercado do robusta
O mercado do robusta também registrou queda nesta sexta-feira, em Londres. Os contratos para maio/08 fecharam a US$ 2.298/ton (R$ 240,57/sc), recuo de 61 pontos (-2,60%). Set/08 fechou a US$ 2.291/ton (R$ 239,84/sc), queda de 58 pontos (-2,47%).
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
BM&F
Na BM&F, os vencimentos com maior liquidez, set/08 e dez/08, respectivamente, negociaram 2.696 e 1.673 contratos. Os preços para set/08 ficaram em US$ 161,10/sc (R$ 281,09/sc), recuo de US$ 3,55/sc (R$ 6,19/sc). Os contratos para dez/08 fecharam a US$ 164,70/sc (R$ 287,37/sc), queda de US$ 4,25/sc (R$ 7,42/sc). A volatilidade dos preços foi maior que o dia anterior, segundo mostra tabela abaixo.
Foram negociados 5 contratos de opções nesta sexta-feira.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
Mercado físico
Os preços no mercado físico apresentaram estabilidade na maioria das praças levantadas. Os indicadores, no entanto, registraram queda de R$ 5,90/sc e R$ 2,51/sc, para o arábica e conilon, respectivamente. A cotação ficou em R$ 252,23/sc (arábica) e R$ 227,13/sc (conilon).
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.
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Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint