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De acordo com a Agência Safras, o mercado físico brasileiro de café teve uma sexta-feira (30) de poucos negócios, apesar da valorização do dólar comercial. Em algumas regiões, os vendedores se retraíram, por conta da queda da bolsa em Nova York. De uma forma geral, os preços recuaram, exceto na zona da mata de Minas Gerais, onde a forte procura pelo café rio por parte de exportadores motivou uma valorização expressiva.
No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa esteve cotado a R$ 279,00 a saca, desvalorização de R$ 2,00. No cerrado mineiro, café bebida boa esteve com preço de R$ 278,00, também com recuo de R$ 2,00. O café rio tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais teve cotação de R$ 218,00 por saca, valorização de R$ 8,00. Nesta segunda-feira, entretanto, houve recuperação dos preços. Veja abaixo, em "Mercado Físico".
Em Nova York os contratos de café da bolsa de mercados futuros com vencimento previsto para março/09 fecharam em alta de 85 pontos, cotados a 119,75 cents/lb (R$ 371,74/sc). A posição Maio, também com 85 pts, fechou a sessão a 121,95 cents/lb ou R$ 378,57/sc. Conforme dados do Banco Central (BC), o dólar comercial foi cotado a R$ 2,34 nesta segunda-feira, semelhante à cotação de trinta dias atrás.
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Dólar
De acordo com o InfoMoney, o início da semana trouxe tensões aos principais mercados globais e o dólar comercial fechou em sua terceira alta consecutiva frente ao real nesta segunda-feira (2), ainda que reduzindo os ganhos registrados pela manhã. Amenizando a valorização, o Banco Central realizou um novo leilão de dólares no mercado à vista. A instituição ainda foi destaque com a edição revisada do Focus, que manteve a projeção de R$ 2,30 para a taxa de câmbio ao fim de 2009.
"O déficit apontado pela balança comercial de janeiro, o primeiro desde 2001, ajudou a impulsionar a divisa. Mesmo com o superávit da última semana, o acumulado mensal ficou negativo em US$ 518 milhões. As preocupações acerca de tal indicador aumentam ainda mais com a queda apresentada nos preços das commodities nesta sessão, pressionados pelas incertezas quanto ao futuro da economia global", publicou o site.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café
BM&F
Na BM&F, Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo, os contratos de café também finalizaram a sessão em alta. A posição março valorizou US$ 1,00, fechando a US$ 133,00/sc (R$ 312,11). Contratos previstos para maio de 2009 fecharam a US$ 136,65 (R$ 320,68/sc), com alta de US$ 1,05. Para os contratos com vencimento em março, a valorização acumulada nos últimos trinta dias é de 8,13%.
Gráfico 3. Contrato café, BM&F
Tabela 2. Principais Indicadores, Bolsas e cotação do Dólar
Mercado físico
Em Guaxupé, Minas Gerais, a saca do arábica - tipo 6 bebida dura para melhor - foi negociada a R$ 292,00, estável em relação ao dia anterior. O indicador Cepea/Esalq subiu R$ 6,04, alcançando R$ 280,68/sc, com 2,2% de valorização. Nos últimos trinta dias, o indicador apresenta alta de 10,7%. Em Franca, São Paulo, o preço da saca foi de R$ 277,00.
Em Araguari, no Triângulo Mineiro, a saca valorizou R$10,00, sendo comercializada a R$ 270,00. Em Caratinga o valor negociado foi semelhante, de R$ 271,00/sc. Já em Patrocínio, no Alto Paranaíba, o café foi vendido por R$280,00/sc, com ajuste diário de R$ 20,00. O café despolpado de Vitória da Conquista, na Bahia, foi comercializado a R$ 250,00/sc, com valorização de R$ 5,00 em relação à cotação anterior.
Em São Gabriel da Palha/ES, o conilon - tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13 - foi negociado a R$ 218,00/sc. O indicador diário à vista do Cepea, em baixa, fechou a R$ 231,31/sc. Apesar disso, o índice valorizou 5,55% nos últimos trinta dias.
Gráfico 4. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui
Julio Frare, Equipe CaféPoint
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