Para Marcus Magalhães, da Maros Corretora, de Vitória/ES, os terminais internacionais já operam em ritmo de final de ano e com esta postura, apenas leves ajustes têm sido responsáveis por tímidas volatilidades.
"Para sexta-feira, não há expectativa de grandes movimentos especulativos já que inexistem variáveis novas no front, tanto externo como interno, com peso suficiente para impor ritmo às negociações", ressalta.
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
O dólar compra fechou a R$ 1,774, alta de 0,69% em relação ao dia anterior. Na semana, apresenta queda de 0,71%.
De acordo com notícia do InfoMoney, o dólar refletiu as expressivas quedas das principais praças financeiras mundiais nesta quinta-feira (13). A principal razão para o clima tenso foram as dúvidas quanto à eficácia da manobra anunciada pelo Fed e outros Bancos Centrais na sessão anterior, que visa evitar uma desaceleração econômica nos EUA ao injetar liquidez no mercado. A possibilidade de que a ajuda seja um sinal da fragilidade de instituições financeiras preocupa investidores.
No Brasil, outros fatores contribuíram com o avanço da divisa, como a divulgação da minuta do Copom (Comitê de Política Monetária) referente a sua última reunião, quando manteve a taxa Selic em 11,25% ao ano. O documento demonstrou um colegiado preocupado com o aumento das incertezas quanto às pressões inflacionárias no país.
A ata do Copom dividiu as preocupações da esfera interna com a rejeição do Senado à prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), que deve reduzir em cerca de R$ 40 bilhões as receitas do governo no próximo ano.
Ademais, o Banco Central realizou compra de dólares à vista, via leilão, fixando a taxa de corte da moeda em R$ 1,780, o que contribuiu ainda mais para que a moeda norte-americana ganhasse terreno. Ao menos duas propostas foram aceitas.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Em Londres, a tonelada do robusta foi negociada com pequena alta. Fechou com 8 pontos a mais para jan/08, +0,43%, cotada a US$ 1.848 (R$ 196,68/sc). Mar/08 fechou a US$ 1.875/ton (R$ 199,55/sc), alta de 4 pontos (+0,21%).
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
Na BM&F, os contratos negociados para dez/07 apresentaram volatilidade de 1,01%. Fecharam a US$ 161,10/sc (R$ 285,76/sc), variação positiva de US$ 1,10/sc (R$ 1,95/sc), com apenas 3 contratos negociados e 260 em aberto. Mar/08 fechou a US$ 166,00 (R$ 294,45/sc), com 0,88% de volatilidade e queda de US$ 0,75/sc (R$ 1,33/sc). Foram negociados, neste vencimento, 818 contratos e 8.991 ficaram em aberto.
Nesta quinta-feira, 100 contratos de opção foram negociados.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
O leitor Alex Antônio, de Perdões, Minas Gerais, enviou carta ao CaféPoint comentando a situação das lavouras em sua região. Segundo ele, comenta-se grande quebra devido a seca e um grande ataque de Phoma. Chegando a ter lavouras com até 50% de perdas para safra 08/09.
Milton Melo Silveira, de Cássia/MG, também disse que nos municípios de Cássia e Capetinga, em especial nas lavouras abaixo de 900 metros, o pegamento da florada foi muito prejudicado, devendo haver uma quebra significativa.
Existe algum fato em sua região que possa afetar o mercado, positiva ou negativamente? Por favor, comente no espaço abaixo, para cartas.
Nesta quinta- feira, no mercado físico, houve estabilidade nos preços na maioria das praças. Em Guaxupé/MG, no entanto, houve queda. A saca do arábica tipo 6 bebida dura para melhor fechou a R$ 262,00, recuo de R$ 3,00. O indicador Esalq-arábica fechou a R$ 261,07/sc, queda de R$ 1,98/sc.
O conilon permaneceu estável nas praças levantadas. O indicador Esalq-conilon fechou a R$ 207,12/sc, queda de R$ 0,35/sc.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui.
Rodrigo Cascalles, equipe CaféPoint