Na Bolsa de Nova York, Julho/08 registrou +175 pontos, fechando a 147,60 cents/lb ou R$ 312,27/sc, com 1,2% de valorização em relação ao dia anterior. Os contratos com vencimento para setembro registraram +200 pontos e terminaram a sessão a 150,35 cents/lb (R$ 318,08/sc), atingindo valores não alcançados desde meados de março deste ano. Nesta quarta-feira, o dólar comercial rompeu a barreira dos R$ 1,60 e terminou a sessão cotado a R$ 1,599.
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Dólar
Segundo o InfoMoney, o dólar comercial emendou a segunda sessão de queda nesta quarta-feira (25) e após testar muito, rompeu a barreira do R$ 1,60. O ritmo de recuperação nos mercados internacionais nesta sessão e a confirmação de que o juro norte-americano não foi alterado, preservando assim o largo diferencial em relação à taxa básica brasileira, contribuíram para a apreciação do real. A reunião do colegiado do Federal Reserve terminou nesta tarde com a decisão de manter a taxa básica de juro em 2% ao ano.
Durante a manhã, o real chegou a perder valor face ao dólar, mas a tendência não se sustentou. Sendo assim, a divisa norte-americana fechou na menor cotação desde 20 de janeiro de 1999, época em que o câmbio passou a ser flutuante. Também esteve no foco de investidores alguns dados que corroboram as pressões inflacionárias que rondam a economia e podem levar o Banco Central a endurecer ainda mais a política monetária no País.
Segundo o site, durante a sessão de ontem, foi divulgado o Relatório Trimestral de Inflação, que trouxe estimativas elevadas para IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), de 6,0% para o final de 2008. Além disso, a versão quinzenal do indicador (o IPCA-15) registrou a maior taxa dos últimos quatro anos, apontando inflação de 0,90% em junho.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café
Mercado do robusta
Em Londres, a Bolsa de mercados futuros também fechou o dia com saldo positivo para o mercado de café conillon. A posição Julho/08 subiu 43 pontos, encerrando a quarta-feira a US$ 2401/t, ou R$ 230,40/sc. Setembro, com +51 pts, terminou a sessão a US$ 2.386/t ou R$ 228,96/sc. No mercado londrino, as posições citadas acumulam 7% de valorização, em 7 dias.
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
BM&F
A Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo, acompanhando a Bolsa de NY, também terminou o dia em alta. A posição Julho/08 subiu +US$ 2,00, cotada a US$ 178,30/sc, ou R$ 285,16. Para setembro, +US$ 2,10 elevaram o preço da saca a US$ 182,00 (R$ 291,07).
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
Tabela 2. Principais Indicadores, Bolsas e cotação do Dólar
Mercado físico
Em Guaxupé, Minas Gerais, a saca do arábica - tipo 6 bebida dura para melhor - foi negociada a R$ 272,00, R$ 3,00 a mais que no dia anterior. O indicador Cepea/Esalq também subiu e registrou R$ 259,68/sc, alta de 0,7%. Em Franca, São Paulo, os negócios foram realizados a R$ 267,00/sc, com R$ 2,00 de valorização.
O café despolpado de Vitória da Conquista somou mais R$ 5,00, negociado a R$ 255,00/sc. Na praça de Araguari/MG a safra nova cedeu R$ 5,00 e voltou aos R$ 250,00. Em Patrocínio, a saca permaneceu estável a R$ 255,00/sc, enquanto que em Caratinga, chegou a R$ 260,00/sc, com +R$ 10,00 de reajuste.
Em São Gabriel da Palha/ES, o conillon - tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13 - vem sendo negociado a R$ 203,00/sc desde o dia 30 de abril de 2008. O indicador Cepea/Esalq encerrou o dia praticamente inalterado, a R$ 214,18/sc.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
Acesse a tabela completa das cotações dos mercados futuro e físico aqui
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Julio Frare
Equipe CaféPoint