Segundo o jornal Valor Econômico, o café fechou em queda ontem na bolsa de Nova York, sem novidades em relação aos chamados fundamentos do mercado e à mercê dos movimentos dos investidores em diferentes mercados de commodities. Traders consultados pela Dow Jones Newswires afirmaram que continuam de olho no Brasil, particularmente nos mecanismos de apoio à comercialização do governo.

Informações divulgadas pela Green Coffee Association (GCA) mostram que os estoques norte-americanos de café apresentaram uma retração de 120.725 sacas no mês de junho de 2008 na comparação com maio de 2008. O total do produto depositado nos armazéns credenciados em 31 de maio de 2008 chegava a 5.681.808 de sacas.

Em Nova York, contratos para Julho/08 registraram queda de 230 pontos e terminaram a sessão a 138,50 cents/lb, ou R$ 291,35/sc. Para Setembro, -220 pontos fizeram a cotação recuar a 140,70 cents/lb, ou R$ 295,97/sc. Nesta terça-feira, o dólar comercial fechou em baixa novamente, rompendo desta vez a barreira do 1,59 e renovando a menor cotação desde janeiro de 1999. De acordo com o Banco Central, a moeda americana foi cotada a R$ 1,589.

Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.


Dólar

De acordo com o InfoMoney, o dólar comercial fechou no menor valor frente ao real desde 20 de janeiro de 1999, acompanhando a sensível melhora de humores no mercado interno. O cenário externo, por sua vez, segue volátil diante dos numerosos indicadores divulgados nesta sessão, em sua maioria apontando a retração da economia norte-americana.

"Ao mesmo tempo, o câmbio interno também refletiu a perspectiva de alargamento do diferencial de juro, uma vez que, no Brasil, o aperto monetário pode se estender diante das pressões inflacionárias, enquanto nos EUA o sinal é de manutenção da a taxa", publicou o site.

Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)


Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café


Mercado do robusta

A Bolsa de mercados futuros de Londres (LIFFE) apresentou oscilações pouco expressivas nesta terça-feira. Julho fechou com +12 pontos, a US$ 2440/t ou R$ 232,81/sc, ao passo que contratos para Setembro/08 desvalorizaram 5 pts e terminaram a sessão a US$ 2.345/t (R$ 223,74).

Gráfico 3. Contrato café, LIFFE


BM&F

A Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo terminou o dia em baixa. Julho registrou -US$ 2,55, cotado a US$ 168,00/sc ou R$ 267,15. Setembro/08, por sua vez, fechou a US$ 170,00/sc ou R$ 270,33/sc, -US$ 2,55 de perda.

Gráfico 4. Contrato café, BM&F


Tabela 2. Principais Indicadores, Bolsas e cotação do Dólar


Mercado físico

Em Guaxupé, Minas Gerais, a saca do arábica - tipo 6 bebida dura para melhor - foi negociada a R$ 257,00, com desvalorização de R$ 4,00 em relação ao dia anterior. O indicador Cepea/Esalq fechou em baixa de 1,2%, a R$ 250,92/sc, devolvendo o acumulado do dia anterior. Em Franca, São Paulo, o preço da saca foi de R$ 255,00.

O café despolpado de Vitória da Conquista segue negociado a R$ 245,00/sc. Nas praças de Patrocínio e Araguari, Minas Gerais, a safra nova sofreu reajuste a R$ 250,00; em Caratinga, também com R$5,00 a menos, foi comercializada a R$ 245,00/sc.

Em São Gabriel da Palha/ES, o conillon - tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13 - vem sendo negociado a R$ 203,00/sc desde o dia 30 de abril de 2008. Em leve alta, o indicador diário à vista do Cepea/Esalq fechou a R$ 217,32, com 0,31% de valorização.

Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F



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Julio Frare, Equipe CaféPoint