Em Nova York, os contratos para Julho e Setembro registraram alta de 90 pontos e fecharam a sessão a 139,25 cents/libra-peso (R$ 297,29/sc) e 141,50 cents/lb (R$ 302,09), respectivamente. Nesta quinta-feira, o dólar comercial também fechou em alta, ainda que pouco significativa, cotado a R$ 1,613, de acordo com o Banco Central.
Segundo dados divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a receita cambial com exportação de café verde apresentou elevação de 11,97% no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2007. O faturamento alcançou US$ 1,789 bilhão, em comparação com US$ 1,598 bilhão.
De acordo com o relatório apresentado, o volume embarcado no período, no entanto, teve redução de 7,56%, de 723.627 toneladas para 668.950 toneladas. O preço médio de exportação cresceu 21,12% no primeiro semestre, de US$ 2.208/t para US$ 2.675.
Gráfico 1. Contrato café, ICE Futures U.S.
Dólar
De acordo com o InfoMoney, o dólar fechou com variação muito próxima à estabilidade na sessão desta quinta-feira (10), reagindo a forças opostas. Se por um lado os mercados engataram uma recuperação no período da tarde, dando fôlego à entrada de recursos no País, por outro as incertezas quanto à saúde da economia mundial, e principalmente da norte-americana, pesaram sobre o humor de investidores.
O setor financeiro, que ainda gera notícias negativas e especulações, e a alta do petróleo provocam instabilidade no exterior e repercutem no plano interno. Contudo, o alívio provocado pela fala do "chairman" do Federal Reserve, Ben Bernanke, ainda ecoou nesta sessão, abrindo espaço para um leve otimismo.
Amplamente aguardado pelo mercado interno, o IPCA de junho apontou uma alta nos preços de 0,74%, 0,05 ponto percentual inferior à medição do mês anterior e praticamente em linha com as expectativas do mercado, contidas no último relatório Focus. Ainda assim, o índice somou inflação de 3,64% no primeiro semestre deste ano, a maior desde 2003, o que aumenta as expectativas em torno do rumo da política monetária no Brasil.
Gráfico 2. Cotação do dólar (R$)
Tabela 1. Comparativos das principais Bolsas de café
Mercado do robusta
A Bolsa de mercados futuros de Londres fechou a US$ 2380/t ou R$ 230,46/sc para a posição Julho/08, ao passo que contratos para Setembro/08 subiram 13 pontos e terminaram a sessão a US$ 2.314/t, (R$ 224,07), com 5,5% de valorização acumulada nos últimos trinta dias.
Gráfico 3. Contrato café, LIFFE
BM&F
A Bolsa de Mercadorias & Futuros de São Paulo, a exemplo de N.Y., também terminou o dia em alta. A posição Julho/08 subiu US$ 0,35, cotada a US$ 169,05/sc ou R$ 272,83/sc. Setembro, também com +US$ 0,35, fechou a sessão a US$ 171,15/sc (R$ 276,22), reduzindo as perdas acumuladas na semana para aproximadamente 6%.
Gráfico 4. Contrato café, BM&F
Tabela 2. Principais Indicadores, Bolsas e cotação do Dólar
Mercado físico
Em Guaxupé, Minas Gerais, a saca do arábica - tipo 6 bebida dura para melhor - foi negociada a R$ 259,00, com valorização de R$ 2,00 em relação ao dia anterior. O indicador Cepea/Esalq fechou em baixa, a R$ 250,16/sc. Em Franca, São Paulo, o preço da saca manteve-se a R$ 253,00.
O café despolpado de Vitória da Conquista segue negociado a R$ 245,00/sc. Nas praças de Patrocínio, Araguari e Caratinga, Minas Gerais, a safra nova foi comercializada a R$ 250,00.
Em São Gabriel da Palha/ES, o conillon - tipo 6/7 com mais de 90% de peneira 13 - vem sendo negociado a R$ 203,00/sc desde o dia 30 de abril de 2008. Alta do indicador diário à vista do Cepea/Esalq, que fechou a R$ 214,99.
Gráfico 5. Indicador Esalq-arábica x contrato BM&F
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Julio Frare, Equipe CaféPoint